Tanta coisa se passou
O tic-tac dos relógio parou, as lembranças não.
Consigo ouvir os sons das risadas dos meus primos brincando na rua de casa.
A vida foi cruel, fez questão do amadurecimento precoce.
Deixamos de sonhar quando somos obrigados a realizar os sonhos dos outros. Jogaram sobre nossos ombros o peso da responsabilidade.
Roubaram nosso tempo.
Balaços enferrujados, bonecas abandonadas, aquela velha cadeira está no mesmo lugar, ali, fixa. As pessoas se foram, mas as memórias… ah, as memórias ninguém roubara de nós.