Em Depois da Verdade, a conexão transcendental entre Anúbis e Layla é testada ao extremo. Após um acidente quase fatal, Layla embarca em uma jornada de descobertas devastadoras, enquanto Anúbis se torna alvo da mídia, do estado e da alta hierarquia...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
⚠️|Este capítulo contém descrições de violência explícita.|⚠️
Poucos minutos depois
Inalo o ar gélido com esforço, mantendo minha Lalinha em meus braços.
O peso da sua fragilidade pesa sobre mim como um fardo doloroso e insuportável pra caralho. Observo seu corpinho encolhido e imóvel, fitando cada marca visível dos tiros que acabaram de atravessar sua pele, percorrendo meu olhar aguçado por cada uma delas.
Minha mente fodida está em turbilhão maldito, transbordando toda minha raiva e desespero diante da covardia que fizeram nela. Ela. Ela, a quem eu vi há três anos e desenvolvi uma devoção genuína. Ela, a quem escolhi tatuar em minha pele como um lembrete de seu olhar... Como pude esquecer? É ela. E agora, está diante de mim, vulnerável e indefesa como há três anos atrás.
Meus olhos percorrem seu rostinho delicado como porcelana. Curvo os lábios em um sorriso triste enquanto sinto a lágrima quente deslizar pela minha face. Observo a pele negra desvanecer lentamente, como se o brilho natural da sua melanina estivesse sendo engolido por uma palidez cinzenta; o comprimento dos seus cachos encharcados pela intensa cor do sangue, balançando ao vento, enquanto seus lábios são tingidos pelo líquido rubro, e a sua respiração tão fraca despia dos seus lábios semi-abertos.
Cada detalhe é como um golpe devastador no meu coração fodido, dilacerando com uma força potente. A dor é mais intensa que eu, jamais imaginei sentir. Meu Deus, ela tem um poder sobre mim que é foda pra caralho.
Instintivamente, seguro seu pequeno corpo com firmeza. Sua pele, normalmente quente, agora está gélida, seu aroma doce eclipsado pelo odor intenso de sangue, invadindo minhas narinas. Aperto ela com força, enterrando meu rosto na curva do seu pescocinho, absorvendo o vestígio de seu perfume que enche meus pulmões, enquanto as lágrimas dos meus olhos escorrem por sua pele. Agarro sua estrutura com urgência, pois minha única vontade é proteger ela. De tudo. Especialmente daqueles que tentaram arrancar ela de mim.
