Capítulo 42

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Alex


   Caminho pelo corredor de mármore indo em direção à minha sala. Cumprimento com um aceno de cabeça breve meus funcionários que passam por mim.

  Mais um dia enfiado dentro desse escritório, apesar que hoje estou leve e tranquilo, como uma pena. Esvaziei toda a minha raiva e o que estava acumulado em meu saco na noite retrasada. Ainda sinto a base da minha coluna doer. Aquela mulher moeu meu corpo contra o carro em busca do seu prazer próprio por horas.

  Eu tomava o controle por pouco tempo até ela conseguir me possuir de novo. Ela quase arrancou a minha alma com a vagina.

Passo pela bancada da secretaria loira que ainda tenta de forma falha fazer com que eu a coma e a ignoro.

- Senhor Alex!- ela chama e paro revirando os olhos.

Giro sobre os calcanhares e a olho sem nenhuma emoção.

- O que foi?- pergunto sem nenhuma educação e ela engole em seco percebendo que não estou para brincadeiras

- Sei pai está na sala de reuniões junto com o senhor Aaron e o Senhor Cole. Eles estão te esperando - ela diz e contraio minha mandíbula

O que aquele homen quer aqui?

  Desde que eu e meus irmãos compramos todas as ações da empresa, ele não apareceu mais.

  Giro novamente dando as costas para a loira sem a agradecer e sigo na direção oposta da minha sala. Arrumo a gravata em meu pescoço sabendo exatamente o que talvez ele tenha vindo tratar. Paro enfrente a porta preta e respiro fundo a empurrando para dentro.

Assim que ela termina de abrir meus irmão se viram olhando para mim com a mesma expressão de dúvida que eu devo estar. Estalo o pescoço tentando parecer tranquilo e o vejo sentado em minha cadeira de costas para mim, vendo a cidade através dos vidros.

- Achei que você nunca fosse aprender a ser pontual, mas parece que eu estava errado, não é mesmo- ele diz com um tom sarcástico

Observo a pessoa que serviu como doador de esperma para minha mãe e mordo o lado de dentro da boca. O cabelo ainda continua preto como piche, o maxilar marcado assim como os olhos iguais aos meus não envelheceram. Observo o terno preto sem nenhum vinco e ajeito minha postura caminhando até minha cadeira sem quebrar em nenhum momento nosso contato visual.

  Paro em sua frente colocando minha maleta encima da mesa com um pouco de força a mais e seus olhos sorriem.

- Acho que essa cadeira não lhe pertence mais,papai- digo e ele sorri se levantando

  Meu pai se levanta e fica apenas alguns centímetros mais baixo que eu. Ele vivia reclamando do tanto que cresci e fiquei maior que ele. O que era ruim , já que de certa forma eu o intimido e não o contrário.

  Ele sorri e desvia de mim me deixando sentar. Me sento e abro o botão de meu paletó ficando em uma posição confortável enquanto cruzo minhas pernas.

- Então... qual seria o assunto urgente ao qual você nos deu o prazer de sua presença- digo e ele se ajeita na cadeira olhando para meus irmãos

Meu doce pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora