a bela e a fera

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te entreguei meu mundo
não deveria, está tudo em ruínas
com mais demônios que o submundo
onde o frio e o escuro consomem cada cor do seu arco íris

minha tempestade parou quando ouviu
os batimentos do teu coração
quanto mais baixo um anjo voa
mais chance tem de ser engolido pelo chão

casar ao amanhecer
separar ao entardecer
absolutamente nada confuso
apenas sentimentos demais pra reconhecer

você tentou iluminar meu céu
e eu tentei te guiar no escuro
e sem nenhum pincel
desenhou estrelas no meu mundo cruel

tão calma quanto a brisa do mar
que vem pra acolher sem assustar
tão carinhosa quanto a mais sutil flor
que jamais deveria ter sentido tanta dor

dor que reina em mim
sempre que seus olhos não se fixam aos meus
e como um doloroso fim
tornei meus problemas os seus

te mostrei porque a fera não é bem vinda
agora seu coração suplica
por alguém que te ama desde outras vidas
mas se perdeu nos destroços
da guerra que só deixou ruínas

a bela nunca deveria ter voado baixo
não deveria ter se afastado do sol porque quem tá no escuro
vai sempre se desesperar pela luz do sol

rezando apenas por um sonho
sonho onde a bela
nunca teria seu coração partido
não pela maldita fera

anjos nao pertencem a um mundo apagado
anjos não deveriam deixar de voar
nunca deveria ter entregado um mundo estragado
nunca deveria ter dito que a cura é amar

o preto da minha casa te contaminou
o cinza do meu peito te assustou
e agora nenhuma cor do arco íris te restou
tudo porque a fera não soube amar a bela

amor de caixão Onde histórias criam vida. Descubra agora