Cute Kitten | Larry | Harry Tops

16. Eu Não Sei

Harry Styles

Assim que entramos no quarto, Louis se sentou na cama e voltou a sua forma humana.

Seu olhar estava distante e suas pernas balançavam para frente e para trás.

— Ei... — Me aproximei do híbrido, joguei a coberta por cima de seu corpo e coloquei uma mão em seu joelho. — O que houve? — O encarei preocupado.

— Filme que Louis viu é lindo. — Sorriu grande. — Mas... Ela sofreu tanto... — Limpou as lágrimas com uma das mãos e fungou.

— É realmente muito complicado, acho que deveriam repensar no nome, já que nada "simplesmente acontece" nesse filme. — Ri e coloquei minha mochila no canto do quarto.

— Amor, Harry! — Se levantou repentinamente e eu me encolhi com o movimento inesperado. — Isso é amor. — Disse parecendo um pouco cabisbaixo. — Harry nunca amou? — Me olhou curioso.

— Nunca. E eu estou muito bem assim. — Dei de ombros. — Só tenho dezessete anos e não tenho nenhum arrependimento ou problema para resolver.

— Isso non é bom, grandão. — Murmurou chocado.

— É sim, eu nem ao menos me interesso por alguém ainda. — Dei de ombros mais uma vez. — E espero que demore bastante.

— Por quê? — Inclinou a cabeça para o lado.

— Porque o amor parece doer. — Sentei na beirada da cama e comecei a tirar meus sapatos.

— Parece doer, mas é lindo.

— Você é lindo, mas se torna um amor dolorido quando decide me dar unhadas no meio da noite. — Ri e neguei com a cabeça. — Está tão interessado em saber se eu já amei ou amo alguém... Por que não responde você?

— Lou ama Harry. — Sorriu corado e eu neguei com a cabeça, realmente achando divertido.

— Não, Lou. — Ri levemente. — Tem que ser um amor de verdade.

— Mas Lou ama o cachinhos de verdade. — Franziu o cenho.

— Na verdade o que você sente é gratidão por eu estar te alimentando e te deixando ficar aqui. — Tentei explicar.

— Mas Lou recebe carinhos, beijinhos nas bochechas... Zayn, Niall e Liam não recebem isso do grandão. — Cruzou os braços. — E nem pode, Lou sabe que só pode amar um. — Levantou um dos dedos. — Só um pode ser amado. E é o Lou, non é?

— Mas eu amo eles. — Louis arregalou os olhos e cobriu a boca com uma das mãos. — De uma outra forma, Louis. — Passei um braço por seus ombros. — Existem vários tipos de amor, entre eles está o amor por amigos. — Beijei o topo de sua testa. — O que você sente por mim não é amor, é gratidão e consideração.

— Oh! — Assentiu devagar, parecendo absorver a informação. — Então cachinhos non ama Lou? — Olhou nos meus olhos e eu pude ver uma certa decepção nos dele.

— Eu não sei, Lou. — Arqueei uma sobrancelha. — Não sei nem porquê estamos falando sobre isso. — Me afastei de seu corpo.

— Por causa do filme.

— É só um filme, não precisamos falar sobre ele.

— Harry sabe o que acontece depois do fim?

— Nada acontece de bom depois do fim de uma história.

— Será que não? — Franziu o cenho.

— Tenho certeza. — Tirei a franja que caia em meus olhos e me levantei. — Esqueça esse assunto e me explica o que aconteceu com o meu despertador hoje de manhã. — Vi as orelhas de Louis se abaixarem assim como seu rosto.

— Lou non queria que Harry fosse. — Murmurou manhoso.

— Por que não?

— Harry sabe que Lou non gosta de ficar sozinho... Queria ir com o cachinhos.

— Mas você sabe que não pode. — Louis concordou com a cabeça. — Prometo que quando o final de semana chegar outra vez, vou levar você para o parque. Vai te fazer bem.

— Tudo bem. — Louis deitou na cama e se cobriu até a cabeça, escondendo seu belo rosto.

— Ah, vamos! Não precisa ficar assim, eu sempre volto para o meu gatinho. — Sorri terno. — Eu estou em casa agora, não estou? — Puxei o cobertor para impedi-lo de esconder o rosto.

— Uhum.

— E vá colocar uma roupa. — Ri e desviei o olhar. — Já está ficando tarde, minha mãe não vai mais entrar aqui. Eu consigo ignorar apenas por um tempo, não todo tempo.

...

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