Capítulo Único

325 37 83
                                    

N/a: desculpa o atraso pessoas. No dia primeiro eu tava lotado de coisa pra fazer e esqueci, perdão. Espero que gostem e ignorem qualquer erro, já que não tive tempo de revisar.

Boa leitura!


Ao olhar no calendário na parede do escritório da agência, Dazai percebeu que aquele era o primeiro dia do quarto mês do ano, ou simplesmente, primeiro de abril.

Era um dia extremamente aguardado por si. Poderia dizer qualquer mentira que quisesse e soltar um "primeiro de abril".

Não que não mentisse nos outros dias, mas naquele em específico, apanharia menos quando mentisse para Chuuya ou Kunikida.

Depois de confirmar que realmente era o tal dia da mentira, sua mente maléfica começou a bolar ideias mirabolantes para 'trolar' as pessoas ao seu redor.

A primeira vítima escolhida foi Atsushi, que preenchia uma papelada designada ao próprio Osamu, que, como sempre, entregou ao subordinado.

— Atsushiiii — chamou de maneira infantil, dando pulinhos tal qual uma criança.

— fale,  Dazai-san. — deixou a papelada sobre a mesa e se pôs a escutar o mais velho, mesmo sabendo que era alguma bobagem.

— você tá sabendo da fofoca que tá saindo por aí? — Nakajima já sabia que era uma coisa banal, porém, deixou o moreno prosseguir. — estão te acusando de... — pausou a fala, apenas para ver a curiosidade evidente e o desespero do albino. — ser o membro mais ingênuo da agência por acreditar que realmente estavam falando de você. Primeiro de abril! — ele sorriu largo e viu a expressão nada contente do outro. Era o que chamavam de "Efeito Dazai".

— muito engraçado, Dazai-san. Mas sabe de quem sairá novo boato? — o mais alto acenou com a cabeça, como se pedisse para o grisalho continuar. — de que você vai ter que arcar com o seu próprio trabalho. E ele tá quase se tornando realidade, então vai arrumar outra coisa pra fazer.

— você não era assim, Atsushi! Kunikida, o que fez com o meu aluno? — Osamu dramatizou, vendo o loiro arrumar o óculos e gritar um "vá trabalhar, Dazai!" — coisa que obviamente não faria —.

Osamu se sentou na sua cadeira e observou algumas das papeladas que foram entregues a si. É claro que não preencheu nada, apenas as olhou mesmo.

Passou o dia pregando peças — ou tentando pelo menos — em qualquer pessoa que visse e soubesse que iria cair.

Disse a Ranpo que seu pacote preferido de batatinhas havia sido retirado das prateleiras. A Kenji, afirmou que tinha uma promoção de vacas no centro. Falou à Yosano que ela tinha esquecido seu bisturi dentro de Tanizaki no seu último tratamento. Todas essas brincadeiras terminando com um "primeiro de abril" e uma agressão referida a Dazai.

Até que, pensando em mais um plano maléfico para trolar alguém, Osamu teve uma não tão brilhante ideia; por que não trolar seu namorado?

Seria agredido, claro, mas valia a pena para se divertir às custas de Chuuya.

Depois que seu turno acabou e se despediu de seus colegas, ele andou calmamente até o seu apartamento pensando no quão legal e perigosa seria a sua brincadeira.

Chegou em frente no lugar onde morava com o ruivo e pegou as chaves em seu bolso, inserindo-a na fechadura e girando-a, ouvindo um leve barulho do trinco e a porta foi aberta.

Assim que entrou, já ouviu Chuuya gritar com sabe-se-lá o que na cozinha, provavelmente com algum subordinado da Máfia ou algo do gênero.

O mais alto respirou fundo e colocou a cara mais séria que pôde  antes de entrar na cozinha. Quando o fez, Nakahara o notou, indo lhe cumprimentar com um selinho como fazia sempre, porém, dessa vez foi recusado.

— que merda foi essa, Osamu? Algum bicho te mordeu no trabalho por acaso? — o ruivo falou, irritado e curioso sobre a cara séria do outro.

— precisamos conversar. — disse apenas isso e se sentou na cadeira da mesa de jantar.

— fale de uma vez então. — o Nakahara realmente estava irritado, mas se sentou em frente a Dazai e esperou ele falar.

— então, Nakahara — iniciou e o outro ficou surpreso por ser chamado pelo sobrenome. O moreno pensava se realmente deveria continuar ou se deveria fingir que só queria irritá-lo ou algo assim, no entanto, prosseguiu; — eu... Te traí. Já faz alguns dias e eu senti que precisava te contar.

Chuuya apenas ficou encarando Dazai com uma cara de que não havia entendido porra nenhuma.
Quando Osamu finalmente iria dizer que era primeiro de abril, o mais baixo se levantou.

— SEU MERDA. PODE ARRUMAR AS SUAS COISAS DA PORRA DO MEU APARTAMENTO E IR EMBORA. CRETINO VAGABUNDO DO CARALHO! — ele começou a gritar, sem dar oportunidade de ser esclarecido que era uma brincadeira.

Chuuya subiu até o quarto dos dois sendo seguido por Dazai, que tentava falar e não conseguia,e começou a tirar as roupas do outro do guarda-roupa e jogá-las no chão.

— pega essas tralhas tuas e some da minha vida, seu filho da puta! — era perceptível que o ruivo estava com muita fúria e estava com os olhos cheios de água. Dazai percebeu que a brincadeira havia ido longe demais.

— Chuu, calma, é só... — foi interrompido.

— calma? CALMA?! VOCÊ QUER QUE EU TENHA CALMA?! VOCÊ DESTRUIU UMA RELAÇÃO DE ANOS, DAZAI, DE ANOS! TUDO PARA QUÊ? ME RESPONDE! — ele gritava e continuava tirando as coisas do namorado de dentro do móvel.

— amor da minha vida... Que dia é hoje? Você se lembra? — iniciou, vendo o outro pensar por instantes.

— primeiro de abril... — raciocinou um pouco, se lembrando o que significava aquele dia. — era... Brincadeira de primeiro de abril?

— isso, Chuu. Desculpa ter pegado pesado na brincadeira. — ficou com peso na consciência.

Em instantes, foi atingido por travesseiros e outras coisas que estavam perto do Nakahara, incluindo as próprias roupas.

— ESSE TIPO DE BRINCADEIRA NÃO SE FAZ, DAZAI! EU ACHEI REALMENTE QUE VOCÊ TINHA ME TRAÍDO, SEU DESGRAÇADO. — gritava enquanto arremessava as coisas e seus olhos começavam a lacrimejar.

— amorr, me desculpaaaa — Osamu ficou em posição de defesa, tentando se proteger dos ataques.

Quando finalmente se cansou, o ruivo se jogou na cama, ainda lacrimejando de raiva e com muita raiva do quase ex-namorado. Tinha sido uma brincadeira de péssimo mau gosto.

Osamu se sentou devagar na cama, ao lado do mais baixo.

— ei, Chuu — chamou, vendo o namorado lhe ignorar. — desculpa mesmo. Eu peguei muito pesado. Juro que não faço mais isso, só não chora por minha culpa, por favor! — o outro deu-lhe um olhar calmo, como se dissesse "está desculpado.

O moreno limpou as lágrimas que escorriam pelo canto dos olhos do seu ruivinho. Fez um carinho nas bochechas dele e sorriu, vendo ele fazer o mesmo. Eram bons os momentos assim entre o casal.

Claro, Chuuya havia o perdoado, porém, no ano que vem, faria muito pior.




N/a: será que ano que vem teremos a vingança do Chuuya?👀

Espero que tenham gostado e até a próxima!

Primeiro de abril! - Soukoku Onde histórias criam vida. Descubra agora