Terceiro

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Fernanda J

Barra da Tijuca - RJ

Ainda na noite anterior

***

-Depende de como vamos acertar esse pagamento - Deixo no ar a frase com a maior conotação sexual que já saiu da minha boca.

-¿Podemos começar así? - Ele se aproxima, raspa seus lábios contra os meus, jogando meu cabelo para trás do ombro e deixando beijos na região.

Meu corpo todo se arrepia com seu toque e o jeito que me olha agora, o olhar pesado, denso faz meu corpo todo se incendiar.

Antes de voltar a me tocar outra vez ele me analisa dos pés à cabeça, observando cada centímetro do meu corpo. Estou tão molhada que posso sentir minha calcinha quase pingar em baixo do mini vestido que eu uso.

Ele sela nossos lábios, dou passagem para sua língua invadir minha boca e isso é sujo, muito sujo. Minha respiração falha, meu peito sobe e desce rápido demais e ele percebeu meu nervosismo no mesmo instante.

-¿Está todo bien? - Pergunta ofegante e parece enxergar no fundo da minha alma.

-Sim - Minha voz sai fraca.

-Não vou te fazer nada que no quieras, si quieres podemos parar  (Não vamos fazer nada que você não quer, se não quiser podemos parar) - O sorriso malicioso de canto de boca que eu lanço para ele mostra que eu não quero que ele pare, que todo esse diálogo é em vão.

Ele entende, sua mão em volta do meu pescoço fazendo uma leve pressão enquanto a outra dá um jeito de descer meu vestido e apertar meu seio que agora está rijo. Eu arfo, fecho os olhos e me entrego a sensação. Sua boca desce até lá, morde, chupa e eu procuro apoio em algum canto quando a mão livre afasta minha calcinha e me toca de leve.

-Yo faço las reglas aquí, ¿entiendes? - Concordo com a cabeça quando ele diz baixinho no meu ouvido.

E falando sério ele pode fazer e vai conseguir fazer o que quiser comigo, essa carinha, esse sorrisinho convencem qualquer pessoa e ainda pra completar falando em outro idioma.

A frase que diz que o inglês abre portas e o espanhol abre pernas nunca fez tanto sentido como faz agora.

Com sua boca colada na minha cambaleamos até a porta, ele me vira de costas e desce o zíper do meu vestido deixando meus seios rijos encostarem na porta de madeira, ele beija todo meu pescoço e eu seguro um gemido.

Sinto seu pau rijo raspar pela minha bunda, sua respiração quente no meu pescoço só me faz pensar em como nunca vivi algo assim em toda a minha vida, e olha que eu acho que ele nem começou.

Assisto de canto de olho pescar um pacotinho cinza no bolso da calça que usa, descer sua roupa e vestir a camisinha.

-Molhada, hum? - Diz baixinho no meu pescoço enquanto pincela o pau pela minha boceta que pulsa com seu contato.

Ele me penetra com dificuldade e o sinto rosnar sob minha pele conforme aumenta as estocadas. Meu corpo se contrai quando ele guia minha mão até meu clitóris e com sua mão por cima da minha faz com que eu me toque.

As pernas tremem, eu o aperto e a sensação de teto preto toma conta de todo o meu ser.

-Caralho - Me ouço gemer enquanto gozo.

Ele sai de dentro de mim, me vira de frente pra ele e aperta os bicos rijos do meu seio entre os dedos me fazendo arfar.

Enquanto prende meu pescoço volta a me penetrar com os dedos em formato de gancho, rápido demais, preciso e decidido do que quer.

Cupido Querido | Matias Viña Onde histórias criam vida. Descubra agora