Like The Sea

1T: I Your Name I

Oii gente, voltei com mais um capítulo! Espero que gostem e boa leitura!

* A frase "tesouros não são apenas ouro e prata", não é minha. Ela pertence a franquia de filmes "Piratas do Caribe". ☺

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"The ocean is indecipherable,

because you never know

the riches that are lost in its waters."

- Vocês não podem me deixar aqui, o rei não irá perdoar isso e os enforcará! Todos vocês! – Octavian gritava do topo da vela principal.

Os ouvidos de Perseu Jackson doíam, assim como os de todos os outros oficiais e piratas. O sol já havia se posto e a penumbra da noite tornava quase impossível a tarefa de localizar o loiro preso no alto do navio. Ainda assim, suas exclamações altas e ininterruptas ecoavam no convés e irritavam a todos, como uma dor de cabeça constante.

- Seus ratos nojentos, irei matar todos vocês! – Octavian continuou gritando.

Percy olhou para a capitã pirata, que se mantinha de costas para ele, olhando para o mar. O moreno esperava que ela fizesse alguma coisa em relação aos protestos de Octavian, já que ele não conseguiria fazer muito enquanto estivesse amarrado a um mastro.

- Solace! – A capitã chamou depois de alguns segundos, massageando suas têmporas. Um pirata loiro se aproximou dela. – Faça esses gritos pararem. – Ela disse, e o loiro sorriu como um animal prestes a caçar.

Percy conseguiu ver o pirata subindo nas redes até que chegasse onde Octavian estava preso. O tal "Solace" rasgou o punho de sua camisa e o amarrou de forma que ele ficasse uma mordaça na boca do oficial inglês, fazendo com que os gritos se transformassem em grunhidos inaudíveis para quem estivesse no deque.

Até que enfim, os ouvidos de todos teriam algum conforto.

Perseu observou a capitã caminhar pelo navio, avaliando sua desenvoltura: a forma de como seus ombros estavam sempre inclinados para trás, a cabeça erguida, os passos precisos. Ela se movia como se estivesse pronta para dançar em um baile, ou lutar em um campo de batalha.

As mesmas perguntas voltaram a rondar seus pensamentos: como aquela pirata poderia estar ali, e o que ela queria? E, por Deus, por que ele não conseguia desviar o olhar?

A mulher começou a andar na sua direção e parou na frente dele, fazendo uma reverência irritante, sem esconder um sorriso no rosto.

- Não vai mesmo me dizer o seu nome, capitão? – Ela perguntou, fingindo descontentamento com um biquinho nos lábios. - Quer mesmo me matar de curiosidade?

Percy revirou os olhos, e viu de soslaio Jason fazer o mesmo.

- Não terá meu nome. – Respondeu ele, seco. - E, se eu realmente matá-la de curiosidade, não posso dizer que lamentarei. 

A loira mordeu o lábio, disfarçando mais um sorriso.

- Que rude. – Ela comentou. – Mas que tal um acordo? Você fala o seu nome, e eu falo o meu. – Propôs.

Percy iria responder um "não" imediatamente. No entanto, sua mente o traiu. Ele, apesar de não querer admitir, também estava curioso para saber o nome daquela pirata. Talvez saber o nome dela o desse alguma pista sobre sua identidade. Talvez ele se lembrasse de já tê-la encontrado antes, em alguma aventura pelos mares, e pudesse obter vantagem. Nomes tinham poder, afinal.