Meu Sócio é um Tesão: Quando os Negócios se Misturam com o Prazer - Parte 1

208 19 0
                                    

Olá, já faz um tempo, na verdade anos. Eu sei, eu mereço um socão. 

Eu não iria dar continuidade a essa historia, mesmo com esse capitulo guardado na "gaveta" por muito tempo, na verdade quando postei pela primeira vez em 2020, não espera a quantidade de leituras que teve. Mas relendo os comentários noite passada, ri muito por sinal, senti que devia que devia isso aos personagens e a mim mesma, fechar esse ciclo para desenvolver outros.

Resolvi não criar expectativas para essa pequena continuidade, pois muitos anos se passaram e minha escrita de certa forma mudou. Caso eu veja que alguns de vocês ainda querem a continuidade, serei grata em escrever uma part 2 e uma part 3. 

Caso você seja um leitor que leu há alguns anos atrás, deixe um comentário, eu me desculpo e agradeço por retornar depois de tantos anos. 

🍷🍷🍷🍷

Jungkook estendeu a sofisticada caneta preta de tinteiro, cravada com suas iniciais JK, e observou Jimin pegá-la sem hesitar, mesmo havendo um pequeno pote de canetas esferográficas ao seu lado. Sentiu o roçar dos dedos de Park nos seus enquanto a caneta passava de mãos, talvez ambos ansiando por esse contato. Sentir aquela sensação de eletricidade que sempre os envolvia.

Ele também sentia esse frenesi quando Jungkook o tocava? Era o que Jeon se perguntava. O jeito que Park o olhava e tomava mais tempo do que o normal para pegar a caneta, talvez fosse a resposta para a pergunta, mas também era a formação de uma nova questão.

Ele havia feito certo ao assinar aqueles papéis? Seu pai sempre dizia para nunca misturar negócios com prazer. Tomar decisões baseadas na luxúria poderia levar até mesmo o homem mais poderoso à ruína.

Mas não era apenas uma decisão tomada cegamente pelo prazer daquela pós-incrível foda no banheiro do restaurante que os levou não apenas a uma parceria, mas também a uma noite e uma manhã regada a sexo. Era um investimento inteligente; a empresa de Park era uma das melhores no negócio de criação de jogos, com tão pouco tempo de experiência no mercado que talvez acabassem ultrapassando a empresa de Jeon. A parceria consistia em ambos criarem uma filial juntos, nascida de suas duas matrizes: a empresa Park e a empresa Jeon. Jungkook quase podia ver os frutos dessa sociedade, se as duas empresas se esforçassem e trabalhassem juntas.

Observou Jimin sentado à sua frente na mesa do escritório; ele parecia eufórico enquanto molhava a ponta da caneta na tinta e assinava os mesmos papéis que minutos atrás Jungkook também assinara. Até achou isso fofo; entendia aquele sentimento de, pela primeira vez, fazer um acordo tão grande e talvez arriscado como CEO de uma empresa. Ele se viu refletindo sobre sua própria jornada. Foram noites sem dormir, todo o seu suor e dinheiro investidos na empresa para torná-la o que é hoje. Naquela época, ele fez negócios, parcerias e contratos, muitos dos quais foram apenas perda de tempo e dinheiro, mas que lhe proporcionaram acumular experiência e sabedoria. Enquanto Park, mais jovem e com menos anos no ramo, estava começando sua primeira sociedade empresarial aos 24 anos, Jungkook, com 33 anos, tinha 13 deles apenas de bagagem como empresário. Ele não queria ser uma perda de tempo e dinheiro para Jimin, sentia um tipo de responsabilidade em garantir o sucesso dessa parceria.

Após o último traço de tinta ser preenchido no papel, Jeon tomou uma decisão: ele não colocaria mais as mãos em Park Jimin.

O advogado e melhor amigo de Jungkook, pegou os papéis em sua mão, ajeitando seus óculos no rosto. Ele deu uma última olhada antes de pronunciar em voz alta que ambos agora eram oficialmente sócios. Jimin corou um pouco quando lhe passou pela cabeça o pensamento de que aquilo era semelhante a um casamento.

O advogado foi o primeiro a levantar, abotoando o paletó de seu terno marrom que caía extremamente bem em seus 1,80m de altura. Ele curvou-se para Jimin com um sorriso de lábios fechados que evidenciava suas covinhas; ele era um homem extremamente bonito, e Jimin não conseguiu não ficar um pouco encantado com o charme do advogado. Ele também lhe passava um ar de alguém extremamente inteligente e competente. E não duvidava que sua suposição estaria correta, já que ele era o advogado de Jungkook e o Jeon era muito exigente com os profissionais que trabalhavam para ele, seja seu segurança ou até os empregados que limpavam sua casa e cozinhavam para ele. Jimin sabia disso, pois ele já havia passado uma noite e uma manhã lá; ele viu como a casa de Jungkook era limpa e organizada, do tipo que você duvidaria que alguém morasse ali. Seus poucos empregados eram eficientes e profissionais, não estão interessados na vida do patrão, apenas em seu trabalho. Jungkook era cauteloso na escolha das pessoas que o rodeavam, no geral; ele gostava de controlar até mesmo isso.

Querido Inimigo (oneshot jikook) Onde histórias criam vida. Descubra agora