ㅡ 𝐀 𝐜𝐚𝐬𝐚 𝐝𝐨𝐬 𝐞𝐬𝐩𝐞𝐥𝐡𝐨𝐬.

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Eu estava perdida em uma casa de espelhos, tantos reflexos de mim mesma mas todos eles estavam diferentes de mim, alguns distorcidos  outros me olhando com julgamento e apontando seus dedos para mim onde quer que eu fosse mas em algum momento no qual não consigo me lembrar, um deles falou comigo.

Você não sabe como sair não é? ‒ Eu neguei com a cabeça. ‒ Não importa o quanto você ande, você sempre para aqui no mesmo lugar. Não é cansativo? Continuar andando em circulos, não conseguir sair ou melhor não ter forças para lutar mais pra finalmente conseguir se livrar desse lugar. ‒ Eu cai de joelhos em frente ao espelho.
  Ela tinha razão, eu estava fraca, ou melhor, eu era fraca e não importava o quanto eu tentasse, eu não sempre caía de joelho em frente aos espelhos e isso realmente era cansativo tanto para mim quanto para as pessoas que se preocupavam se eu ia sair da casa de espelhos ou não. O que eu estava fazendo de errado? Por qual maldita razão eu continuo aquí? Os reflexos sempre me dizem que eu vou continuar aqui mas eu não quero isso, estou dando o meu melhor para sair daqui e tudo parece ser em vão, parece ser inútil.

Por que você continua tentando? Por que não nos escuta? ‒ Eu encaro meu próprio reflexo.
  Ele estava em pé enquanto eu prosseguia ajoelhada, eu me sentia tão inferior a ele, tão pequena.

Desista, ainda não percebeu será inútil? Somos mais fortes de qualquer maneira e as pessoas que você acha que ainda estão esperando você sair daqui nem ao menos se importam mais, elas não dão a mínima!

Você está errada, eles não iriam esquecer de mim... ‒ Eu digo em um tom de voz baixo.

E o que te garante isso? ‒ Ela retruca e eu paro para pensar mas não tenho respostas. ‒ Já era de se esperar.
  Então eu me levanto ainda com a cabeça baixa e com lágrimas em meu rosto, fecho meu punho e soco o meu próprio reflexo diversas vezes, liberando tudo o que estava sentindo, todo o ódio que eu sentia dele, eu sentia o sangue escorrer enquanto meu reflexo gritava e os outros reflexos ao meu redor davam risada, o que me deixava pior. Os cacos de vidro estavam espalhados pelo chão juntamente de meu sangue que pingava conforme os socos que eram desferidos no espelho e antes que eu pudesse ser capaz de dar mais algum murro, tudo ficou preto e eu cai no chão desacordada.

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⏰ Última atualização: Sep 27 ⏰

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