⚠️ Alerta para o alto nível de glicose ⚠️
___________________Era só mais um dia normal em família.
Suas filhas estavam empolgadíssimas e ela precisava admitir que não estava muito diferente. Fazia pouco mais de dois meses que sua esposa, uma estilista renomada, viajara para acompanhar os desfiles de sua mais recente coleção. Estavam casadas há alguns anos e era comum passarem esse tempo separadas, então já sabiam lidar com essa rotina. No início, quando eram só as duas, admitia que era mais difícil. Entretanto, agora com duas pequenininhas correndo pela casa parecia ser mais fácil. É claro que precisavam lidar com as perguntas que faziam e com a saudade que sentiam, porém não achava isso um empecilho.
E hoje, finalmente, era o dia que ela voltava para casa.
“Mamãe Caca, vamos! Está na hora de buscar a mamãe Rosinha!”, Íris, sua filha mais velha, dizia empolgada pulando de um lado para o outro tal qual um grilo enquanto puxava a barra de sua calça.
“Já estamos indo, filha. Aguenta só mais um pouquinho”, Caroline pediu terminando de fechar a mochila colorida de suas filhas e procurando pela chupeta de Jasmim, sua filha mais nova, que já dava indícios de choro. “Pronto, meu amor. Toma”, dirigiu-se à caçula que dava pequenos passos trôpegos em sua direção. “Isso, pequena. Vem aqui, vem”, abaixou-se em seus joelhos chamando a filha que caminhava com um sorriso parcialmente banguela no rosto.
Quando a criança se aproximou o suficiente, esticou os seus braços e a pegou deixando um beijo estalado em seu cabelo ralo. Amava profundamente suas filhas e sua esposa. Amava a família que haviam construído. Não conseguia mais se ver em um cenário no qual aquelas pessoas não estivessem presentes e podia assegurar que seria capaz de tudo por elas. As defenderia com unhas e dentes se preciso fosse.
Saiu de casa de mãos dadas com Íris e segurando Jasmim protetivamente contra o seu corpo. Destravou o carro estacionado no jardim da casa e abriu a porta para a filha mais velha entrar, fechando quando a viu com o cinto devidamente colocado. Depois deu a volta no carro e abriu a porta do outro lado, ajeitando a filha mais nova na cadeirinha. Com tudo conferido, abriu a porta da frente e ocupou o seu lugar, logo dando partida no carro.
“Mamãe Caca, coloca ohana”, Caroline assentiu ao pedido de Íris dando início à playlist criada por elas e que continha músicas de suas animações favoritas. Sua esposa quem havia sugerido aquele nome sob nenhuma justificativa além de que achava legal e justo por se tratar da animação favorita delas.
E assim o caminho foi feito, de forma tranquila e divertida, como costumava ser. Adorava aqueles momentos simples em família. Era uma mãezona, admitia. Mimava mesmo e não tinha vergonha de ser a mãe babona. Rosamaria, sua esposa, reclamava horrores quando se comportava assim em demasia, inclusive ela quem refreava suas filhas, mas ainda assim tinha também sua parcela de mimos.
Chegaram ao aeroporto com antecedência, então precisaram aguardar alguns minutos à espera da mulher.
“Olha, mamãe Caca!”, Íris chamou sua atenção. “É ela! É ela!, repetia animada apontando para a direção na qual Rosamaria esperava.
Caroline precisou refrear um sorriso bobo que quis escapar apenas por ver sua esposa depois de longos dois meses. Aguardou que a mulher terminasse sua inspeção, sabendo que as procurava e, quando o fez voltando o olhar para onde a esperava com suas filhas, acenou com a mão para chamar sua atenção. Foi bonito e gostoso acompanhar o sorriso sincero que cresceu no rosto de Rosamaria ao reconhecê-las. Tirando os óculos escuros que tinha no rosto, a mulher passou a caminhar a passos rápidos para encurtar a distância que as separava, porém teve seus planos interrompidos quando viu a pequena Íris correr em sua direção. Caroline até pensou em chamar pela filha, mas não o fez pois sabia que ela tinha um destino certo.
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One Shots | ROSATTAZ
FanfictionColetânea de one shots. ▪︎ O conteúdo abordado é totalmente fictício. As características apresentadas são estritamente utilizadas para fins ilustrativos, sem qualquer relação direta com a realidade.