3- A day of convenience

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       Enquanto continuavam sua conversa na caminhada, Lute começa a observar o rosto de Chacanadiel, seu olho era diferente do que muitos anjos no Paraíso e não via a extensão de seu rosto para que fosse uma vestimenta, com tempo eles chegam a passar por longas avenidas espaçosas e tomando a atenção com a negatividade que transbordava do anjo próximo a Lute, mesmo que não entendessem o motivo. Todavia, a atração dos olhares indesejados chamavam atenção para suas asas cobertas pela sua roupa, por um motivo que muitos não entendiam.
      A luz do sol era refrescante e exuberante vista tão de perto quanto estava, no qual Chacanadiel ergue suas mãos felizmente e encara diretamente para o sol, que logo se arrepende e esfrega seus olhos em dor:
      -Hahaha, minha falta de costume com essa sensação realmente me deu uma situação tão desagradável!
      -Deveria ser senso comum não enfiar tua visão direto no sol.
      Responde Lute incrédula com uma atitude tão ingênua, dando um leve suspiro.
      -Eu realmente estava com saudades do sol, o lugar que eu estava era escasso nele.
      -Por isso sua pele é tão pálida? Hahaha!
      -Engraçado que diga isso, sua pele é totalmente branca como leite.
      Com um soco fraco, ela esmurra o ombro de Chacanadiel e com leve gargalhada.
      -Vai se ferrar! Hah.
      -Ficou sem resposta~?
      A situação logo se encerra e retorna ao regular anterior, até o momento que ambos param em frente a uma porta metálica, com um longo muro e um painel artificial que começava a checar ambos, que a verificação deu em falso devido ao pedaço em falta da asa de Chacanadiel.

      -Ficou sem resposta~?      A situação logo se encerra e retorna ao regular anterior, até o momento que ambos param em frente a uma porta metálica, com um longo muro e um painel artificial que começava a checar ambos, que a verificação deu em...

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      -Então.....?
      -É, você tá barrando a gente de entrar.
      -Eu posso tentar voar por cima do muro, não é tão alto assim.
      -O lugar está protegido, você não conseguiria invadir.
      Chacanadiel dá alguns passos para trás e saindo do alcance do painel, aumentando o tom da voz ele se direciona para Lute:
      -Pode ir, eu vou conseguir entrar!
      Lute volta para o painel e começa uma nova verificação, que apenas por ela estar ali, se dá como afirmativa e o portão se abre. Ao estar prestes a passar pelo portão, um dobramento na sua visão passa em um instante e Chacanadiel desaparece de onde estava, que após ela ter entrado no lugar Lute se depara diretamente com ele.
      -C-como?!
      -Você não precisa saber ainda.
      -Vai me contar depois?
      -Possivelmente.
     Ela apenas deixa passar e abre entrada para o conjunto que ali residia, ao redor de um amontoado de lindas árvores e uma vegetação vasta, revelando uma enorme construção conjunta de diversos apartamentos dentro daquele pequeno jardim que era tão rico na sua biodiversidade de vegetação.
      Admirado pelas árvores ao seu redor, grandes, reluzentes e saudáveis, Chacanadiel começa a observar as mesmas durante seu caminho para o conjunto, ignorando as palavras que Lute estava a falar com ele ou alertas, dando sua atenção aos arbustos, os verdes naqueles firmes troncos, e as flores, até que adentrasse no conjunto e não estaria mais podendo ver aquele jardim, voltando sua atenção para Lute.
      -Entendido?
      -Oi?
      -VOCÊ NÃO PRESTOU ATENÇÃO?!
      -Ah, não. Eu estava olhando o jardim, aliás, realmente bonito.
      Lute suspira:
      -Nós cuidamos dele quando estamos desocupadas.
      -Repita o que estava falando, caso seja importante.
      Ela então começa a repetir sobre as regras de conduta naquele conjunto, assim como as proibições, e no qual estavam completamente negados som alto nos corredores, depredação e perturbação no convívio. Após ouvir as informações necessárias, ele a encara dando a entender que as informações dadas por ela eram uma informação óbvia, afirmando em voz alta que foi uma perda de tempo para ela ter repetido informações tão fúteis.
      No corredor, ele aponta para algumas portas no qual não tinham nome, e é respondido de que são quartos sem moradores após o incidente daquela manhã no extermínio, e que estão desocupados no momento.
      -Sendo assim, então não teria problema eu ocupar algum desses quartos.
      -Você tem certeza? Não é como se fosse tão-
      Ele a interrompe no meio da frase:
      -Tenho total certeza, vou ficar com um desses quartos para mim, eles estão desocupados.
      -Consiga um certificado e poderá ficar nesses quartos, não é tão simples morar nesse lugar. Mas, você pode ficar dormindo aí antes de que seja emitido, não vai ter ninguém para verificar se estão sendo mantidos desocupados por não ter mais ninguém de posse legal.
      -Excelente!
      Abrindo a porta de seu apartamento, Lute remove os sapatos na entrada e bota sua espada em uma empunhadura pendurada a um suporte de armadura, retirando a sua armadura do pescoço, respirando aliviada. Indo em direção da cozinha, Lute pega uma lata de café e pergunta para Chacanadiel:
      -Quer café?
      -Não, eu não curto essa fruta.
      -Fruta?
      Ela abre a lata e vira em direção dele, mostrando os grãos dentro dela, surpreendendo a ele com uma aparência que ele nunca havia visto naquela fruta. Após ver isso, ele fica com um pouco de receio:
      -Estão podres?
      -Não, os grãos são assim e depois é só moer na água quente.
      -Então vou querer, nunca vi usarem essa fruta desse jeito.
      -Você estava suspenso, não é? Como você conhece bombas nucleares mas não café?
      -Café não cria nuvens gigantes de fumaça e nem tremores de terra!
      -Okay, isso tem um pouco de sentido. Vai demorar só alguns minutos, senta aí e não quebra nada.
      Chacanadiel senta-se em uma cadeira próxima da televisão, esperando pacientemente ali enquanto encara a parede de uma maneira assustadora, após uns 10 minutos, ela se aproxima com duas xícaras e colocando uma próxima de Chacanadiel.
      Ao pegar a xícara com as duas mãos ele sente o calor, que por reflexo deixou cair pela inesperada queimação na mão, segurando a alça da xícara rapidamente e recolhendo todo o café que foi derrubado antes mesmo que atingisse o chão, e um pouco de medo vem em sua mente antes de começar a bebericar o café, sentindo um gosto amargo em sua boca mas que inexplicavelmente parecia delicioso, continuando a tomá-lo mesmo machucando sua língua.
      -É impressão minha ou você derrubou a xícara?
      -Não foi i-
      Ele toma mais um gole do café:
      -Não foi impressão, eu não esperei que estivesse quente e acabei derrubando a xícara.
      -Então como você conseguiu não derramar uma gota de café no chão?!
      -Haha, eu sou alguém bem rápido.
      Diz enquanto mantém um tom irônico em sua voz, tomando um último gole de sua xícara e indo para a cozinha com a mesma em mãos, lavando-a na pia e colocando junto das outras. Retornando para a sala, ele senta no sofá e observa Lute.
      -Onde você deixa as suas armas?
      -Ah claro, você quer conferir elas, não é? Eu tenho essa minha espada na empunhadura que deixei, mas pode ir falar com minhas outras irmãs para ver as lanças que elas usam. Quanto a armadura, eu retiro depois.
      -Então você usa a mesma armadura.... O tempo todo?!
      -Você esteve usando a mesma roupa por milênios.
      -Eu não tinha guarda-roupa e nem outra coisa pra vestir!
      -Depois vá tomar um banho, trocar de roupa não tira mal cheiro.
      Ele franze com o comentário rude e ignora o que ela disse, procurando por livros em uma escrivaninha próxima e não encontra nenhum, ele começa a buscar algum lápis e papel para jogar um caça palavras enquanto Lute ainda toma sua xícara de café, ela retira o lápis e o papel da mão dele e aponta para o banheiro.
      -Eu estou falando sério, o cheiro está péssimo.
      -Tá beeem, você tem alguma toalha de rosto?
      -Toalha de rosto?
      -É, só preciso disso para um banho, é tão bom quanto uma toalha normal para enxugar.
      -Use uma toalha normal, não vou te deixar usar uma toalha de rosto minha para se secar após o banho!
      Ele resmunga e aceita, Lute aponta para uma mesa com algumas gavetas próxima do banheiro e conta que lá vai ter alguma toalha para que ele possa se secar, no qual ele verifica e escolhe uma pequena toalha verde e parte em direção do banheiro. Entretando, 10 minutos haviam passado e ele não saiu do banheiro, começando a estranhar o estranho tempo, ela bate na porta:
      -Não terminei ainda, falta só mais um pouco!
      -E o que está demorando tanto?!
      -O sabonete, não estou achando ele em lugar algum e só tem esse creme estranho!!
      -O sabonete é líquido!
      -Espera, quem é o idiota que usa sabonete líquido?! Na verdade, quem foi que criou isso??
      -Eu já deveria ter imaginado que você não saberia de algo assim...
      Ela suspira completamente incomodada, e levemente irritada, abrindo a porta do banheiro e entrando:

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