Prefácio

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— Porque é que és assim? Num momento és querido e simpático mas noutro és rude, sinceramente não te compreendo. — Disse já farta de como ele me estava a falar.

— Talvez sou assim porque sinto-me vazio, porque todas as pessoas que algumas vez amei abandonaram-me e levaram com elas um pedaço meu. 

Fiquei chocada com a confissão que ele acabara de fazer-me. É muito difícil para ele abrir-se assim com alguém, pelo menos foi o que o Niall me disse. Mas isso não é uma desculpa para tratar mal as pessoas. 

— Realmente nem sei o que vim aqui fazer — passado uns minutos de silêncio continuou, olhou para mim, puxou o seu cabelo para trás e saiu do meu dormitório, deixando-me sentada na cama confusa com o que acabara de acontecer.

Não sei mesmo o que se passa na cabeça deste rapaz. Quem é que ele pensa que é para me tratar assim? Eu mal o conheço mas sinto que ele não é boas noticias. Mas admito que a sua confissão apanhou-me desprevenida, e para dizer a verdade deixou-me bastante confusa porque raio haveria ele de partilhar algo tão pessoal comigo? 

Olhei para o relógio no meu telemóvel e vi que já passava das 23h, achei melhor preparar as coisas para amanhã pois era um dia de aulas e era melhor ir deitar-me, assim o fiz. Mal acabei de arrumar a mala com os materiais necessários para amanhã fui deitar-me. Entrei na cama e dei por mim a pensar no rapaz de cabelo encaracolado. 

Dava voltas e voltas à cama mas o sono não vinha. Peguei no telemóvel para ver que horas eram, já era 00h. Pus o despertador para as 8h e larguei o telemóvel na banca de cabeceira. Voltei a deitar a cabeça na almofada e virei-me para a parede, fechei os olhos com esperança que o sono viesse. Quando o sono me atacou, dei por mim a sonhar com um par de olhos esmeralda. 

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