Onde Felix é um garoto de 18 anos, nascido e criado no Rio de Janeiro, que cursa Gastronomia na UFRJ. Já o Hyunjin tem 19 anos e cursa Pintura na UFRJ, além de trabalhar com sua banda à noite.
De repente (ou talvez, não tão de repente assim) o desti...
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"- Uau."
Foi a primeira coisa que eu disse ao ver aquele loiro adentrar os portões da universidade.
Já fazem dois meses desde então e eu não o vi novamente. Não sei o seu nome, muito menos o seu curso. Já tentei procurá-lo, mas o campus é enorme! Também nunca o vi pela cidade, até porque, o Rio de Janeiro é uma capital grande, sem contar que ainda existe a possibilidade dele não ser daqui.
Venho pensado em muitas formas de tentar vê-lo.
Não sou do tipo que acredita em romance de filmes, muito menos em amor à primeira vista. Mas eu acho, não, eu tenho certeza que eu tenho algum tipo de conexão com ele.
Parece estranho? Sim, parece, principalmente vindo de mim, eu sou a pessoa menos apaixonada da face da Terra, sem contar que, em toda a minha vida, eu só me envolvi com um menino, de resto foram apenas meninas. Também só namorei uma vez, quando eu tinha catorze anos, a não ser, eu apenas beijei umas bocas.
Mas, que droga! Por que estou pensando isso?!
Hyunjin, pare de ser idiota!
- Hyunjin, ei, 'tá me ouvindo? - Jisung, um dos meus melhores amigos, me chamou.
Eu e o Jisung nos conhecemos no 1º ano do ensino médio. Somos amigos muito próximos desde que nos conhecemos, mesmo ele sendo corinthiano (o eu considero um pecado).
- Parece que tu tá com cocô na cabeça. Aconteceu alguma coisa?
- Não, eu 'tô bem. Eu só... - penso muito bem antes de falar - só estou pensando. - volto a rabiscar meu caderno.
- E desde quando você pensa? - Jisung larga sua caneta e olha pra mim - Se bem que, tu tá estranho. Não pegou ninguém desde que as aulas voltaram, deu um fora na sua ex-ficante, com a desculpa de que não sentia mais atração por ela...
Eu o interrompo.
- Normal, não estou com tempo pra isso. Eu estudo e trabalho com a banda, sem contar com os ensaios.
- Independente, parceiro. Isso não impede nada - olho pro Jisung e ele semicerra os olhos, olhando bem no fundo dos meus - você tá gostando de alguém. - ele bate na mesa.
- Não enche. - olho para o meu caderno novamente e volto a escrever.
Estamos no refeitório, aproveitando o intervalo para estudar um pouco mais. A vida do universitário brasileiro não é fácil. Pelo menos, eu faço pintura, então pra mim não é tão cansativo.
- Ok, ok. Mas se estiver, não esconda de mim, pode ser? - antes que eu pudesse responder, o celular dele manda uma notificação.
Pela reação dele, provavelmente é o quase namorado dele que cursa Medicina Veterinária. O Minho, conhecido como Lino. Eu nunca o vi pessoalmente, na verdade, apenas por fotos.
