O sangue que me alivia.

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  Mais um dia se passou e eu fui para casa após a merda da escola, honestamente aquele lugar é tão cansativo que suga completamente minha energia, pelo menos tenho algo para renova-la e eu não estou falando sobre dormir. Assim que chego em casa, jogo minha bolsa no sofá e caminho até a porta do porão, retiro a minha corrente do pescoço e uso a chave que estava pendurada nela para abrir a porta, logo após abrir a porta adentrei o cômodo e após isso tranquei a porta. Desci as diversas escadas e apertei o interruptor ao descer o último degrau, abri um grande sorriso ao vê-la ali parada, amarrada e vendada me esperando
    ⎯ Que bonitinha, me esperando até essas horas?! – Olho para o relógio e já passava das oito horas da noite – Sentiu minha falta, querida? Esqueci, não podes me responder.
  Caminhei até a mesma e olhei os diversos objetos de tortura na mesinha ao seu lado, dei um sorriso alegre, amarrei meu cabelo e em um piscar de olhos eu já havia começado a machucar aquela pele macia e branca, ver o sangue escorrer fazia meus olhos brilharem mais do que as estrelas no céu. A pele se abrindo e o sangue jorrando era como a mais bela obra de arte existente no mundo, todo o meu dia estressante havia sido apagado, qualquer resquício de sentimentos ruins havia sumido assim que cravei a lâmina em sua pele. Eu queria ouvi-la gritar mas ela nem ao menos reagia mais as profundas feridas que eu fazia em seu corpo, parando pra pensar, eu vi seu rosto apenas uma única vez e era feio, repugnante a qualquer um que olhasse para ele, eu odiava olhar para seu rosto, me dava agonia por ser tão feia.
    ⎯ Por hoje já deu, não é mesmo? Já consegui aliviar o estresse de hoje. – Me aproximei de seu rosto coberto por um pano – Farei você se sentir viva através dessas feridas por mais que elas acabem por te matar... – Retirei o pano de seu rosto – Minha querida e doce, eu.

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