França, 1830
MontmartreNas ruas tranquilas de Montmartre, banhadas pela luz prateada da lua cheia, Pierre caminhava com passos cautelosos, seu coração pesado com o fardo de seu passado sombrio. A brisa noturna sussurrava segredos antigos, enquanto ele se dirigia para o beco sombrio e vazio.
A lembrança de Amélie, sua doce e gentil amada, ecoava em sua mente, mesmo anos depois de sua partida abrupta. Amélie, com seus cabelos loiros reluzentes e seus olhos azuis como o céu, tinha sido sua luz em meio à escuridão de sua vida. Ela o ensinara a ler e escrever, e juntos eles compartilhavam momentos mágicos sob a luz da lua cheia.
Foi a traição de seu próprio pai, um homem cruel e amargo, que os separou para sempre. Seu pai, enfurecido com a desonra que a relação de Pierre com uma garota de classe social superior trouxera à família, jogou na cara dele que ele nunca seria digno de amor ou respeito.
Foi naquele momento de angústia e desespero que Pierre fez sua primeira vítima: seu próprio pai, cuja morte anunciou o nascimento de uma nova persona, um ser sombrio e impiedoso conhecido apenas como Pinóquio.
Com as mãos manchadas de sangue e a mente mergulhada em trevas, Pierre esculpiu sua máscara à mão, moldando uma imagem distorcida semelhante ao Pinóquio, o fantoche de madeira. Sob a máscara, ele se transformava, deixando para trás o garoto humilde e cego para dar lugar a um ser sombrio e vingativo, determinado a fazer os poderosos pagarem por suas injustiças.
Após o ocorrido Pierre encontrou-se sob a luz trêmula de uma vela, deslizando o monóculo feito sob medida por Amélie sobre seu olho, Pierre havia perdido a visão devido a agressão de seu pai onde um soco certeiro pegou seu olho direito em cheio comprometendo 70% de sua visão. As lembranças da gentileza e do amor de Amélie aqueceram sua alma, mesmo enquanto sua mente se afundava nas sombras da vingança.
[Algumas semanas antes do assassinato]
Amélie: Pierre, tenho algo para você.
Pierre: O que é, Amélie?
Amélie: Feche os olhos e estenda as mãos.
Pierre: [Fecha os olhos e estende as mãos.]
Amélie: Abra.[Pierre abre os olhos para encontrar Amélie segurando um pequeno objeto.]
Amélie: É um presente. Um monóculo, feito sob medida para você.
Pierre: Amélie, é maravilhoso. Como você fez isso?
Amélie: Levei semanas, mas valeu a pena para ver esse sorriso no seu rosto.
Pierre: Não sei o que dizer. Obrigado, meu amor. É perfeito.
[Atualmente]
Pierre chora ao lembrar de Amélie ele estava confuso sobre o rápido ocorrido, mas, porque ele? Ele se perguntava.
Nas semanas seguintes se deslocou de sua cidade natal para procurar emprego e se despistar do flagrante Pierre era forte, alto e muito resistente devido ao serviço braçal pois o pouco estudo que tinha ainda era pouco para um emprego "digno",
Encontrou em uma cidade vizinha um serviço de carpinteiro nada garantido nem prolongado mas era oque tinha de antemão para poder sobreviver.
Pierre tinha apenas 19 anos um rosto atraente demais para sua idade digno de se dizer que veio da realeza, lindo demais para as garotas mais jovens e tentador para mulheres mais velhas.
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Le Pierre: Uma bela mentira
Misterio / SuspensoAqui conto sobre Pierre um assassino romântico e confuso da França por volta de 1830