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Robby estava totalmente triste, só recebia emoções negativas da marca, e sabia que Miguel não estava feliz do outro lado do vínculo com o que aconteceu. E ele também não estava, duas semanas se passaram em que mal queria comer, não conseguia se ver amando Miguel Diaz quando o conheceu odiando-o.

Ele estava preso a ele pela marca apenas, tendo que se submeter aos seus desejos e deveres. Mas era hora de sair e enfrentar o Alfa.

Saiu do quarto do pai vestindo uma calça que seu pai havia comprado recentemente para ele e uma camiseta do Alfa que era grande demais para ele, mas pelo menos o cheiro lhe dava segurança.

Por mais que ele gritasse, batesse nele, batesse em suas mãos, dissesse que o odiava e dissesse que a culpa era dele, seu pai continuava atendendo o que pedia, ele até pediu para o pai cortar o cabelo dele, ele perguntou por que naquele dia, ele apenas disse que precisava mudar o estilo do cabelo.

Embora por dentro ele só queria esquecer as mãos de Miguel agarrando e puxando seus cabelos para humilhá-lo. Ele saiu da sala e encontrou seu pai conversando com Diaz.

- Por favor Sensei, você sabe que eu não sou assim, meu Alfa interior assumiu o controle, e... Eu não sabia o que estava fazendo, eu juro Sensei, eu não queria machucar Robby- Ele o escuta soluçar e ele honestamente não poderia dizer se aquilo era real ou falso

Robby estava prestes a interromper quando a voz de seu pai o fez recuar e ouvir.

- Miguel, eu acredito em você, acredito muito em você, mas Robby precisa de tempo, entendeu?- Comenta seu pai e isso... Isso poderia tê-lo incomodado, porque ele acreditou tão facilmente, tão facilmente? Não, não fazia sentido para ele

Mas seu coração lhe dizia que seu pai o estava colocando na frente pela primeira vez, e isso dava ao Alfa um toque de alegria e amor.

A porta se fechou e seu pai se virou, seus olhares se encontraram e Johnny começou a falar.

- Cabelo curto combina com você, como você se sente?- Johnny pergunta, assim como faz todos os dias desde que ele chegou em seu apartamento

- Eu me sinto melhor... Pensei que você ia deixá-lo entrar- Disse referindo-se a Miguel, seu pai balançou a cabeça negativamente

- Eu não queria que você se sentisse mal, e não sabia como você reagiria se visse ele, você tem um ninho aí, mal posso passar. Você não teria permitido que ele entrasse ou estou errado?- Comentou se aproximando e colocando as mãos nos ombros dele- Como está a marca?- Robby ergueu o pescoço mostrando sua glândula ômega, a marca era de cor roxa, como se fosse um hematoma profundo- Você sabe que eu não te forçaria a ficar com alguém que você não quer, então, se você quiser, podemos dar um jeito de tirar a marca de você- Falou calmamente e o Ômega assentiu

- Sim, eu quero tirar pai- Afirmou e Johnny deu-lhe um sorriso fraco- Eu preciso falar com Miguel, não posso me esconder dele por muito tempo- Johnny olhou para ele preocupado com o que ele havia dito

- Você quer que eu vá com você?- Pergunta

- Não pai, vai ser uma coisa rápida- Respondeu dando-lhe um sorriso tranquilizador

Robby saiu do apartamento e bateu na porta da casa do Alfa, esperou alguns segundos quando a porta foi aberta, congelou por um momento ao ver o corpo alto de Miguel parado na porta, olhando para ele sem nenhuma emoção aparente.

- Robby- Ouvi-lo dizer seu nome foi estranho- O que você está fazendo aqui?

Por um instante o Keene ficou sem palavras, mas lembrou-se de quem estava diante e teve que reagir.

- Eu queria falar com você- Disse vendo o Alfa piscar talvez incrédulo e abriu mais a porta, deixando-o passar

Robby precisava mostrar a ele que não tinha medo dele, porque ele não tinha medo dele, certo?

Seu erro foi virar as costas para o Alfa que começou a deixar os olhos dourados, para depois voltar à cor normal.

- Vamos para o meu quarto, conversar com mais calma- Miguel colocou a mão em seu ombro, assustando-o com o toque repentino

- Ah, sim-  murmurou incerto

O Keene tinha caído na cova do leão.

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__LFG__

Cortejar o seu coração (Kiaz/Robbyguel)- ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora