1T: I The First Part I

59 13 1
                                    

Oii gente, voltei com mais um capítulo! Espero que gostem e boa leitura!

- - -


The tide is rising,

as are our hopes."


Os navios se separaram. Um grupo de piratas, incluindo Connor, Travis Stoll, Will Solace e Nico di Angelo, embarcaram no Princesa Andrômeda para levá-lo até a praia de Littlehampton, que ficava próxima a cidade, mas distante do porto de Londres, na esperança de que ninguém fosse notá-los.

O porto já era visível no horizonte. Milhares de embarcações mercantes se aglomeravam a sua volta e pessoas circulavam pelas plataformas, carregando cargas ou subindo nos barcos, esperançosas por conseguirem uma vida melhor em qualquer outra parte do mundo.

Os piratas arrumaram o navio da marinha e o deixaram como se tivesse estado sob jurisdição inglesa desde sempre, sem nenhuma intervenção ao longo de seu curso. Seria imperceptível saber se outros além dos oficiais haviam passado por ali.

Annabeth observava tudo atentamente. Ao seu lado, Luke Castellan registrava todas as decisões e ações tomadas no diário de bordo.

Como a embarcação inglesa era reconhecida de longe, o espaço para que ela atracasse já estava preparado. Percy ficou com medo de alguém o reconhecer, já que, querendo ou não, ele ainda era um capitão e um oficial da coroa.

Ele não se sentia bem voltando para Londres. O mar era a sua verdadeira casa, onde estava protegido da realidade cruel que a terra sempre lhe infligiu.

O navio atracou. O capitão sentiu um frio na barriga quando uma tábua foi posta na diagonal para que os tripulantes da embarcação descessem. Os trabalhadores do porto não notaram nada estranho nos marinheiros disfarçados, apenas os ajudaram a sair do navio.

Annabeth apareceu ao lado de Perseu e enlaçou o seu braço no seu, como os típicos casais da cidade faziam.

— Apenas atue. — Sussurrou ela.

Percy quase riu. Eles iriam atuar mais uma vez, parecia que as suas vidas estavam se tornado uma grande peça de teatro.

Os dois desceram do navio, sob alguns olhares alheios de pessoas que passavam por ali, mas ninguém pareceu reconhecer o capitão. E, se reconheceram, ninguém se aproximou ou informou a outras autoridades, o que fez com que Perseu soltasse um suspiro aliviado.

— Alguma carga importante? — Um homem com roupas maltrapilhas perguntou ao grupo.

Leo Valdez negou, ficando ao lado de Annabeth como uma sentinela.

— Nada do navio precisa ser transportado. — Ele esclareceu.

Percy pensou nas suas camisetas dentro do armário em sua cabine. Danem-se elas, então.

O homem assentiu e eles começaram a andar. Perseu não sabia para onde, somente estava acompanhando Annabeth em meio ao caos londrino, o qual ele já era familiarizado.

Até que, quando pararam perto do inspetor dos navios, Percy ficou sem saber o que fazer quando Annabeth simplesmente soltou um grito. Ele nem ao menos sabia que sua parceira conseguisse afinar a voz daquele jeito.

— Meu deus, que calor! — Ela se abanou copiosamente. — É sufocante!

Leo Valdez e Luke Castellan engoliram em seco para não rir.

— O que diabos você está fazendo com a sua voz? — Percy murmurou e sentiu um chute em sua canela.

— Thalia trabalha em um hospital. — Annabeth segredou, cerrando os dentes. — E eu preciso chegar lá de alguma forma convencional...como um desmaio.

O capitão franziu o cenho. Existiam dezenas de hospitais em Londres! Como Annabeth esperava ser levada para um específico?

— Não me sinto bem... — A loira continuou atuando e falando absurdamente alto. — O calor... — Ela fechou os olhos e fingiu que desmaiava. Percy se assustou e a amparou, ficando ainda mais confuso do que antes.

— Por Deus! Senhor! — Luke correu na direção do inspetor de navios. — Senhor, minha irmã desmaiou!

O homem bem vestido se virou para o loiro, o analisando de cima a baixo e com uma expressão nada comovida.

— E você seria...?

— Sou Luke Castellan, um homem influente na América. — Luke inflou o peito.

— Na América? Nenhum americano é importante por aqui. — O inspetor riu. — Você e a sua irmã podem apodrecer sob o sol que ninguém irá se importar.

O pirata disfarçado carregou na sua expressão ofendida e no mesmo momento, Annabeth abriu os olhos e fingiu estar tonta, mas mesmo assim e desvencilhou dos braços de Percy e foi andando aos tropeços na direção de Luke.

— O senhor pode nos ajudar? — Ela se abanou mais uma vez.

— Desculpe-me, senhorita. — O inspetor riu com escárnio. — Mas não ajudo ninguém sem receber nada em troca. Um pagamento justo, talvez isso seja o suficiente pelos meus serviços.

Annabeth piscou diversas vezes e comprimiu os lábios. A loira escondeu o rosto entre as mãos e soltou um soluço alto demais.

— Por que, Deus? Não existe nenhum homem bom nesta cidade capaz de ajudar uma dama? — Ela lamentou.

Percy ficou parado, com seus ombros tremendo porque tentava segurar o riso. Fora bom que Annabeth não tivesse dito a ele que faria aquelas coisas, o capitão jamais teria conseguido encenar sua confusão tão bem quanto na realidade.

— O senhor é um monstro! — Luke acusou. — Não vê que minha pobre irmã sofre com o calor? Onde está a sua humanidade? — Gritou ele, atraindo a atenção de algumas pessoas curiosas que passavam por ali.

O inspetor olhou para Annabeth, que ergueu o olhar e fungou. Ela piscou os olhos para fazer com que lágrimas caíssem.

Perseu trancou a respiração.

— Ajudo vocês, contanto que me paguem. — Respondeu o homem.

Luke tateou os bolsos e tirou um saco pequeno cheio de moedas, e o entregou ao inspetor.

— Ótimo. — O homem sorriu ao ver o dinheiro. — Venha, querida. — Ele colocou a mão na cintura de Annabeth e começou a andar. — O que você precisa?

A loira fungou e afinou a voz mais uma vez, olhando para o homem com inocência.

— Leve-me para o hospital 'Saint Lucas. Esse calor está me fazendo passar mal e sinto que... — Ela engoliu em seco e caiu na direção do homem, fazendo com que ele fosse obrigado a segurá-la.

— Leve-a! — Luke exclamou. — Vou segui-los logo.

O inspetor olhou para a mulher inconsciente e a ergueu no colo, seguindo para outro lugar. Enquanto ele se distanciava, Annabeth abriu os olhos, olhou por cima dos ombros do homem e lançou uma piscadela discreta para os piratas.

Percy perdeu-os de vista e ficou angustiado. Por mais que soubesse que aquele era o plano, aquele inspetor poderia levar Annabeth para qualquer outro lugar em Londres e fazer o que bem quisesse com ela.

Mas, pensando melhor, a pirata era capaz de fazer o homem engolir as moedas que recebeu sem muito esforço.

Luke esperou que o inspetor se afastasse o suficiente e sorriu, voltando-se para Leo Valdez.

— Muito bem, homens... — Leo esfregou suas mãos e assumiu a frente de todos, com o típico sorriso travesso. — Vamos seguir com o plano.

- - - 

Estamos indo para o finalzinho hehehe...

Desculpem se houve algum erro!

Espero que vocês tenham gostado!

Beijos e até!

💙

Like The SeaOnde histórias criam vida. Descubra agora