O Garoto Tatuado

O Garoto Tatuado (Cap1)

As telhas faziam barulhos de chuva forte que estava lá fora, deixando mais gostoso o friozinho que está. Me enrolei com a coberta que estava arrumada e deu aqueles picos de energia que me fizeram dar aqueles gritinhos não escandalosos.

— Friozinho! Boom! Tá bom de tomar um chocolate quente.— Sussurrei olhando para o lado e vejo que meu celular acendeu, aparecendo notificação.

Não liguei muito. Crio coragem para preparar algo quentinho para beber, porque nesse friozinho está bom demais. Assim que eu vou até a cozinha vejo que não tinha ninguém. Isso era bom.

— O que está aprontando, senhorita?— Acabo me assustando com a voz da minha irmã mais velha. Quase deixo a minha caneca favorita de cantores famosos.

— Caramba! Achei que não tinha ninguém em casa. Mas o que faz aqui? A mamãe disse que você não vinha hoje.— A mais velha se sentou na minha frente.

— Eu falei a ela, mas acho que ela esqueceu. Eu tenho uma coisa para te contar! — Dar uns gritinhos me fazendo fazer o mesmo que ela.

— Conte os babados, tenho irmã para isso.
— Não seja bobinha, Mel. É que está tendo uma feirinha que você gosta. — Diz ela animada e eu fiquei sem entender.

— Então os cantores que eu gosto vão estar lá? — Vi que a mesma revira os olhos como se estivesse cansada de escutar mesma coisa. — Ué, achei que fosse que eu saiba, eu gosto dos meus meninos. — Falei enquanto pegava o letreiro e coloco leite. Coloquei no fogão ligando o fogo para  pudesse esquentar meu leite.

— Mas é mesma coisa, Melissa!

— Não é não! — Olho séria.

— Tá certo, não vou perder mesmo. Se ainda quiser, me mande um alô. — Pisca e sai da cozinha.

O que poderia ter nessa feirinha? Prefiro ficar em casa do que sair nessa chuva e frio.
Assim que vi que o leite estava fervendo eu desliguei o fogo e coloco na minha caneca do Got7.

                                     🫧🫧

Para falar a verdade, era pra eu estar em casa, mas de tanta insistência da mais velha, tive que ir junto.

— Tem tanto lugares pra gente ir e você quer vim logo nessa feirinha Manu! Não sei como é que seu marido te aguenta, porque eu já teria te colocado pra fora da minha casa se fosse ele.— Falei bufando.

— Assim você me magoa maninha.— Ela faz bico. Tem vezes que ela se comporta igual uma criança, o jeitinho dela de doida.

De tantas reclamações, vi que tinha até coisas legais. Fui na barraquinha de bijuterias, Eu sou super fã! Então curiosa eu fui dar uma olhadinha.

— Olá, bela moça! Está procurando algo do seu agrado?— Uma senhora já de idade dá um sorriso gentil.

— Oi! Eu estou apenas olhando, obrigada.— Continuei apreciando os colares, anéis e pulseiras, são tudo mais lindos que o outros.— Manu, será que você pode comprar pra mim esse colar?— Fiz bico para que ela comprasse alguma coisa pra mim. Ela concordou me dando um peteleco na minha testa, fazendo que eu ficasse com cara emburrada.

— Vejo que vocês são uma irmãs bem unidas, isso é muito bom!— A senhora pega o colar que eu tinha escolhido colocando em um saquinho de presente.— Os meus netos estão sempre brigando por qualquer coisa. Eles deveriam aprender com vocês, porque irmãos tem que se amarem e não se matarem, não é verdade?

— Com certeza.

— Mas senhora, ela é fingi...— Manu não deixou eu terminar a frase me dando uma cotovelada no meu braço.

— Então muito obrigada senhora, até a próxima.— Manu saiu andando na minha frente e fui atrás da mesma. Ela acha que é santinha.

— Porque você fez aquilo? Não deveria ter...— Vi que tinha um garoto todo tatuado e com um piercing na sombrancelha e nos lábios. Além disso, ele é coreano. Muitas meninas estavam já babando por ele e eu sem acreditar que elas são tão sem noção. Ele pode ser bonito o que for, mas não faria isso.

— Olha Mel, era isso que eu queria te mostrar.— Mentira que ela me fez sair de casa pra ver esse garoto mimadinho que se acha e quer que as garotas em seus pés.

— Manu, se eu soubesse que você fosse sem noção eu não iria vim, sério. E não acredito que você me fez sair de casa nesse frio do caramba pra ver o garoto quase com os braços de fora. Na verdade ele está quase pelado ali.— Cruzei os braços.

— Pare de ser dramática. Eu sei que você achou ele um gatinho.— Ela tem razão. Ele é muito gato demais, mas mesmo assim eu nunca ficaria que nem essas meninas.

Assim que eu continuei observando o garoto enquanto estava falando com algumas meninas, ele estava procurando alguém. Seus olhos sem querer bater na minha direção, fazendo que eu desviasse o meu olhar para minha irmã.

— Cara... Ele te notou! Um coreano te notou!!!— Surta a mais velha que me fez dar um belisco em seus braços, fazendo que ela parasse de ser doida.

Não demorou muito para que ele chegasse perto da gente e escutasse uma voz masculino grossa e rouca. Meu pai amado, que voz de bença é essa?

— Gatinha, você não sabe nem disfarçar né?— Olho para o garoto sem reação. O que esse garoto disse? Será que ele percebeu alguma coisa?

— Hum? Algum problema jovem?— Falei olhando pra ele de cima a baixo. Além de alto é bonito. Meu Deus o que eu estou pensando!! Pai tira esses pensamentos de achar esse garoto um deuse porque está fora disso.

— Nenhum sou Jeon Noah. Você deve ser a Melissa?— Fico surpresa por ele saber meu nome. Será que Manuela falou alguma coisa pra esse ser humano? Só pode ser ela mesmo.

— Ah, ok,  Noah, pode me dar licença? Acho que você deve estar bem ocupado pra estar falando com as meninas.— Olhei para o lado e vejo que os olhares das meninas sobre a gente era de decepção.

— Tudo bem, eu dou atenção para cada uma de vocês.

— Tá achando que eu sou cara de que? De rodada, garoto!— Ele ficou quieto sem dizer uma palavra e depois saiu, deixando eu e minha irmã.

— Caramba, ficou feio isso em, achei que iria gostar do tatuador.— Ela faz beiço me fazendo revirar os olhos.

— Manuela! Pelo amor de Deus, pare de ser doida! O que a mamãe deu pra você quando nasceu?— Sai andando, deixando a mesma para trás.

Ainda fico me perguntando porque eu sair de lá? se eu continuasse conversando com ele, pediria meu número? Aish, que pensamento, Melissa!