Capítulo 3

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Oii, tudo bem??

O que estão achando até agora? Queria pedir para me contarem nos comentários e votarem também, que ajuda muito. Vocês são meu termômetro pra saber se tá bom ou não.

Pra quem quiser interagir sobre a fic, meu Twitter é o mesmo daqui @shineohanitta

Boa leituraa! 🌸
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Anitta's point of view

Ao fechar a porta do banheiro eu desabei novamente, essa sensação de impotência era assustadora demais. Tomei meu banho demoradamente querendo que junto com a água escorresse toda angústia que sentia. Quando sai, rapidamente os dois pares de olhos se voltaram para mim.

-Filha, como se sente? -Minha mãe me perguntou ainda muito preocupada

-Estou melhor, mamitcha. Pode ir terminar as coisas, tá? -Tentei falar com firmeza para tranquilizar

Minha mãe levantou pra sair do quarto, mas antes de fechar a porta colocou a cabeça pra dentro.

-Por favor meninas, conversem como adultas. -Disse simplesmente e fechou nos deixando sozinhas.

-Larissa, vem cá...senta aqui -Ohana soltou com um carinho na voz que não tinha tido durante todo o dia. -Sua mãe me contou o porque você ficou assim- Completou meio receosa.

Quando levantei minha cabeça para olhá-la, as lágrimas voltaram a escorrer.

-Vem cá, meu bem. -Ohana me puxou pra um abraço forte, aquele abraço que ninguém no mundo conseguiria me dar, porque ninguém seria ela.

A agarrei com toda força que ainda tinha e senti meu coração palpitar por ela ter me chamado pelo nosso apelido que pouco usávamos.

-Porque não nunca me contou que essas coisas aconteceram? -Desfez o abraço mas ainda ficou segurando minhas mãos

-Que coisas? -Perguntei com medo da resposta, não sabia até que ponto minha mãe tinha contado pra ela.

-O tratamento do silêncio, sua pausa na terapia. -Suspirou- Não era pra você ter parado.

-Fazia muito tempo que não tinha uma crise assim, achei que estava melhor nesse assunto, de verdade.

-Desculpa ter feito você se sentir como ele fazia, desculpa ter feito você ter essa crise. Eu agi como uma babaca, desculpa. -Ohana abaixou a cabeça.

-Ei...-Levantei seu rosto para que me olhasse-Você não sabia de nada disso, não precisa se desculpar. Você também está chateada. E eu sei que você não gosta de fingir que as coisas estão tudo bem, mas por favor, vamos dar uma trégua hoje? É Natal, poxa, vamos ficar em paz? Por favor?

-Certo, ficar na paz. Mas depois precisamos conversar mesmo sobre as coisas.

-Obrigada. Nós iremos conversar. -Concordei com ela e coloquei a mão em seu queixo pra deixar um beijo em sua bochecha quando ela virou o rosto fazendo com que nossas bocas ficassem muito próximas.

-Se é pra ficar em paz, eu preciso sentir sua boca na minha. -Soltou antes de selar nossos lábios me segurando pela nuca.

A puxei pro meu colo, enquanto nos beijávamos lentamente, explorando cada canto(já conhecido) de nossas bocas. Fui com minha mão até seus cabelos e puxei de leve, separando nossos lábios para beijar seu pescoço. Ela gemeu baixinho pelo contato mas logo me afastou ofegante.

-Temos que começar a nos arrumar. -Falou me fazendo olhar em direção da varanda, já estava quase completamente escuro.

-Preciso cochilar um pouco pelo menos, se não eu não aguento nem até a ceia. -Dei uma risadinha fraca

-Vem...-Levantou do meu colo me puxando pra deitar- Vou deixar você dormir só por 3 horinhas ein?

E não demorou muito para meus olhos pesarem sentindo seu cafuné na cabeça enquanto eu estava deitada em seu peito totalmente agarrada igual um coala.

Acordei com alguém me balançando e quando abri os olhos era minha mãe.

-Larissa, está na hora de acordar. Já são quase 20h -Ouvi minha mãe dizer e olhei pro lado vendo uma Ohana que dormia.

Dei risada, ela não iria me acordar em 3 horinhas? -Tá bom mãe, vou acordar ela e nós vamos nos arrumar pra descer.

Virei pra mulher ao meu lado, levei a mão até sua bochecha e fiquei fazendo carinho enquanto a olhava. Puta merda, eu a amava demais e eu não podia a perder por burrice minha. Eu iria resolver as coisas, por nós. Fui distribuindo beijinhos por todo seu rosto fazendo-a se remexer de leve, por fim parei e deixei nossas testas encostadas enquanto voltava com o carinho em sua bochecha.

-Meu bem, temos que levantar. Não era você que ia me acordar em algumas horas? -Falei sorrindo vendo ela dar uma risadinha ainda com os olhos fechados.

-Tava tão gostoso a gente aqui deitadinhas que não consegui não fechar os olhos também. -Abriu os olhos e se sentou na cama- Vou tomar banho tá? -Deixou um selinho em meus lábios e se levantou rapidamente indo até o banheiro, deixando a porta aberta dessa vez.

Fui até a porta do banheiro e me encostei na entrada olhando para o box onde ela se banhava. -Posso entrar? -Soltei com um sorriso safado de canto. Por deus o corpo dessa mulher não é desse mundo.

-Larissaaa, nem pense nisso. -Riu quando viu a cara que eu estava.-Sabe que não sairíamos tão cedo, teríamos que comemorar o natal no carnaval.

-Ok, não custa tentar. -Levantei as mãos em sinal de rendição e voltei pro quarto me jogando na cama enquanto a esperava terminar.

Cerca de 20 minutos depois ela saiu envolta pelo roupão e com a toalha na cabeça.

-Anda, patroa. Já pro banho! -Falou firme me dando um tapinha na bunda já que eu estava deitada de bruços.

-Eu que sou sua patroa e você que manda em mim? -Arqueei as sobrancelhas.

-Você sabe que só me da ordem no trabalho, aqui...-Se aproximou encostando nossos narizes após eu sentar na cama- Quem dita as regras sou eu! -E se afastou indo até onde estava suas roupas.

Essa mulher é meu inferno!!! Pensei passando a mão pelos meus cabelos e dando risada em seguida já que estava tendo uma ótima ideia.

Talvez seja tarde - Ohanitta Onde histórias criam vida. Descubra agora