Vários garotos se espalharam pelo campo, prontos para o início do jogo. Pedro e Frenkie estavam entre eles, ajustando suas posições sob o sol forte que aquecia o gramado verde e bem cuidado. As linhas brancas marcavam as áreas de jogo, e a bola estava no centro, pronta para o pontapé inicial. Pedro, como atacante, se posicionou perto da linha de meio-campo. Ele estava confiante, os olhos atentos aos movimentos dos adversários e os pés inquietos, prontos para agir. Frenkie, no meio-campo, era responsável por organizar as jogadas e distribuir passes precisos. Ele se posicionou alguns metros atrás de Pedro, analisando o campo. Os outros companheiros de time de Pedro e Frenkie também se espalhavam: os defensores próximos ao gol, atentos para interceptar qualquer ataque, e os alas, prontos para avançar pelas laterais. No time rival, Ferran e Raphinha eram os destaques. Ferran, um atacante rápido e perigoso, e Raphinha, no meio-campo, distribuía passes certeiros e liderava as jogadas.
O árbitro apitou e o jogo começou. Frenkie recebeu a bola no meio-campo e imediatamente passou rasteiro para Pedro. Pedro controlou a bola habilmente, driblou um defensor e avançou. Os dois trabalhavam bem juntos, com passes rápidos e movimentações ágeis, tentando abrir espaço na defesa adversária. A torcida ao redor do campo vibrava a cada lance emocionante, incentivando os jogadores com gritos e aplausos. Mas, apesar da boa parceria em campo, havia tensões entre Pedro e Frenkie. Eles estavam brigados há semanas por causa de desentendimentos. O jogo ficava mais intenso. Durante uma jogada importante, Frenkie fez um passe que Pedro não conseguiu alcançar, e os dois trocaram olhares de frustração. A torcida, sem saber da briga, continuava a vibrar, mas os jogadores percebiam a tensão.
Pablo assistia a tudo de cara fechada, segurando uma lata de Coca-Cola em uma mão e, na outra, um salgado que comprara apenas para aguentar a obrigação de assistir ao jogo do colégio. Seus olhos seguiam os movimentos rápidos de Pedro e Frenkie no campo, mas ele não mostrava interesse. Ele notava a tensão entre os dois jogadores e percebia que, além de enfrentar o time adversário, havia uma briga interna que podia decidir o jogo. Enquanto os outros torcedores vibravam a cada jogada, Pablo dava um gole na Coca-Cola e mordia o salgado sem entusiasmo. Ele estava ali por obrigação, alheio ao entusiasmo ao seu redor. O barulho da torcida e os gritos dos jogadores não o afetavam; para ele, aquele era apenas mais um evento chato a suportar. Mesmo assim, seus olhos seguiam os lances principais de Pedro. Ele observava a habilidade de Pedro com a bola e a precisão dos passes, reconhecendo o talento dele, mas sem mostrar admiração. Para Pablo, aquilo tudo era apenas uma distração indesejada em meio a uma tarde comum.
A Coca-Cola de Pablo acabou, e, enquanto olhava ao redor, avistou Emma. Ela torcia animadamente, segurando um cartaz enorme com "Pedro" escrito em letras garrafais. Pablo sentiu desgosto ao ver a cena; o entusiasmo exagerado de Emma e seu cartaz chamativo faziam-no querer vomitar. Ele virou o rosto, tentando se concentrar em qualquer outra coisa que não fosse o apoio exagerado a Pedro. Gavi, por outro lado, estava preocupado. Ele via as tensões entre Pedro e Frenkie e sabia que Ferran e Raphinha jogavam com tudo. A rivalidade entre os times e as brigas internas podiam prejudicar todos.
Pedro, posicionado como atacante, aproveitou um passe rápido de Frenkie no meio-campo. Ele avançou com a bola, driblando habilmente um defensor. A torcida prendeu a respiração, aguardando o próximo movimento. Pedro acelerou em direção ao gol, o campo se abrindo à sua frente. Com a bola grudada em seus pés, ele passou por mais um adversário, mostrando todo o seu talento e determinação. Ferran, porém, não estava disposto a deixar Pedro avançar tão facilmente. Observando os movimentos de Pedro, ele correu em sua direção. Quando Pedro estava prestes a entrar na área, Ferran fez um carrinho preciso. Deslizando pelo gramado, Ferran conseguiu alcançar a bola e afastá-la dos pés de Pedro, interrompendo a jogada. A torcida do time de Ferran explodiu em aplausos, enquanto Pedro caía no gramado, frustrado. Frenkie correu para ajudar Pedro a se levantar, mas o mesmo recusou a ajuda.
O garoto decide que precisa de outro refrigerante e talvez algum salgado. Ele pega a carteira e se dirige à cantina do colégio, pensando no que vai escolher desta vez. Talvez um refrigerante diferente e um salgado bem recheado. Quando volta ao ginásio, Gavi percebe uma agitação na quadra. Com o refrigerante e o salgado em mãos, ele se aproxima das arquibancadas e vê que Pedro e Ferran estão no meio de uma briga. Surpreso e preocupado, ele se apressa para entender o que está acontecendo e, se necessário, ajudar a resolver a situação. Pedro e Ferran estão no meio da quadra, cercados por colegas que tentam intervir. Pedro, com o rosto vermelho de raiva, grita algo para Torres, que responde com igual intensidade. De repente, Ferran empurra Pedro, que cambaleia para trás. O moreno se recompõe rapidamente e avança, agarrando a camisa de Ferran. O mesmo, tentando se soltar, dá um soco no rosto de Pedro, que cai no chão, segurando a bochecha com uma expressão de dor. Sangue começa a escorrer do corte que se abriu no rosto de Pedro, aumentando a tensão ao redor. O menor, de volta à arquibancada, observa a cena com o coração agitado. Em todos os jogos que assistiu de Ferran, o menor nunca o tinha visto brigar assim em campo, e muito menos fora, os colegas de time e os torcedores, acostumados com sua habilidade e calma, também pareciam perplexos com essa mudança repentina de comportamento.
Enquanto encarava o sangue vermelho vivo no rosto suado do moreno, Pablo foi tirado do transe pelo vibrar descontrolado de seu celular no bolso. Ele piscou várias vezes, tentando se concentrar antes de finalmente pegar o celular. A mensagem piscava na tela, mas seus pensamentos ainda estavam fixos na cena chocante que acabara de testemunhar. Os alunos começaram a vaiar o time de seus amigos, e Gavi se viu sem saber ao certo como reagir. Foi então que avistou Pedro sendo escoltado para fora do jogo pela enfermeira do colégio. Gavi não percebeu a presença de Frenkie ao seu lado, nem de Emma. A curiosidade sobre o motivo da briga tomou conta dele imediatamente. Certamente tinha algo a ver com o jogo, mas no fundo, ele tinha a sensação de que havia mais por trás daquela confusão.
Ferran tinha acabado de tomar um cartão vermelho e estava evitando qualquer discussão com Frenkie, que gritava algo inaudível. Pablo, então, lembrou-se do celular e o pegou apressadamente para verificar o que estava acontecendo. Ao abrir o Twitter, Gavi se depara com uma enxurrada de comentários maldosos e críticas severas direcionadas ao seu melhor amigo. Alguns usuários insinuavam que Ferran era um jogador violento e sem controle emocional, enquanto outros o acusavam de arruinar o jogo com seu comportamento. Além disso, havia até mesmo comentários vindos de perfis anônimos, sugerindo que Ferran deveria ser suspenso por várias partidas. A crueldade dos comentários deixou Gavi indignado e preocupado com o impacto que aquilo poderia ter na reputação e na autoestima de Ferran.
Ele sentiu um aperto no coração ao perceber como Ferran estava sendo massacrado na rede. Uma onda de raiva e tristeza o invadiu com a ideia de que Pedro havia feito de propósito.
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