CAPÍTULO 1

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Lá fora nas ruas de Nova York ainda estava escura, os galhos da árvore batiam freneticamente na janela do quarto de Sadie, que dormia. Mas seu sono foi interrompido por uma batida ainda mais forte em sua janela.

Ao acordar ofegante e molhada de suor, ela procura seu celular na cama e o pega embaixo de seu travesseiro, vendo as horas em seguida. 04:20 da madrugada.

-- De novo esse pesadelo. -- Sadie limpa uma lágrima que descia e se levanta da cama, indo direto para o banheiro.

Não era a primeira vez que a garota tinha pesadelos, acontece todos os dias na mesma hora, 04:20 da madrugada, o que fazia a garota ter um sono péssimo todas as noites.

SADIE SINK POV

-- Acordada a essa hora de novo? -- Minha melhor amiga, Millie, pergunta, pegando um copo e enchendo de água do filtro, logo virando o copo na boca.

-- Você sabe que esses pesadelos que tenho não me deixam dormir. -- digo.

-- Eu sei, amiga, e eu já te falei para procurar um psicólogo, isso não é normal. -- Ela se senta ao meu lado no banco da cozinha americana. -- Isso acontece desde a...

Ela para de falar e encolhe os ombros.

-- Desde a morte do meu pai, pode falar. -- digo.

-- Me desculpa, eu não quis tocar nesse assunto, sei que é difícil pra você ainda. -- ela diz, pegando em minha mão.

-- Está tudo bem, não dói mais como antes. -- digo, suspirando. -- Vai trabalhar hoje?

Ela revira os olhos e suspira, se levantando.

-- Infelizmente, e depois vou passar na academia. -- ela diz, amarrando os cabelos soltos.

-- Só passar mesmo, né? -- digo, prendendo a risada, mas logo engulo quando a garota me lança um olhar mortal.

-- Malhar também, ok? -- ela se vira, subindo as escadas.

-- Claro, claro, malhar. -- digo, me levantando também.

-- E ver aquele bonitão do Jake. -- ela diz, antes de subir as escadas correndo e me fazendo rir.

Eles estão "conversando" há meses e a maioria dos encontros acontecem na academia, único motivo para ela pisar lá.

[...]

Andando pelas ruas de Nova York, fecho os olhos e sinto o cheiro do café quente dos restaurantes que passo do lado. Essa cidade seria perfeita se não fossem os crimes que já aconteceram aqui, inclusive a maior perda da minha vida.

Eu havia esquecido que estava na rua e continuava com os olhos fechados, perdida nos meus pensamentos quando sem querer esbarro em alguém, abrindo os olhos rapidamente e pedindo perdão.

-- Me desculpa mesmo, eu não queria ter esbarrado em você que nem uma maluca. -- digo, extremamente envergonhada, enquanto a mulher ria, parecendo ter levado a situação de boa. -- Me perdoa.

-- Está tudo bem, mas... Você estava andando pelas ruas de olhos fechados? -- ela pergunta. -- Ah, já sei, você é daqueles programas para testar a vida dos cegos pelas ruas? Acho seu trabalho incrível, parabéns.

Começo a rir desesperada, gesticulando e negando com as mãos.

-- Não, não, eu só... Eu só estava sentindo o cheiro do café, de olhos fechados... É um costume que eu tenho desde nova, parece maluquice, eu sei. -- digo, ainda mais envergonhada.

-- Ah, sim... Bem, não me parece maluquice, achei bem interessante, irei testar um dia. -- ela diz. -- Mas acho melhor eu fazer isso em um lugar que não tenha trânsito e pessoas.

Ela rir, me fazendo rir também.

-- S/n Jacobs. -- Ela estende a mão.

-- Sadie Sink. -- Digo, apertando sua mão, que por incrível que pareça era grande e forte, talvez ela malhe, sei lá... Por que estou pensando nisso?

-- Muito prazer, senhorita Sink, até mais. -- ela diz, antes de seguir seu caminho.

-- Até... -- Me viro e sigo meu caminho também.

Olá

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Olá.

MY NAME ~ SADIE SINKOnde histórias criam vida. Descubra agora