Capítulo 3 - A Morte é o Início!

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Pov: Earth

O vento frio atravessava a janela e tocava meus pés me deixando com calafrios. Me ajeitei na janela e me afoguei no peito do Marcos que dormia tranquilamente como uma criança.

Tentei fechar meus olhos e dormir novamente, mas as vozes gritantes em minha mente atrapalhava minha paz e me irritava o suficiente para tirar o meu sono.

Escutei Marcos murmurar baixinho e depois seu braço pesar sobre mim. Dormi com ele é extremamente louco, as vezes quando ele ronca é possível ver sua energia vital percorrer o seu corpo. A aura azul que o proteger é linda de se admirar.

Eu mergulhei no sono sem perceber, e quando redobrei a consciência senti algo líquido na cama como se alguém tivesse mijado, mas era um líquido mais viscoso como óleo de motor.

Me levantei rapidamente acendendo a luz para tentar ver o que era. Quando olhei para a cama um grito escapou da minha boca.

Os olhos de Marcos estavam abertos e sem vida. Saltei na cama agitando ele, mas não havia visto o buraco que estava presente em seu peito.

Levantei da cama ainda paralisado de medo, abrir a porta do quarto, e logo percebi que as paredes estavam manchadas de sangue em todas as direções. Corri para o quarto dos meus pais, e notei que os dois estavam caído no chão com uma gigante poça de sangue ao redor. Vários móveis havia sido arremessados e cacos de vidro se espalhava pelo chão, claramente aconteceu uma luta.

Apenas me afastei ainda assustado, fechando a porta, guiei-me até o quarto dos meus irmãos e a realidade não era diferente das demais.

Uma série de pensamentos e sentimentos mistos começaram a se colidir em minha mente. Porque apenas eu estou vivo? Estou vivo por não ter poderes? Marcos tinha razão, é uma maldição!

Por um segundo, consegui escutar o grito de alguém, uma voz familiar, ecoando pelas paredes, mas vinha de um lugar distante.

Desci as escadas rapidamente, mas com cuidado para não escorregar nas poças de sangue. Peguei a chave abrindo a porta de casa e saindo.

Olhando para cima, notei que o que estava acontecendo não era coisa desse mundo. O SubMundo chegou à Terra, e pelo visto se espalhou rapidamente enquanto eu dormia.

Escutei o grito uma segunda vez, e agora fui capaz de notar que parecia a voz de Gabriel.

Peguei a estrada e corri em direção que o grito veio. A medida que eu percorria, notava a destruição e todo o caos ao redor. As casas estavam destruídas, as ruas manchadas com sangue de inocentes, chamas se espalhava pela flora ao redor da cidade.

O grito se tornou presente pela terceira vez, e dessa vez parecia carregar apenas um sentimento: Dor!

Apressei meus passos em direção da voz dele,e quando me dei conta de onde estava, me vi em frente a escola.

Os portões haviam sido derrubados e as marcas de garras indicava uma possível luta. Gabriel está aqui!

-- Gabriel!-- comecei a gritar seu nome enquanto entrava a escola e empurrava porta por porta, mas não encontrava nada além de cadeiras vazias e paredes rabiscadas.

Uma nuvem sangrenta carregada de raios e trovões de sangue sobrevoava a quadra da colégio. Corri até lá me deperando com a presença do meu amigo de outro ser que controlava a situação.

Gabriel se encontrava de joelho, suas roupas estavam manchadas de sangue e suas garras pareciam que foram arrancadas sem piedade. Vi seu olhos se encontrarem com o meu, e logo notei que no meio de um sorriso desorientado, suas presas haviam sido brutalmente destroçadas e rasgada de sua boca.

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