Capítulo 1 - Precisa de mim?

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Aviso: a Six dessa história não tem cauda e orelhas de raposa!!

Pov Mono

A rua era escura, e meus passos eram bem cautelosos no chão. "Eu só quero deitar na minha cama e dormir por dois dias." Senti uma vibração suave no bolso do meu moletom. Lentamente enfiei minha mão lá e agarrei meu celular; era uma mensagem de Six.

Abri a notificação e então vi que a mensagem era ela me chamando para sua casa. "Six não gosta muito de pessoas em sua casa", meus dedos caminharam para digitar lentamente.

— Algum problema, docinho? — Vi ela começar a digitar e então apagar a mensagem e começar a digitar de novo.

— Por favor, só vem logo. — Me senti preocupado quando li aquilo. Apertei meus passos e cheguei até meu carro, destranquei ele com as chaves e entrei rapidamente.

Acelerei e comecei a dirigir até a casa dela rapidamente; meu coração doía de preocupação, e eu só queria ter certeza de que ela estava bem. A casa dela fica longe da minha; são mais de 38 minutos de carro, mas o lugar onde eu trabalho não fica tão longe.

Logo vi a casa dela e rapidamente estacionei meu carro. "Tenho certeza que ficou uma merda, mas fodase"; Peguei a chave reserva do meu bolso e rapidamente abri a porta. Corri até o quarto e encontrei o que mais temia.

Ela estava enroladinha na cama, sua respiração acelerada e seus olhos levemente arregalados. Papel higiênico sujo de sangue, um pano e uma faca também ensanguentada ao seu lado na escrivaninha da cama. Ela chorava, e eu conseguia notar seu desespero.

— Porra! — Fui até seu pequeno corpo indefeso na cama e passei minhas mãos envolta de sua cintura antes de levantá-la e colocá-la em meu colo.

Six possui transtorno de ansiedade e muito medo de ser abandonada. Isso deve ter explodido em uma crise, já que faz um mês que a gente não se vê. Fiz um carinho tranquilo em sua cabeça e tentei tranquilizá-la.

Six ofegava muito e tremia acima de mim. "Ela tem um pânico excessivo da ideia de ser abandonada por mim, isso a fez ter paranoia de que estou a traindo, mas mesmo com todas as preocupações, ela tenta guardar para si e simplesmente ignorar os sentimentos". Fiz carinho na cabeça dela e comecei a tentar acalmá-la.

— Amor, calma... O que houve? — Meus dedos correram para a bochecha dela e começaram a passear pela pele macia e avermelhada de suas bochechas.

— Tem certeza que você me ama? Porfavor, não me abandona — Abracei ela com força. Sua respiração ofegante suavizava. Peguei seus braços e olhei para seus pulsos ainda ensanguentados.

"Ela se corta para distrair sua mente do medo e tentar fugir da possibilidade de alguma traição"; os cortes eram mais profundos que o normal; ela provavelmente está em crise desde a semana passada.

— Hmmm, que tal cuidarmos dos pulsos antes de conversar? — Estendi a mão e peguei o pano de sua escrivaninha. A retirei de meu colo lentamente e abri a gaveta do objeto. Havia álcool e algumas bandagens. Meu coração doía de pensar que ela está em crise há mais de uma semana, e eu só percebi agora.

Esse mês tem sido super corrido; eu não tenho tempo nem para mim. "Tento tirar pelo menos 20 minutos do dia para falar com ela, mas até isso tem sido difícil". Ouvi ela soltar alguns baixos ronronados.

Peguei seu pulso e comecei a passar o pano com álcool delicadamente. Ela reclamou de dor e tentou tirar seu braço do meu aperto. — Dói! — Ela choramingou de maneira irritada e tentou se afastar. Meu aperto ficou ainda mais firme, e eu a puxei para mim.

— Eu sei... Mas cortes assim infeccionam fácil, tenho que cuidar. — Aproximei meu rosto do dela e deixei um selinho em seus lábios. Peguei as bandagens da gaveta e gentilmente enrolei em seu pulso.

Sob o peso do cuidadoOnde histórias criam vida. Descubra agora