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O dia seguinte já havia chegado, e neste exato momento me recusava a sair de minha cama

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O dia seguinte já havia chegado, e neste exato momento me recusava a sair de minha cama. Do outro lado da porta, Pasha batia impacientemente enquanto me chamava com raiva. Já fazia seis minutos desde o início daquele alvoroço, mas o frio extremo do meu quarto e a maciez da minha cama estavam simplesmente irresistíveis para eu abandoná-los por uma escola cheia de seres humanos.


— AYANA PETROV!! SE LEVANTE IMEDIATAMENTE!! — As batidas ficaram mais agressivas, o que teria levantado qualquer um da cama, menos eu, porque eu sempre fui do contra. — OU EU VOU ARROMBAR ESSA PORRA! — Ah, aí está a verdadeira essência de Pasha, o disfarce de velho meloso é apenas uma fachada. Tsc, falso.

— Só mais um pouquinho, Pasha — resmungo, me enrolando ainda mais no lençol para me proteger do frio, escondendo os pés porque estava gelado, mas eu me recusava a desligar o ar-condicionado. Eu gostava, me lembrava de casa.

— SÓ UM POUQUINHO O CARALHO!! TE LEVANTA AGORA, VOCÊ TEM UM MINUTO PRA ESTAR DE PÉ E VESTIDA!

Escuto seus passos se distanciando enquanto ele vai embora, e resmungo inconformada com a situação.

Ao tocar os pés no chão frio, sinto um conforto familiar se espalhar por todo o meu corpo. Sempre amei o frio, e esta sensação matinal era um lembrete constante disso. Hoje, decidi vestir o uniforme escolar, e Pasha fez o favor de buscá-lo para mim.

Saindo do banheiro, enxugo meu corpo e aplico um creme hidratante na pele antes de começar a me vestir. A saia encaixa perfeitamente, assim como a blusa e o resto do uniforme. O sapato, apesar de ser uma opção livre, optei por um tênis confortável hoje.

Corro para o espelho e examino meu rosto, procurando por qualquer detalhe que precisasse de atenção. Decido por um batom rosa suave e um gloss por cima para dar um brilho sutil aos lábios.

Já pronta, abro a porta para sair e me deparo com Pasha no final da escada, batendo o pé impacientemente.

— Tá atrasada. — Ele me informa, com um leve tom de reprovação.

— Não me diga. — Respondo com um sorriso irônico, antes de seguirmos juntos para mais um dia na escola.

Já estávamos dentro do carro, rumo à escola. A estrada estava razoável, exceto pelo engarrafamento perto do shopping. O que eu estava fazendo no shopping? Comendo salgado e tomando Coca-Cola como café da manhã, para o desgosto constante de Pasha ao meu lado, que via minha escolha como "irresponsável".

Enquanto estávamos parados no sinal próximo à escola, um vulto passou rapidamente por nós. Pasha pareceu perceber, levantando o rosto rapidamente junto comigo para ver quem era o intruso. Infelizmente, não conseguimos reconhecer quem era, mas ficou claro que se tratava de um garoto da Sunny em uma bicicleta.

— Essas crianças de hoje em dia, tsc. — Pasha negou com a cabeça, expressando sua desaprovação, enquanto eu apenas revirei os olhos e me joguei de volta no banco, esse velho.

𝐌𝐎𝐍 𝐎𝐍 𝐓𝐇𝐄 𝐓𝐑𝐀𝐂𝐊 | ʷᶦⁿᵈ ᵇʳᵉᵃᵏᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora