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⭐ notas do autor ⭐.

Estou pensando em criar um grupo no whatsapp ou no discord sobre spoilers e essas coisas das minhas fanfics. O que acham?

💫fim💫

Após o "desastre" anterior que aconteceu com o psiquiatra, Kouyou conversava com Osamu. A mais velha tentava fazer o moreno esquecer aquele seu plano louco.

- Osamu, isso não vai valer a pena. - esbravejou Kouyou, enquanto Dazai apenas debochava.

- Eu sei o que estou fazendo, Kouyou. Não esqueça que quem ordena aqui, sou eu. - o último som ouvido pela ruiva, foi um Dazai batendo a porta e a deixando sozinha.

Após se distanciar da sala, Osamu foi em direção ao quarto que Chuuya estava hospedado. Ao chegar no local, conseguiu ver um certo ruivo deitado em uma maca com alguns aparelhos em sua volta. Seu pulso direito estava com bandagens sobre os cortes feitos na noite anterior. Pobre ruivo, seu rosto tão tranquilo enquanto descansava em um longo sono após o terrível acontecimento. Dazai havia se culpado pelo o que fez o ruivo passar, entretanto..era necessário.
Osamu se aproximou do menor, passando suavemente sua mão na bochecha do homem adormecido.
Seu toque era tão suave e Gentil, que nem parecia ser realmente Osamu, um fugitivo do hospício.

Hipnotizado pelo psiquiatra, o moreno não havia notado quando Chuuya acordou. Não dando tempo o suficiente para voltar a consciência, um som alto foi ouvido, junto de uma ardência em sua bochecha. Osamu havia lhe dado um tapa na cara.
Nakahara não teve reação alguma, apenas ficou com o rosto virado levemente para o lado, por conta do impacto. algumas lágrimas teimosas insistiam em sair dos olhos do ruivo, enquanto um silêncio cortante permanecia no ar.

Dazai observava o corpo pequeno de Chuuya, ainda em choque. De todas as maneiras em recepcionar o ruivo, Dazai preferiu assim. Osamu não queria aceitar que o culpado do ruivo ter passado algum tempo desmaiado era ele, não o Nakahara.
O ruivinho após passar alguns longos segundos em silêncio, finalmente se pronunciou.

- o que eu fiz..Osamu? Eu.. - Não foi possível terminar sua frase, logo o menor foi puxado pelo pescoço, fazendo-o estremecer de medo. A falta de ar já se fazendo presente.

- o que você fez, Nakahara!? Você estragou tudo, tudo! Você é egoísta..você só pensa em si próprio!
Eu faço tudo pra você, absolutamente tudo, e é assim que eu sou agradecido? Com você se machucando pra ter atenção!? - gritou Osamu.

Não era verdade. Chuuya não queria..na verdade, ele queria. Mas não era da forma que Osamu estava dizendo! O ruivo apenas prefere sentir dor física do que psicológica.
Mas de fato, ele não queria estressar Osamu. Mas, o errado era quem, afinal? Ele estava em uma maca de hospital, e mesmo assim, Dazai não se importou e apenas Depositou um tapa em sua bochecha. Ele estava tentando entender. De todas pessoas, o moreno era o último ser em que Nakahara queria decepcionar. Claro, uma parte de Nakahara implorava para que ele reagisse e não deixasse Osamu o bater de graça assim..mas uma parte submissa pelo maior, também gritava para pedir desculpas. A mente do psiquiatra estava uma bagunça completa. Dazai Osamu, o culpado de tudo. Sempre será sua culpa.
O que estava acontecendo? Não..na verdade, a verdadeira pergunta era..por que isso estava acontecendo? Nakahara estava pagando algum pecado? Não era possível. Desde sua infância ele se dedicava tanto para não ser um pecador. O coitado do ruivinho estava tão preso em seus pensamentos que mal ouvia Dazai gritar consigo.

- eu acho que não deveria ter te escolhido. Nem me escutar você escuta. - esbravejou o mais alto, logo saindo.

Nakahara por sua vez, apenas levantou e andou em direção ao banheiro do quarto, parando em frente ao espelho que ficava em cima da pia estupidamente branca.
Enquanto se encarava pelo espelho, lágrimas saiam pelos seus lindos olhos azuis, que, agora pareciam um mar em tempestade. Suspirou, apenas podia fazer isso, suspirar. Olhou para seu pulso completamente coberto de bandagens, logo as tirando de seu pulso, tendo uma visão horrível de seu pulso todo cheio de cortes. Ficariam cicatrizes..na sua pele tão cuidada. Não eram as primeiras, mas..iriam ser as primeiras a serem tão visíveis. Enquanto observava os cortes, Nakahara acabou por pensar demais em seu passado.

"Mamãe, por favor! Está doendo! Me ajuda..MAMÃE!" era isso que o pequeno Chuuya gritava para sua mãe, que parecia não ouvir suas súplicas. Ela apenas continuava cozinhando enquanto o pai de Chuuya o batia com um cinto em sua costas tão branca quanto um papel. O pequeno mal saia na rua para pegar um sol. A desculpa era sempre "você não pode sair." "Você é uma vergonha para nós." Ou quando ele tinha dificuldade em algo. "Você deveria ser como seu irmão."
Ele não queria ser uma vergonha, uma aberração. Não, ele queria ser amado. Nakahara apenas queria o amor de seus pais, então cometeu loucuras pela aprovação dos dois, o que passava sempre despercebido.
Seus olhinhos sempre estavam vermelhos. Significava que passava a noite a chorar, estudar, ou as vezes..apenas apanhava..

O

ruivo sentia vontade de vomitar quando lembrava disso. Seus pais simplesmente eram os piores do mundo. Nada fazia com que o pobre Nakahara gostasse da presença dos mais velhos. Ele chorava quase sempre, implorando para que tivesse uma salvação. E a salvação chegou. Demorou? Um pouco, mas pelo menos chegou. Não, não era uma pessoa.
Era uma coisa ilegal. Um tipo de pílula não muito conhecido. O ruivinho sempre que podia a tomava. Isso fazia com que o Nakahara esquecesse um pouco da dor que tinha que suportar, mas não durou por muito tempo até seus pais descobrirem.
"VOCÊ É UMA VERGONHA!" Ouvia isso enquanto seu pai tentava o acertar com uma tesoura. Em meio esse caos, o ruivo caiu e então..foi a oportunidade perfeita. O homem grisalho, conhecido como seu "pai", simplesmente jogou a direção nas costas do ruivo. Por sorte não foi um corte tão fundo, mas foi o suficiente para que ficasse uma cicatriz horrível. A primeira que teria em sua vida.
Chuuya estava no chão, agoniando de dor enquanto seus pais e irmão faziam questão de ignorar o pequenino no chão.

Ao ter essas lembranças, Chuuya não tinha percebido que estava sentado no chão do banheiro, chorando pelo passado, mas mesmo assim, não era como se esses pequenos flashbacks tivessem parado.

- Vocês eram tudo para mim, entretanto..só me fazia mal. Vocês três eram como a porra de uma droga, mas sem o lado bom. - gritou o ruivinho, agora, um adolescente de 17 anos.

- mal agradecido! Nós fizemos de tudo por você. - gritou sua mãe.

- não tente me fazer me arrepender, ou achar que eu estou errado. Eu tinha 9 anos, EU TINHA A PORRA DE 9 ANOS.

- NAO OUSE! - gritou seu pai.

- VOCÊ ME TOCOU!! SEU NOJENTO! - Esbravejou enquanto chorava. - eu sinto nojo do meu corpo desde pequeno. Você tem noção o que é ser uma criança com medo de homens? Com medo de simplesmente ser estuprado pelo meu pai!? Óbvio que não. - falou entre soluços.

Nakahara limpou as lágrimas, e apenas ajeitou sua mochila nas costas e saiu, deixando aquele local traumatizante.

Hoje em dia, Chuuya as vezes via seu pai em Osamu. Por isso o medo de o confrontar, ou qualquer coisa.

Nakahara ouviu um grito de Osamu o chamando, rapidamente o ruivo levantou-se e limpou seu rosto, seguindo em direção a voz de Dazai, vendo um Osamu um tanto..estranho?

Notas do autor.

Eai amores! Tudo bem? Não esqueçam de votar, compartilhar e comentar suas teorias. Não esqueçam de me falar se querem que eu crie um grupo no whatsapp ou no discord para as fanfics!

Meu Paciente Favorito || ˢᵒᵘᵏᵒᵏᵘOnde histórias criam vida. Descubra agora