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Sinto-me tão egoísta
E afundado em arrogância
Quando penso nas guerras mundanas
Movidas por dinheiro, poder e vingança
Cheias de ódio, dor e massacre
Enquanto sangro todos os dias
E carrego o meu próprio cadáver
N'uma guerra que não existe no mundo externo
Mas que transforma a minha existência
Em meu exclusivo e egoísta inferno

Por isso me isolo
Cada vez mais e mais
E já não me sinto mais digno
De receber qualquer assistência
Pois lá fora, o mundo arde de verdade
Mas segue vivo, apesar de tudo
Enquanto eu, arrogante e insistente
Ironizo o meu eu, finjo existir,
Falsifico e estendo o meu luto

E para que tudo isso, meu Deus?
Diariamente eu me pergunto...

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