Nem sempre, o amor é o suficiente.
Wei Wuxian amava Lan Wangji, e o sentimento era recíproco, mas não tem como um amor ser inabalável quando uma das partes mantém esse sentimento somente no segundo ou terceiro plano.
Apesar de diferenças e igualdad...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
→ Lembranças, como cinzas jogadas ao vento.
Sair daquele ambiente familiar, foi uma das coisas mais difíceis que Wei Wuxian achou que teria que fazer. Apesar de tudo que estava tomando conta do seu corpo, muitas coisas morando para ficar, ele sabia que não deveria, afinal, ele não era “Bem-vindo” na vida de Lan Wangji, pelo menos não da forma que ele achou que era.
Quando a porta do apartamento do alfa, finalmente se fechou, Wuxian colocou a mão no peito e a outra na boca, por tudo naquele momento, ele desejava gritar. Como se as forças de suas pernas tivessem sumido, ele se abaixou.
Abraçando seus joelhos, o ega de coração partido, usou o máximo de força para acolher a si mesmo. Seu coração estava batendo rápido, era como uma dor física, e não era como se o choque do momento servisse como uma anestesia, não era. Era dor, dor física, dor em sua alma.
Uma dor insuportável.
Wei Wuxian não sabe quanto tempo ficou ali, e ele sabia que iria precisar sair, afinal, não haveria nada que o pedisse para ficar, e pelo Santo Lobo, aquilo era tão devastador. Colocando as mãos no chão, o ômega se forçou a ficar de pé, e sentiu uma tontura, isso não estava lhe fazendo bem.
Com uma boa audição, o ômega conseguiu ouvir uma movimentação do outro lado da porta, e isso foi o bastante para ele apressar o passo e sair dali. Já bastava ter ouvido todas aquelas coisas, já foi o suficiente - não ter ouvido tudo que Lan Wangji não falou - e agora, ele não iria precisar do olhar de pena, da preocupação do alfa por ter feito tudo aquilo.
Agradecendo por não ter visto ninguém no meio do caminho, enquanto voltava, Wuxian tentava ao máximo secar suas lágrimas, respirar fundo, mas era quase impossível, pois no segundo o que ele pensava em como estava a sua situação, mais lágrimas surgiam em seus olhos, ao ponto dele não conseguir ver nada de tão embaçado que ficava.
Ainda preso naquele quadrado de metal, Wuxian encostou na parede. Era engraçado como tudo poderia mudar em questão de minutos. Outrora, ele esteve ali, encostado naquela mesma parede, com o coração acelerado, um calor gostoso no corpo por saber que faltava pouco para se jogar sobre o homem que amava, para sentir seus beijos, seus toques, o cheiro de Sândalo que o deixava entorpecido, como uma droga viciante. E agora, agora ele estava ali, no mesmo lugar, mas completamente destruído. Por que? Por que isso tinha que acontecer?
Quando as portas se abriram, o ômega saiu rápido, não olhava para cima, não queria olhar para ninguém, cumprimentar ninguém, ele só queria sair dali.
Por sorte, um táxi tinha acabado de estacionar para deixar uma mulher. Wuxian esperou ela sair e entrou.
Depois que o motorista já sabia para onde ir, não havia mais palavras, e o homem de idade, olhou para o estado daquele garoto, ele não parecia nada bem. Agora, a julgar pela aparência, poderia suprir que “ir para casa” não deveria ser o lugar que ele deveria ir.
