cruisin' for a bruisin' • JIKOOK

seven

olha ela aparecendo depois de um mês e meio fingindo que nada aconteceu 😅
perdão pela demora, gente, esse último mês foi osso.

quero aproveitar também para parabenizar uma das minhas amigas que me ajudam a escrever a fic. é com o incentivo delas — lê-se ameaça mesmo — que essa história deixou de ser uma one-shot e virou uma fanfic. o aniversário dela foi semana passada, então todo mundo desejando parabéns, viu?

sem mais delongas, boa leitura 💞

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⭐ deixe sua estrelinha ⭐

Aquela notícia havia abalado o dia de Jungkook.

Por mais que ele já soubesse que havia sido apenas um susto e que Jimin e seus filhos já estavam fora de perigo, ele não conseguiu deixar de ficar ansioso e inquieto. Precisou chorar um pouco sozinho no banheiro para esvaziar seu peito e poder seguir com suas obrigações.

Mas tentar continuar trabalhando enquanto fingia que tudo estava bem estava se mostrando ser mais difícil do que ele pensou. O tempo todo enquanto estava ali naquele navio, seu coração gritava para si o quanto aquilo estava errado, e clamava para que ele estivesse perto de sua família.

Família...

Jimin, ele e os gêmeos eram uma família?

Parte de si dizia que sim. Ele e Jimin não eram apenas amigos, definitivamente. E todos os momentos que já haviam tido juntos, assim como todas as ligações e mensagens trocadas por eles, eram especiais. Jungkook sentia um calor enorme no peito ao pensar no Park e nos dois pequenos que estavam a caminho. Já chegou a passar noites em claro imaginando como os seus filhos seriam e como seria a sensação de finalmente poder carregá-los nos braços, enquanto olhava Jimin nos olhos e lhe dizia o quanto o amava e o quanto era grato por terem se conhecido e por tê-lo em sua vida.

Já a outra parte de si estava receosa e se perguntava se ele estava ultrapassando limites ao se considerar tão próximo assim de Jimin e dos bebês. A possibilidade desse segundo cenário ser real não lhe agradava nem um pouco. Odiava estar tão apreensivo e inseguro, mas não sabia o que fazer com aqueles sentimentos.

Quando a noite chegou e seu expediente terminou, Jungkook não se afastou imediatamente do bar. Ele bebeu duas canecas de cerveja e já estava na terceira quando decidiu que pararia por ali. Depois foi caminhar pelo convés do navio para respirar um pouco de ar puro, mas o vento salgado do mar, que sempre havia lhe trazido uma sensação de liberdade, nunca pareceu tão sufocante. Seus pensamentos estavam ancorados em Seoul, na bendita cama de hospital onde Jimin estava, e ele se sentia péssimo por não estar lá para lhe fazer companhia.

Puxou seu celular do bolso da calça, conferindo o horário. Fez um pequeno cálculo para deduzir que horas eram em Seoul e percebeu que ainda não estava muito tarde. Ele ligou para Namjoon e teve uma conversa longa com ele. Desabafou com o amigo sobre todas as coisas que não havia mencionado quando se reencontraram — como o fato de que ele trabalhava em um navio, que não morava mais em Seoul, sua situação com Jimin, entre outros — e se sentiu um pouco mais leve depois daquilo. Para sua surpresa, Namjoon lhe fez a seguinte pergunta:

— Jungkook, o quanto você odeia a sua graduação?

Jungkook era formado em publicidade e propaganda. Já havia realizado estágios naquela área durante a época da faculdade, mas nunca havia tido um emprego fixo na mesma.

— Eu não a odeio, é só... — suspirou. — Eu acho que eu só queria um pouco liberdade, Nam. Não me sentia pronto para me aquietar num emprego comum e viver uma vida monótona sem nem me aventurar antes...