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O som melódico envolvia o ambiente, tornando-o sereno. A mesa disposta ao centro, onde flores e velas coadunavam o crepúsculo vespertino reavivando o mais clichê dos romances.
Bang Chan sorria gracioso enquanto finalizava os pratos favoritos de seu amado, o aroma era agradável e preenchia o ar. Nunca fora um expert em culinária, entretanto, era capaz de tudo pela felicidade do menor.
A cada tic-tac a inquietação o consumia, balançava freneticamente sua perna direita, não sabia ao certo se era devido ao nervosismo para quando, finalmente, ele cruzasse a porta ou o tempo que parecia uma eternidade, talvez fosse os dois, afinal, estava a um passo de realizar seu maior sonho.
Sempre demonstrou preocupação e cuidado pelo mais novo, amava-o e seu bem-estar era prioridade, muitas vezes tinha receio de parecer invasivo, porém sempre foi compreendido. Pegou o celular pensativo e no momento que tomara sua decisão recebeu uma ligação.
Sua pele tornara-se pálida, o coração acelerou descompassadamente e quaisquer resquícios de alegria se esvaiu completamente. Sentiu sua vida desmoronar naquele instante, tudo se tornou apenas alucinações, estava zonzo, pegou as chaves do carro e sem se importar com mais nada dirigiu até o hospital.
Sua mente estava confusa, acelerava e desviava de todos a sua frente, memórias passavam como um filme, lágrimas escorriam desesperadamente por seu rosto, ainda que não fosse consigo, estava perdendo uma parte de si.
Estacionou o carro de forma desajeitada na entrada, indo diretamente na recepção, ficou alguns minutos sentado em espera de alguma resposta quando foi chamado.
Ao adentrar o quarto pode ver uma silhueta coberta com o lençol branco, seu coração se partiu em milhões de pedaços, em passos lentos se aproximou sentando na ponta apenas observando.
— Oi anjo — sussurrou como um segredo — está me ouvindo?
Sabia que ele já não estava mais ali, mas acreditava que o jovem era puro demais e o único lugar possível para si era o paraíso.
— Lembra quando você me disse que não acreditava em amor verdadeiro? — riu ao recordar — Hoje, era para ter sido um dia especial.
Deslizou as mãos pelos fios morenos, era como se estivesse dormindo e que logo acordaria sorrindo e lhe dizendo "bom dia", no fundo gostaria que fosse.
Retirou uma pequena caixa de seu bolso, era preta e possuía alguns pequenos detalhes em dourado.
— Você queria entrar na igreja... e ter nossas famílias nos apoiando, não é? — continuou enquanto lágrimas escorriam demasiadamente
Abriu a caixinha, retirando um anel, o mesmo anel que Seungmin, seu amor, havia se apaixonado, com apenas um detalhe, era minucioso porém significativo "Angel" estava gravado em baixo-relevo, pegou a mão gélida colocando-o em seu dedo e sorrindo.
— Nós seremos o infinito — proferiu calmo — Descanse em paz meu anjinho, talvez em outra vida... talvez em outra vida a gente possa viver nosso felizes para sempre.
Aproximou-se dando-lhe um beijo na testa e cubrindo-o novamente, levantou retirando-se da sala, sentia um grande vazio em seu peito, uma despedida nunca será fácil, há poucas horas estava pensando no futuro dos dois e agora esse futuro foi interrompido, seu anjo precisava descansar.
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Angel | Chanmin
FanfictionONESHOT "Na vida há dois momentos muito distintos: o antes e o depois de amor verdadeiro." "O que é verdadeiro o tempo não apaga. O que é verdadeiro o tempo eterniza" Nós seremos o infinito ♥︎