𝐂apitulo 001 - A volta (ines)perada

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Era mais um dia monótono em Santos, por mais que ainda tivesse os carros e apartamentos, ainda existia monotonia na casa dos Nunes. Em meio todo  aquele vai & vem de carros, o casal de idosos, que se  repousavam no sofa , murmurando , escutaram batidas na porta. — Leonarda, mi amore , abra a porta, por favor ?— Dizia um senhor, que utilizava uma blusa de mangas, tricotadas em cores  frias, variando de verde e azul .  A senhorinha, por sua vez, respirava fundo e se levantou lentamente, com as pernas bambas, já que a idade lhe traria consequências de saúde, e então a mesma abriu a porta com dificuldades. De repente, seus olhos que emanavam o cansaço, começaram a ter brilhos, e sua boca se abriu lentamente. A voz, mesmo rouca, mostrava surpresa; — Minha netinha!— Gaguejava, e os olhos se enchiam de águas, porem era de alegria.  Era uma garota que estava parada, que após alguns minutos, soltou as malas brutalmente no chão, causando barulho.  Rapidamente, a menina correu e abraçou a sua tão querida avó. Os corações desparavam enquanto lágrimas salgadas desciam pela as bochechas de ambas, enquanto a viajante envolveria todo o seu amor num abraço apertado, era uma sensação inexplicavel.  O idoso, logo se levantou rápido, quase caindo consequentemente. — Marianna! Minha neta, pequena Marianna! — Clamou, enquanto correu e logo ficou abismado.
Ele viu que a garota deixou seus cachos crescerem, os olhos continuavam brilhando como constelações, porém seus lábios estavam ressecados e havia muitos sinais de cansaço. A cacheada,se soltou do  tão querido e apertado abraço  de sua avó, e pegou suas bagagens para por dentro da casa.
Enquanto a mais nova subia pela as escadas, indo se organizar, Leonarda e Carlos organizavam a mesa, totalmente arrepiados e impactados pela a surpresa;  — Eu não esperava que. .ela fosse voltar, logo tão moça? Será que ela se lembrou  de nós? — Sussurrava a idosa . — Não sei, mi amore, mas. . é um prazer recebe-la de volta— O homem respondeu, e então, finalizou a frase com um sorriso.

Marianna subia as escadas, e enquanto andava pela a casa, observava os quadros com as fotográfias da mesma, porém quando menor. Seus olhos se encheram de água novamente, e então a cacheada seguiu até o quarto antigo , onde ainda havia seus pertences,  foi lá que deixou as malas, e, seguiu para o banheiro. A morena se observava no espelho, e fez algumas caretas tolas, como puxar o canto da boca, mostrar a língua, porem aquilo se desfez em  poucos minutos. — Apesar de tudo, ainda vai ser eu. — Sussurrou, e logo respirou de maneira profunda, enquanto seu peitoral subiu e desceu como a chama de uma vela.
A jovem, acendeu a luz, que estava queimando aos poucos, mas deu de ombros e foi tomar banho. Maria sentia a água descer suavemente pelo os seus cachos macios e morenos, o seu rosto repleto  de hematomas , espinhas e olheiras, o espaço sobre seu seios afastados e por fim, todo o seu corpo. Seus pensamentos seguiam sem esforço com o barulho da água, relembrando-se de todos os seus anos seguindo seus sonhos , o circo. Pegou o sabão, ainda com os olhos fechados, e passou lentamente sobre toda a sua pele, entre as coxas, os ombros, a nuca, todos os minimos lugares.

 Pegou o sabão, ainda com os olhos fechados, e passou lentamente sobre toda a sua pele, entre as coxas, os ombros, a nuca, todos os minimos lugares

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Após o banho, A jovem moça, descia as escadas para dialogar com seus avós.
Ela encontrou uma mesa com um tipico café ds tarde, com bolachas cream craker, a bebida fresca e ambos sentados.
Se recordará da infância, em um ultimo momento antes de ir para o circo.
— Ô minha netinha, você tem que descansar. . Mas tem que comer um pouco antes! Você ta meio magrinha!—
A anciã afirmava com preocupação e se embolando com as palavras, e aquilo fez a garota rir e abanae a cabeça levemente.
— Certo. . Certo, eu irei comer e irei descansar, vó —  O idoso por sua vez, serviu o café para ambas as mulheres e logo ficou reflexivo, e então sussurrou:
— Ela está certa, você tem que descansar. .Acabou de chegar se viagem, deve estar exausta! —  E então, outra vez, ela abanou com a cabeça. Comeu as bolachas, crocantes, de maneira calma e degustava o café quente e saboroso,  que aquecia a ponta de seus lábios aos poucos.  Quando finalizou, resolveu lavar a louça e então seguir para seu quarto, para ter seu merecido descanso.

"𝐀 rachadura entre meus sonhos e a realidade." Onde histórias criam vida. Descubra agora