Vira tempo do amor - Draco Malfoy

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CATHERINE SINCLAIR

Eu estava sentada no salão principal enquanto tomava meu café da manhã. Quando desviava meu olhar para a mesa dos professores, podia ver Dumbledore me encarando com um olhar indecifrável. Parecendo desconfiado?

- Cat, está tudo bem? - Draco me tira de uma espécie de transe que eu estava tendo enquanto tentava decifrar o olhar de Dumbledore - Está olhando para Dumbledore faz um tempo. Não me diga que está apaixonada pelo velho?

- Eu não, não sou talarica de roubar seu marido - Brinco em meio a risadas, fazendo Draco soltar uma gargalhada - Quando ele morrer e deixar o dinheiro, você divide comigo.

- Pode deixar, só arrumar um jeito de matar o velho. Mas já aviso, não vou chupar rola enrugada não - Draco me faz soltar uma gargalhada alta e sincera, atraindo o olhar de alguns alunos na mesa da Sonserina.

- Eu aproveito e fico com o Lupin - Fiquei sabendo que ele deu aula no 3° ano, e voltou esse ano para dar aula novamente - Ele é bonito. Vou viver um "Teacher's Pet" com ele.

- Oque é isso? - Draco me olha confuso.

Eita, porra. Esqueci que isso não é dessa época.

- Eu inventei - Minto - Um termo que se usa quando você se relaciona com um professor. Basicamente, você é meio que um brinquedinho dele.

- Isso é preocupante. Vai se tratar, problemática - Pansy se senta na mesma. Pelo visto ela ouviu oque eu falei.

Depois do café da manhã, os alunos foram para suas respectivas aulas. Eu e Draco temos aula de transfiguração.

- E ai, conseguiu falar com a Sofia? - Draco me pergunta enquanto nós seguimos para a aula de transfiguração.

- Conseguir eu consegui, tínhamos marcado para nos encontrarmos, mas acabou que deixamos para outro dia - Falo lembrando que tinha marcado com ela para sábado, mas desmarcamos.

- Por que quer tanto falar com ela? Não me diga que voltou no tempo também - Ele diz em tom de brincadeira, mas isso me deixou nervosa, minha respiração pesou. Ele olhou para mim e percebeu que eu não estava rindo - Voltou?

- Não, estou brincando com você - Começo a rir - Precisava ver sua cara.

Chegamos na porta da sala de aula, Draco abriu espaço para que eu pudesse passar.

Percebemos que estávamos atrasados, já que a sala já estava cheia de alunos.

- Atrasados, não é - Professora McGonagall caminha até a gente - Menos cinco pontos para a Sonserina.

Que bobeira, ela vai fazer oque com esses cinco pontos? Enfiar no cu dela?

- Tá olhando ela por quê? Senta logo - Draco puxa a cadeira, pra mim, sentar do lado dele.

A professora começou a explicar oque iríamos fazer hoje. Uma transformação mais avançada. Iríamos ter que transformar pessoas em uma pedra.

- Esse feitiço pode ser mais útil do que vocês imaginam. Vocês iram ver quem da dupla será transformado em pedra primeiro. Não pensem que um ou outro vão escapar, os dois iram ser transformados - Essa velha tá louca? Eu que não viro pedra - Mas fiquem tranquilos, também irei ensinar o feitiço para desfazer, se não conseguirem, eu mesma faço.

Os alunos começam a decidir quem da dupla iria servir de cobaia primeiro. Alguns pareciam confiantes que sua dupla iria fazer certo. Eu não confio nem em mim. Já pensou alguém me transforma em alguma coisa irreversível.

- Eu não vou não - Olho para Draco.

- Vai, sim, uma hora ou outra você vai ter que ir - Eu cedo - Tá vai, ajoelha aí - Eu olho para ele confusa.

- Tá no cio? A sala toda está aqui.

- Entendi oque pensou - Ele começa a rir - Ajoelha para eu te transformar - Olho em volta da sala e vejo alguns estudantes ajoelhados.

Minerva explicou detalhadamente como o feitiço é feito. Os alunos se prepararam e lançaram o feitiço em suas duplas.

- Pedriatus - Escuto Draco falar e percebo eu ficando cada vez menor, até ver Draco parecer um gigante. Eu não conseguia me mexer de jeito nenhum.

Sinto Draco me pegar na mão e me colocar em cima da mesa.

- Até que você fica bonitinha de pedra - Ele ri.

De repente Draco lança outro feitiço em mim e volto a ser como antes.

- Que horrível! - Ajeito minhas vestes - Me senti uma formiga.

- O tamanho você já tem - Dou o dedo do meio para ele vendo Minerva me encarar.

Na minha vez de tentar eu tive muito sucesso, conseguindo fazer de primeira. Claro que não pude perder a oportunidade de zoar Draco de pedra.

No fim da aula todos os alunos se retiraram, eu falei para Draco que ele poderia ir à frente, ficando só eu na sala enquanto acabava de guardar minhas coisas.

Quando estava saindo da sala, duas meninas me impedem de passar pela porta, uma loira e alta, e a outra morena e mais ou menos do meu tamanho.

- Oi, Cat - Diz meu apelido em um tom sarcástico - Fiquei sabendo que está dando em cima do meu Draquinho.

Que saco... minha vida estava boa demais pra ser verdade.

- Te garanto que não. Eu e Draco não temos nada além de amizade. E acho que com você também não, ele nunca mencionou uma namorada - Pude ver ela ficando irritada.

- É melhor ficar longe dele, você não me conhece - Ela aponta o dedo na minha cara.

A amiga dela não faz nada? Só tá ali parada com os braços cruzados e uma cara de deboche. Será que ela acha que está arrasando?

- Não aponta o dedo na minha cara - Tiro o dedo dela do meu rosto - Não pense que eu terei medo de você, a coisa que você menos me transmite é medo. Não tenho motivos para perder tempo com alguém tão insignificante.

Me viro para sair da sala, mas ouço um burburinho dela.

- Essa não passa de uma putinha, já, já Draco descarta ela - Aquilo me encheu de raiva, senti minha respiração pesar.

Eu não tenho nada com Draco, somos apenas amigos. E eu nem acho legal brigar por homem, mas eu não admito ela me chamar de puta.

Me viro rapidamente e vou até ela dando um soco em seu nariz, fazendo sair um pouco de sangue.

- Me chama de puta denovo para ver oque eu faço com você - Dessa vez quem apontou o dedo na cara dela fui eu.

A amiga sonsa dela nem tentou fazer algo, a famosa sombra.

Sorte que quando eu era pequena eu insisti para que minha mãe me colocasse em uma aula de luta.

Sai da sala tentando achar meus amigos, os vejo no pátio rindo enquanto conversam.

A feição deles mudou assim que viram minha cara. Eu não sei disfarçar quando estou brava.

- Oque foi? Amiga - Pansy vai até mim e pega minha mão que estava um pouco vermelha - Alguém te machucou.

- Fica tranquila, só umas putinhas que queriam atenção - Me sento ao lado deles.

- Quem? - Theo pergunta. Eu não tinha ò visto desde cedo.

- Uma era loira, alta e com olhos castanhos, e a outra era morena.

- Deve ser a duplinha insuportável. A loira é a Lauren, e a morena é a Mia - Pansy explica - Mas por que a briga?

Explico tudo para eles, inclusive dela falando que o Draco é dela.

- Aí eu dei um soco nela. Não teve motivo algum para ela me ofender.

- Mais uma emocionada. Só ficamos duas vezes e ela já está assim - Draco suspira - Fazer oque se eu sou apaixonante.

- Convencido - Theo fala.
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