— Ele chegou!! — Disse o velho que levantou a caneca de cerveja para Lucas em movimento de comemoração.
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Ele andou até o balcão com um falso sorriso no rosto, mas ninguém notou isso por estarem todos muito bêbados ou ocupados demais com seus jogos de cartas e peças. Entrou na cozinha e deixou seus pertences em seu armário, logo amarrou em sua cintura seu avental e iniciou seu fim de tarde em seu segundo trabalho.
— Sabe... eu vou sentir sua falta aqui no bar. Graças a vocês as coisas andam bem, estou curioso como vai ser quando verem que você saiu! — Seu colega dizia enquanto secava os copos. Lucas O olhou de volta com uma expressão de dó enquanto amarrava seu longo cabelo. — Também sentirei falta daqui e de todos vocês, mas não sei se vou conseguir a vaga...— Ele o respondeu inseguro.
O copo escorregou de sua mão, mas não quebrou.
— Oh, tudo bem? se machucou? — Perguntou Lucas.
— Por que você não conseguiria a vaga? Você é capaz de muita coisa!!
— Porque éramos dez pessoas e seis delas estavam com um perfil e currículo qualificado para as vagas divulgadas!! — Ele respondeu diretamente.
—Eita. — Foi a sua resposta.
As horas passavam mais devagar nesse dia para Lucas que estava muito ansioso para saber se passou ou não na vaga de emprego. Limpava as mesas até três vezes, se atrapalhou um pouco com alguns pedidos, mas não era nada que pudesse facilmente resolver. Ainda era seis da tarde e mesmo assim havia muitos clientes, era um bar agradável diziam os clientes graças a presença de Lucas que além de cuidar tão bem do lugar e de todos presentes naquele recinto. Eles brincavam, conversavam, dançavam entre si. Todos os dias e todas as noites era pura festa. Os funcionários que eram três juntamente com o jovem, Luís, Leonara e Lucas, o triplo L. Brincavam com o dono dizendo que ele tinha um fetiche por trás de todos os seus funcionários começarem com L, mas ninguém sabia o real motivo além daqueles que trabalhavam lá que um dia perguntaram sobre essa mesma curiosidade. Uma história intima por isso não muito compartilhada.
— Por que ao invés de ficarem zoando o meu chefe, não pagam a conta fiada de vocês antes? — Lucas disse em um tom de brincadeira, mas desafiador. Ele limpava a mesa que estava ocupada por quatro fregueses. Eles se sentiram intimidados, mas sabiam que ele não dizia isso por mau.
— Oh sim, iremos pagar, mas na hora que ele liberar esse segredo "misterioso" para nós... — Disse o homem bêbado que se sentiu incomodado com Lucas que apenas dizia a verdade.
— Desculpe senhor, mas não vendemos informações privadas muito menos barganha!! — Respondeu e deu meia volta levando os pratos sujos para o balcão.
Um vento forte bateu na parede de vidro do bar.
Chuva? Os clientes que lá perto estavam sentados ficaram confusos com as microscópicas pedras de gelo caindo em grande quantidade do céu. — Mas nessa época do ano? — Todos ficaram abismados com aquilo, mas não era grande coisa. — Não estamos na Primavera? — Murmurou Lucas enquanto esvaziava a bandeja com copos e canecas. — Segundo o google... sim! — Respondeu o seu amigo que retirar os copos do balcão.
De manhã chovia... de tarde o sol brilhava e agora no fim da tarde está chovendo muito forte. O tempo estava confuso assim como seus sentimentos e pensamentos.
— Chuva me traz péssimas lembranças! — Disse Lucas que preparava um pedido.
— Tipo? — Perguntou seu amigo que o ajudava com o pedido.
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My Little Boy
RomanceEntre milhares de paredes seus olhos ainda podiam enxerga-lo, sua mente podia contatá-lo e seu toque poderia enfim faze-lo sentir tudo aquilo que ambos desejavam de si. Uma aventura, um drama, uma comédia era a vida de um casal que intrigava a todo...