Um dia de louco

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O rapaz hesita por um momento, mas acaba levando Constantine e Jenny até a sala onde Richie estava anteriormente. A sala estava coberta de rabiscos e palavras sem nexo escritas em toda a parede e no chão com giz vermelho, símbolos jamais vistos por John e uma língua que nem ele conhecia algo de macabro realmente estava perturbando a mente de Richie.

"Ele disse algo enquanto fazia isso?"
Jenny questiona se virando para o rapaz.

"Não, ele estava apenas murmurando coisas incompreensíveis. Ele tem tido esses episódios mais frequentemente desde que chegou."
O rapaz responde, olhando com preocupação para a sala em sua frente.

John analisa a sala e se volta para Jenny com uma faísca de preocupação no olhar.

A garota o encarou de volta tensa, e olhou novamente para a sala com símbolos e escritas desconexas.

Ao sair do lugar, John acompanha Jenny até o carro.

"E então, ainda acha que não é nada?"

Constantine suspirou irritado.

"Tudo bem, você estava certa. Realmente tem algo de sobrenatural nisso."

"Você entendeu aquelas escritas?"
Jenny questiona se apoiando contra o velho Chevrolet Camaro 1959, com a pintura caramelo quase toda apagada pelo tempo, e uma velha marca de caçador estampada em um adesivo ao lado lanterna traseira, um triângulo pequeno e dentro um pentágono, nos três cantos do triângulo estavam algumas palavras em uma língua antiga:
Nam,vita e nostra.

Constantine suspira e nega com a cabeça enquanto põe a mão no bolso do sobretudo puxando um cigarro da cartela e pondo entre os lábios o acendendo com um isqueiro vermelho e roxo.

"Não, é algo que foge do meu conhecimento...algo como enoquiano mas de qualquer forma eu não consegui ler as letras estavam muito bagunçadas"
O velho exorcista diz enquanto sopra uma nuvem de fumaça.

Jennifer vira o rosto encarando o enorme Saint West.
"Também não era Latim."

"Deve ser algo tão antigo quanto o latim amor."
John diz suspirando a fumaça e soltando outra leva para cima.
"Vamos até o apartamento do Richie e ver da fonte o que aconteceu."

Jenny se vira para ele.

"Como assim nós?"

" você não me trouxe até aqui, vai amarelar agora que as coisas estão ficando boas?"
O inglês diz sorrindo de lado com deboche seu cigarro se movendo com seus lábios. Jenny o encara com um olhar que indicava raiva antes de entrar no carro e fechar a porta.
John vai até a janela do carro e se abaixa o suficiente para ficar apoiado.

"E então?"

"Entra logo antes que eu me arrependa."
Ela diz e destranca o carro. John abre um sorriso largo e joga o cigarro fora antes de entrar se sentando no banco do passageiro.

"E essa coisa velha ainda anda?"
Ele debocha arqueando as sobrancelhas, Jenny sorri maldosamente e pisa com tudo no acelerador fazendo o carro arrancar de uma vez e John ir para frente violentamente.

....

Após horas correndo, Jenny finalmente estaciona em frente a uma casa pequena e decrépita no fim da rua. O sol estava coberto e nuvens escuras se formavam no céu, parecia que iria ter uma tempestade forte vindo por aí. John abre a porta do carro e salta para fora quase caindo de joelhos ele leva a mão ao peito apertando a camisa e respirando fundo.

"Você é maluca! Quem foi o miserável que te deu uma carteira de habilitação?"
Constantine diz ofegante enquanto a jovem saia lentamente do carro com um sorriso agradável como se não tivesse furado três sinais vermelhos e passado por dois buracos enquanto dirigia acima do limite permitido para a área urbana.

 Constantine: O equilíbrio das trevas Onde histórias criam vida. Descubra agora