twenty

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"Ei, vai dar tudo certo, ela vai voltar.", Louis fala acariciando a cabeça de Sarah.

"Já faz uma semana que ela saiu.", diz chorando e afundando o rosto no travesseiro.

"Eu sei, eu sei. Mas agora você precisa cuidar de alguém que realmente necessita de você.", o loiro levanta lentamente da cama. "Vou preparar um chá para você.", Sarah apenas assente e continua deitada tada.

25 de maio de 1966

"Grávida?!", Devin indaga incrédulo e Sarah assente sem saber o que dizer. "Sarah, isso é ótimo."

Ele parecia tão animado com a ideia de se tornar tio do filho da melhor amiga, que Sarah se sentiu mal por não estar muito contente com o que estava acontecendo.

"Devin...", sua voz falha. "É filho do James.", lágrimas começam a cair pelo seu rosto e Devin a abraça.

"Eu sei, meu bem. Mas é seu bebê, você é a mãe dele ou dela."

"Preciso que Billie saiba disso. Por que ela ainda não voltou?", questiona saindo do abraço do amigo.

"Eu queria muito ter a resposta para isso, mas infelizmente não consigo saber para onde ela foi."

atualmente - 31 de maio

"Nós temos algumas coisas para resolver no trabalho, não queria ter que deixar você aqui sozinha. Tudo bem para você? ou quer que eu chame alguém?", Devin fala tirando um maço de cigarro da mão de Sarah. "E nada de fumar."

"Só um, preciso me acalmar.", ele revira os olhos e entrega um cigarro para a acastanhada. "Obrigada.", acende o objeto. "E tudo bem por mim ficar aqui, vai que a Billie aparece."

Devin suspira assentindo. "Ok, vou indo então.", ele deixa um beijo na cabeça da amiga. "Não faça muito esforço. Amo você.", se afasta.

Louis sorri gentil e depois abraça Sarah. "Volto logo, qualquer coisa sabe que pode ligar.", ela assente e então o loiro se afasta indo até a porta e saindo junto de Devin.

Sarah deixa um suspiro escapar de seus lábios e decide ir até o jardim. Ela rega as plantas calmamente sentindo o sol em seu rosto.

"Olha... o dia está lindo.", fala acariciando a barriga.

Sua barriga ainda não estava tão grande, mas para ela era um pouco perceptível, estava maior.

"Vamos entrar antes que eu passe mal com essa quentura.", sorri fraco e então volta para dentro.

Seu telefone toca a fazendo correr até o mesmo deixando a porta aberta sem perceber.

"Alô?!"

"Sarah?", uma voz masculina questiona do outro lado da linha.

"Finneas!", sua voz sai aliviada. "Você sabe algo da Billie?"

"Sei, preciso conversar com você pessoalmente para que entenda o que está acontecendo."

Ela franze o cenho confusa.

"O que? como assim?"

O homem suspira.

"Por favor, me encontre amanhã no Cotton's às seis."

Antes que Sarah pudesse responder algo, Finneas desliga o telefone apressado. Ela bate o objeto no lugar e se vira.

"Ah, não! ele me liga no meio do dia, me deixa preocupada, não me dá nenhuma notícia sobre a minha mulher e ainda quer que eu vá encontrá-lo no Cotton's?!", exclama incrédula passando a mão na barriga e indo fechar a porta. "Está ouvindo isso? seu tio é esquisito.", olha para a barriga que está coberta por um longo vestido azul bebê. "Ele que venha até mim."

[...]

"Sente-se por favor.", Finneas faz um gesto para que Sarah se sente à sua frente.

"E então? vai me dizer onde minha namorada está?", indaga séria passando a mão lentamente pela barriga.

"Claro. Não quero que fique com raiva de mim por isso, Sarah, eu praticamente não tive nada a ver com o que ela decidiu fazer."

O coração da mulher acelera e ela se retrai no estofado tentando disfarçar o nervosismo e ansiedade.

"Gostaria de uma água? ou outra coisa?", Finneas pergunta olhando o cardápio.

"Ela está bem, não está?", o tom da voz da mulher era sério. "Você está calmo, então não tem motivos para que eu me preocupe. Quero que saiba que não estou podendo passar por estresse."

O ruivo tira os olhos do cardápio e encara Sarah. Ele coloca o menu em cima da mesa e suspira.

"Está certa. Ela está bem, mas muito longe daqui."

"Explique, Finneas. Odeio quando fazem mistério.", fala se apoiando na mesa.

"Ela está na França.", Sarah franze o cenho.

"O que?"

"Eu sei, é confuso mas vou explicar tudo."

"Prossiga."

"Quando ela saiu da sua casa, ou melhor, da casa de vocês, ela foi para minha, estava nervosa, muito nervosa.", ele suspira. "Billie não sabe medir as ações quando fica irritada daquela forma. Antes de qualquer coisa, ela não ficou nervosa por causa de você.", Sarah assente. "Foi por causa do James, ele tem mandado cartas para ela."

Sarah coloca a mão na boca sentindo seu coração acelerar.

"Que tipo de cartas, Finn?"

"Ameaçadoras. Dizendo que vai acabar com a vida dela e que vai fazer o possível pra que tudo dê errado na sua carreira a partir de agora."

"Eu... eu não entendo. Por que ela nunca me contou sobre isso?"

"Ela não queria te preocupar."

"Ele tem mandado essas cartas há quanto tempo?"

"Desde o dia em que foi detido.", Sarah começa a chorar com o rosto escondido nas mãos. "Eu sinto muito.", Finneas se levanta sentando ao lado da mulher. "Ela não foi embora para sempre, só precisa de um tempo para resolver as coisas."

"Ela vai demorar muito para voltar?"

"Não sei responder à isso, mas se você precisar de qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, pode contar comigo e com Claudia."

Sarah sorri fraco sem mostrar os dentes e depois coloca a mão involuntariamente na barriga.

"Obrigada."

Obrigada por ler!

𝐓𝐡𝐞 𝐆𝐫𝐞𝐚𝐭𝐞𝐬𝐭 | 𝐁𝐢𝐥𝐥𝐢𝐞 𝐄𝐢𝐥𝐢𝐬𝐡Onde histórias criam vida. Descubra agora