Narizes Pontudos

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Há muito tempo atrás - em Florianópolis - , um grupo de estudantes passeando na Lagoa da Conceição, encontram pegadas grandes e diferentes, elas se assemelhavam a um pé humano comum, mas com uma diferença. Os jovens não sabiam apontar o que achavam de estranho no formato das pegadas, parecia ser esteticamente errado, porém ao mesmo tempo, o formato lembrava muito um pé humano. Até que eles notaram o que tanto os incomodava, a falta de um dedo mindinho.

Eram diversas pegadas de formato de pé, tamanhos e até rastros diferentes, que levavam até um certo lugar. Tal lugar escuro e amedrontador que mais parecia uma caverna, e dava calafrios nos jovens, que se relutam a entrar, mas a curiosidade é maior e mais forte. No meio do caminho, encontraram uma tocha acesa apoiada na parede, aproveitando essa nova fonte de luz, eles a pegaram e utilizaram para revelar o caminho.

Ao seguir mais adiante, é notável que no chão há diversas poças e facas mergulhadas em sangue, com um coral ecoando pelas paredes da caverna. Toda a atmosfera do lugar os assusta, pensando muitas vezes em voltar, mas por algum motivo, todos eles estavam se sentindo seduzidos pelo coral, e não conseguiam mais retornar à entrada.

Quando a caverna se dividia em dois caminhos, os jovens sabiam exatamente onde ir, tanto pelo som das vozes, mas também pelo estranho sentimento chamando-os. Até que um deles joga a tocha no chão, e se guia somente por seu "instinto". As vozes se tornam sons de batida em um tambor, porém distorcidos e estranhos, como se algumas batucadas estivessem ao contrário. Após dias caminhando, eles finalmente enxergam uma luz no fim da caverna, uma luz vermelha forte, puxada para o branco. É notável que eles não são mais os mesmos jovens que entraram na caverna, seus corpos estão magros e pálidos, semanas e mais semanas sem comer, sem beber, e sem ver a luz do sol... Mas agora, a única luz que eles precisam, é a do fim do túnel, a que eles procuravam a muito tempo.

Após isso, ninguém que esteja vivo hoje sabe do que aconteceu ali dentro. Mas de uma coisa eu sei, eu não posso confiar na minha sorte, porque um dia eu irei ser castigado por isso.

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