Prólogo

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Alemanha 16 anos de idade

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Alemanha
16 anos de idade

Estou sentada em um banco sob uma árvore, o aroma do campo me faz fechar os olhos e relaxar. Sinto um toque em meu ombro direito e abro meus olhos na direção.

—Mãe?!—me levanto e abraço ela fortemente.

—Oi, meu amor! Sinto saudades.—diz chorosa.

—Eu também, Mãe—cochicho

—Queria que tivéssemos mais tempo, mas preciso te alertar sobre o que está vindo.—se afasta do abraço.

—Amara, você precisa ter cuidado, as linhas do seu destino mostram que o que está por vir é perigoso. Não posso te ajudar, nem te contar eu poderia, mas preciso que tome muito cuidado e nunca chegue perto deles.—avisa —Em hipótese alguma confie neles, eles serão sua ruína assim como será a deles.

—Eles quem?— a confusão me domina

Sou acordada com alguém me arrastando pelos cabelos

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Sou acordada com alguém me arrastando pelos cabelos. Assim que abro os olhos vejo o rosto de meu pai.


—Sua vadia! Desgraçada!—grita enquanto me arrasta até o topo da escada de nossa casa—Cadê a porra do meu vinho?! Cadê meu dinheiro, vadia?!— me jogando escada abaixo, minha sorte é que a escada é pequena, ele desce tomado pelo ódio e me ergue pelo braço.

—Eu não vou perguntar duas vezes!—Grita em meu rosto fazendo saliva respingar em mim.

—O dinheiro não dava! Era seu vinho ou nosso almoço.—Grito consumida pelo ódio.

Ele me arrasta até a cozinha, vê as compras na mesa antiga de madeira e me arremessa sobre ela que se parte no meio me levando pro chão junto.

—Vou sair, e quando eu voltar espero achar vinho e uma ótima janta. Ou eu juro que te mato-sai batendo a porta.

Me levanto com dificuldade pela dor nas costelas, e começo a arrumar a bagunça, as frutas estão amassadas assim como as verduras, os ovos quebraram e o jarro de leite virou.

Me levanto com dificuldade pela dor nas costelas, e começo a arrumar a bagunça, as frutas estão amassadas assim como as verduras, os ovos quebraram e o jarro de leite virou

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Decido ir até a casa da Senhora Weber. Ela tem 89 anos e me ensinou a cozinhar, costurar, ler e cultivar plantas. Tornou-se minha segunda mãe; não sei o que faria sem ela todos esses anos.

—Senhora Weber?—Grito na porta de sua casa

Espero alguns minutos, mas ninguém abre, o que é estranho, já que ela nunca sai de casa. Descido entrar na casa preocupada com o que pode ter acontecido.

A sala está vazia, então vou para a cozinha e encontro a Senhora Weber caída no chão. Corro até ela e chamo seu nome, mas não há resposta. Ela parece inconsciente. Coloco o ouvido em seu peito, mas não escuto nenhum som. Levanto-me rapidamente e saio para a rua, gritando por socorro.

—Socorro! A senhora Weber esta desacordada

Logo, toda a vizinhança sai para ajudar e chama o médico do vilarejo. Ele demora alguns minutos, mas chega correndo e vai direto para a cozinha.

Ele volta alguns minutos depois com a cabeça baixa, mas quando levanta o rosto, posso ver seu semblante triste.

—Eu lamento— murmura

Não, não pode ser! Ela não pode ter morrido. Eu não posso tê-la perdido, ela não pode me abandonar, ela prometeu.

Solto um grito agudo e caio no chão, desabando em lágrimas, meu coração dói.

Eu preciso de ar.

Tudo ao meu redor parece turvo, como se estivesse sufocando. Lembro-me de sua promessa de estar sempre estar ao meu lado, mas agora ela se foi.

 Lembro-me de sua promessa de estar sempre estar ao meu lado, mas agora ela se foi

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Chego em casa e já é de noite, tudo parece embaçado. A dor da perda é indescritível. Ao abrir a porta, encontro meu pai no meio da sala, visivelmente embriagado, com uma garrafa de rum na mão.

—Cadê a porra da janta sua vagabunda?!— ele tenta vir em minha direção cambaleando.

Ignoro ele seguindo para escada, só preciso dormir.

—Eu tô falando com você!—Grita segurando meu braço.

Me viro para ele sem forças para brigar então dou a resposta mais simples.

—A senhora Weber está morta—minha voz sai em um sussurro.

Ele para pensando por alguns segundos, nem deve saber quem ela é, ou se sabe não se importa.

—Não é para menos, vivia perto de você! Uma hora você mataria ela como fez com a sua mãe aberração.—larga meu braço com brutalidade e sai de casa betendo a porta.

Eu queria que tudo isso acabasse.

Ruína Da EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora