Nem sempre, o amor é o suficiente.
Wei Wuxian amava Lan Wangji, e o sentimento era recíproco, mas não tem como um amor ser inabalável quando uma das partes mantém esse sentimento somente no segundo ou terceiro plano.
Apesar de diferenças e igualdad...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
→ O tempo será a cura.
Era nove horas da noite, e com a sala praticamente toda escura, estava Wei Wuxian. O ômega estava sentado próximo a pequena mesinha de vidro que ficava no centro da sala, com alguns itens sobre ela, sendo cada um deles algo que marcava sua vida de muitas formas.
Depois que chegou em casa, após aquela forte chuva e se lamentou por longos minutos, até conseguir um pouco de força para tomar um banho, o moreno perambulou pela casa, parecia um robô, tudo no automático, tudo muito silencioso, enquanto apenas sua mente gritava, mas suas feições pareciam serenas o bastante, o'que era uma grande luta consigo mesmo para que não cedesse a vontade maluca de gritar, quebrar e chorar.
O ômega ainda não tinha falado com ninguém, mas sabia que iria ter que dar um sinal de vida em algum momento, por isso, ele deixou o celular ligado. Ele não tinha muitas explicações para aqueles que fosse perguntar, apenas que precisava sumir por um tempo, três dias foram o bastante?
Wei Wuxian achava que não.
A sala mal iluminada, recebia apenas a claridade daquela maravilhosa lua, que resolveu aparecer cheia e refletia como um farol bonito céu. Wei Wuxian pegou uma pequena caixinha de madeira, onde ele costumava guardar as fotografias de infância, até que fez um álbum, e ela era do tamanho certo para ele guardar tudo que tinha sobre a mesa. Numa tentativa de tirar da cabeça tudo de ruim, deixando somente as coisas bonitas que poderiam valer a pena para uma futura e por acaso lembrança.
Com a caixinha sobre a mesa, seu primeiro item a ser colocado, foi uma pequena foto. Estava preto em branco, era a ultrassom que ele tinha feito do seu bebê. Não dava para ver muito por ser tão pequeno, mas era tão delicado.
O início da gravidez pegou Wei Wuxian de surpresa, principalmente quando começou a desconfiar, porque uma chuva de pensamentos tomou conta. Primeiro ficou incrédulo, confuso, mas logo ao lembrar quem era o pai do bebê, tudo passou. O ômega era uma pessoa bastante transparente, principalmente para aqueles que o conheciam tão bem, então fazer com que ninguém percebesse, foi um pouco difícil, principalmente Lan Wangji.
Mas agora vendo oque aconteceu, Wuxian acha que talvez nem fosse precisar de tanto esforço, porque o alfa nem sequer percebeu nada de diferente, um cheiro ou algo assim. Saber disso era como um tapa na cara, e doía como um. Wuxian queria acreditar antes disso, que era porque o homem estava ocupado e sobrecarregado demais, mas agora sabe: Lan Wangji só estava preocupado em como falar da viagem.
Depois de dar um beijo na imagem, como se pudesse sentir seu filho, Wuxian colocou na caixinha, e logo focou no outro. O teste também se juntou à imagem, e por não saber se era menino ou menina, havia um par de duas cores, um rosa e o outro azul. Esse era o presente de casamento que entregaria para o homem, queria compartilhar daquele momento doce. Wei Wuxian sabia que ainda teria filhos, mas cresceu ouvindo sua mãe dizer que nada vai substituir um filho, não importa oque, e isso nunca fez tanto sentido. Ele não conheceu seu anjinho, não o pegou no colo e sussurrou o quanto iria amá-lo, mas sempre iria fazer parte de sua vida.
