𝓔ra óbvio para Hilda que a história contada por Madame Janete a algumas semanas atrás estava prestes a se iniciar, era chegada a hora do sofrimento de Hilda Furacão, e ela sabia disso mais do que ninguém.
- então Madame Janete, continue! - exclamou Hilda que piscava sem parar para afastar seus profundos pensamentos de sua mente.
- minha filha, vejo aqui que seu sapato já teve o seu destino final, e que para encontrá-lo você e o rapaz terão que deixar o orgulho de lado, claro, se vocês quiserem viver o amor que está destinado a acontecer. - Madame Janete falava encarando as iris azuis de Hilda, ao direcionar o seu olhar para as cartas, na sua feição agora deixava claro que algo não estava tão explícito. - tire mais uma carta.
Hilda então leva uma de suas mãos à o baralho e retira de lá uma carta, colocando em cima da mesa ao lado das outras.
- olha... - a própria cortou suas falas enquanto tentava decifrar além do que estava claro nas cartas. - Hilda, vejo aqui que seus caminhos estão traçados a um homem, vocês se deixarem o orgulho e as desavenças de lado, vão conseguir viver um belo amor, porém o caminho não é fácil, o rapaz não me parece estar com o caminho livre, tem algo aqui que vai deixar tudo mais difícil, vai ser como um romance proibido
Sem saber o porquê o pensamento de Hilda correu para os braços de Malthus, o rosto do santo passou em seu pensamento, suas iris azuis dilataram como se estivesse usando algum tipo de droga, ela sabia, aquele seria seu pecado mortal. Tudo girou e ao piscar, sua cabeça doia, era um sentimento estranho, que até os dias de hoje ela não havia sentido antes.
- Madame Janete... - Hilda começou a falar enquanto saia do transe de seus pensamentos. - tem alguma coisa a mais que precisa me dizer? Está tudo tão confu... - Hilda teve sua fala cortada por Madame Janete.
- Hilda, eu já te avisei uma vez, oque Deus risca ninguém rabisca. - ao terminar de falar, Hilda se levanta da onde estava.
- tudo bem, eu entendi. - Hilda exclamou enquanto abria sua bolsa e tirava algumas notas de dinheiro, ela coloca as notas nas mãos de Madame Janete. - estou pagando pelo o do outro dia, muito obrigada e até logo.
Hilda saiu do local pensativa, dessa vez ela tinha certeza que voltaria a se consultar com Janete, ela agora acreditava fielmente em tudo oque foi dito.
Ao caminhar pelas ruas de Belo Horizonte, Hilda mantia sua postura e qualquer pessoa que a visse andando não fazeria ideia da confusão que estava em sua mente.
Cada passo dado por ela, cada batida de seu coração, passava um turbilhão de coisas em sua mente, ela se sentia diferente.
- como é possível, logo um padre? Quando falou que era difícil não achei que fosse no nível de me apaixonar por um padre, isso é loucura, só pode ser ilusão, é claro que não é ele, né? - Hilda cochichava para si mesma, para ela, tudo aquilo seria uma enorme conhecidencia.
- conhecidencia, só pode ser. - Malthus falava ao encarar o salto da pecadora que agora estava em suas mãos. Salto fino, de cor escura com o solado avermelhado, como uma louboutin.
Malthus deixou o salto em cima da sua mesinha, ao lado das coisas mais importantes para ele.
Ele correu até a cozinha, buscando um pote de geleia, e ao encontrar um sorriso de orelha a orelha surgiu em seu rosto, era como se Malthus estivesse encontrado o caminho do paraíso.
Sem demora ele pega o pote em suas mãos, a estrutura de vidro gelada ao encontrar a pele de suas mãos trouxe arrepios por todo seu corpo, ele com pressa logo abriu o pote, o cheiro da geleia de jabuticaba adentrou por toda a extensão do local, Malthus fechou seus olhos apreciando o cheiro doce, aquilo com total certeza era a sua comida, doce, sensação e prazer preferido, até o momento.
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Pecado Mortal. (Hilda & Malthus)
Fanfiction' 𝓟elas ruas mais proibidas de Belo Horizonte, onde nunca um santo deveria nem sequer colocar os pés, onde era apenas pecados, aconteceu a maior das maiores aprovações da vida do santo Malthus. ' 𝒪nde o santo Malthus conhece seu pecado mortal, Hil...