Problemas com o encanamento

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Namjoon

Passamos a manhã toda no centro da cidade. Além de comprarmos o material para construção, compramos algumas coisas que estavam faltando em casa.

Assim que passamos pela Dutra vimos um brechó só de móveis antigos e é claro que não resistimos e fizemos o retorno descemos do carro e entrelaçamos nossos dedos.

Olhávamos tudo com detalhes, não podemos correr o risco de comprar algum móvel gasto. Todas as casas que vendemos são mobiliadas e tínhamos uma casa no final da cidade que estávamos tentando vender a quase dois meses.

Como havíamos parado ali apenas para dar uma olhada, voltamos para o carro e comecei a dirigir ao destino da casa que estava sendo reformada.

- Isso aqui está longe de terminar, disse meu marido caminha do meu lado.

A casa havia parada de formas por motivos que eu tentarei descobrir agora.

- Ei Mark. - apertei a mão do homem de porte forte com camiseta regata.

- E aí rapazes! Chamei vocês aqui porque encontramos alguns problemas com o encanamento.

Caminhamos até a área da cozinha onde tinha uma grande poça de água. Jin cruzou os braços com grande bico nos lábios. Aquilo significaria mais gastos e estávamos tentando economizar o máximo possível, agora que tínhamos três filhos o gasto era o dobro, e havíamos planejado adotar apenas um.

- Eu conversei com um amigo, e ele arruma isso por um preço abaixo da tabela. - explicou o homem.

Mark Tuan trabalha com a gente há alguns anos. Além de nosso funcionário é um dos nossos melhores amigos. É uma pessoa muito confiável.

Depois dele explicar tudo, voltamos para casa. Enquanto Jin pegava os menores na escola eu preparava um lanche já que ele saiu do colégio às 2:00 da tarde.

🍁🍁🍁🍁🍁🍁

Enquanto eu lia o meu livro deitado na rede do fundo da casa, Kooke brincava com seus brinquedos ao meu lado. Seu inseparável ursinho batatinha estava ao seu lado sendo alimentado.

- Come tudo seu garoto estúpido! - disse o garoto fazendo uma voz braba apontando para o boneco.

Me sentei tão rápido na rede que sentia até uma tontura na hora mas a frase do menino de apenas 7 anos recuava pela minha cabeça.

- Kooke, não pode falar esse tipo de coisa bebê. - disse sério olhando em seus olhinhos.

- Batatinha é uma criança malvada que não come.

- Serio Kooke, se você disser palavras feias de novos eu vou colocar você de castigo. - falei firme. Seus lábios tremeram querendo chorar.

Você precisa ser firme Namjoon. Repeti pra mim mesmo. Eu não poderia abaixar a guarda agora.

- Estamos entendidos? - segurei em suas mãozinhas.

- Sim.

Voltei para meu livro e Kooke largou os brinquedos de lado e correu para o jardim ao ver um passarinho pousar ali. Aos poucos, conseguimos impor regras nas crianças, com Jimin estava sendo um pouco mais difícil, talvez pela idade dele.

Estávamos todos sentados em volta da mesa jantando quando Jimin nos contou sobre o jogo de futebol que teria amanhã de manhã. Ele contou como se não fosse uma grande coisa, Jin me olhou do outro lado da mesa e sorriu. Essa era a primeira vez que Jimin conversava com nós sobre algo do seu dia-a-dia.

- O que você acha de todos irmos torcer por você? - perguntei cortando a carne de Kooke em pequenos pedaços.

Seus olhos brilharam e um grande sorriso iluminou seu lindo rosto.

- Sério? - Jin e eu assentimos. - Vai ser legal ter alguém torcendo por mim.

Durante o jantar o sorriso não sumiu de seu rosto, e o menino até chegou a elogiar a comida do meu marido. O que deixou ele todo sorridente.

🍁🍁🍁🍁🍁🍁

Naquela manhã de sábado, saímos para o primeiro jogo de Min. Eu e ele havíamos saído mais cedo, já que a treinadora pediu para o time todo chegar uma hora antes. Jin e os pequenos vieram logo depois.

- Nam! - Min tocou levemente em meu braço enquanto caminhavámos pelo campo.

- Sim. - me virei sorrindo para o garoto.

- Obrigado por cuidarem de mim e dos meus irmãos. - ele me deu um sorriso fechado e voltou a olhar para a frente.

Eu sei o quanto foi difícil para ele falar isso, Jimin é um garoto fechado. Ele constrói muros em volta de si, e que ninguém consegue entrar.

Passo o braço em volta dos seus ombros. Acredite, esse era o nosso primeiro toque íntimo desde que ele e os irmãos estão morando com nós.

Faltava pouco para o jogo começar, a arquibancada de madeira com alguns degraus estava começando a lotar com os familiares. E nada do Jin e as crianças chegarem, os times começaram a entrar em campo e de longe vi Jimin olhando para mim, o mesmo ia atravessar o campo quando a treinadora lhe segura pelo braço e dizia alguma coisa e ele apenas assenti voltando com os outros meninos.

Olho para o lado e lá está Jin segurando a mão de Kooke e Tae.

- Oi amor, desculpa pela demora! - disse afobado beijando rapidamente meus lábios.

- O jogo já vai começar. - avisei acomodando as crianças ao meu lado. - O que aconteceu?

Tae estava com os olhos úmidos olhando para um ponto fixo qualquer. Seus braços estavam descansando em cima de seus joelhos dobrados.

- Ele ficou preso no banheiro, aí achou uma boa ideia sair pela janela, em vez de pedir ajuda e acabou ficando com a cabeça presa. - explicou meu marido.

- Entendi. - balancei a cabeça olhando para o campo.

Eu não estava surpreso com o acontecimento, se ele não aprontasse alguma, aí sim eu ficaria surpreso.

De Repente uma Família - NamjinOnde histórias criam vida. Descubra agora