[EM PAUSA]
Criado por uma amadora de F1 e automobilismo, qualquer crítica, sugestão, ou dúvida mande nos comentários ou fale no PV 🤗
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𝑆𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒 𝑑𝑒𝑖...
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S/N se arrumava para seu encontro com Charles, já sabendo como acabaria. Seria uma madrugada chuvosa, com sorvete e choro pensando que o relacionamento dos dois estava desmoronando.
Eles percebiam isso, todos percebiam. Era nítido, mas eles não queriam enxergar porém uma hora ou outra isso acabaria.
Charles chega em frente a casa de S/N, espera ela para irem ao mesmo lugar, conversar sobre as mesmas coisas, o mesmo de sempre.
Ela sai pela porta da frente, tranca a porta e caminha até o carro, o clima era estranho e o silêncio constrangedor.
Com o celular conectado via bluetooth no carro, soava as músicas que ficavam na playlist " Our Songs 🏹❤️", aquelas músicas que remetiam a eles.
As músicas que tocavam nos restaurantes enquanto eles se apaixonavam.
Agora eles vão em direção ao mesmo restaurante, mas dessa vez, ambos tentando se apaixonar de novo um pelo outro.
As músicas que transmitia os sentimentos que sentem.
Ou pelo menos os sentimentos que sentiam, porque agora restam só esperanças de continuar em pé o casal.
- ficando frio né? - falei e esfreguei as mãos e depois aumentando a temperatura do ar condicionado. A mão direita se Charles na minha coxa, mas S/N não sentia a mesma faísca que sentia antes.
Charles não responde, só balança a cabeça, concordando.
Os dois estão confusos como dois adolescentes mas nenhum faz a mínima questão.
S/N quase ao ponto de chorar quando lembra que a mesa 9 do restaurante de comida italiana que era o preferido para irem comer não seria mais a mesa "deles", talvez outro casal tenha a chance de se sentar lá e ficar abraçados vendo a vista deslumbrante e romântica de Mônaco.
No meio da confusão do relacionamento Charles pensava no cenário menos pior para terminar com S/N. Ela foi tudo que ele sempre quis, atenciosa, fofa, linda e todos os adjetivos do dicionário mas... A diferença é que adjetivos não fazem um relacionamento dar certo, e sim o esforço de ambas as partes.
Eles saíram do carro, andar de mão dada não era mais normal, mas sim anormal, diferente.
Foram até a mesa 9, a de sempre.
- Charles.
- S\N. - os dois falam juntos assim que o garçom se afasta. - pode falar primeiro - e repetem a mesma fala novamente.
E silêncio novamente.
- bom.. S/N, sei que nós dois não estamos igual antes, e não tem mais o.. - Charles tenta encontrar as palavras certas.
- o amor? A paixão? Eu sei, estou pensando a mesma coisa que você. A gente tem que dar um ponto final na nossa história juntos. - a última frase saiu melancólica, e S/N segurava suas lágrimas - nós estamos juntos por estar, não tem sentimento.
Ali S/N desaba, chora como uma criança que perdeu seu ursinho para dormir. Ela sente alguém a segurando, é Charles, claro.
- vem, vamos descer e ir até o parque - falou segurando S/N
S/N rodeada pelos braços fortes de Leclerc, andavam em direção a praça, era calma, bem iluminada e bastante árvores. Se sentaram em um banco, lado a lado.
- Não dá pra concertar o quebrado! - o monegasco fala tentando conforta-la mas sai como uma voz séria - eu sei que vai ser difícil mas, eu vou primeiro.
S/N encara Charles com os olhos tristes, seus ombros estavam um pouco rígidos pelo frio mesmo com as camadas de roupa
- não quero repetir aquelas mesmas três palavras vazias sempre, elas não tem sentimento é como falar bom dia estando de noite, não faz sentido. Mesmo conversando todos os dias, a gente tá ficando sem assunto mesmo vivendo todos os dias.
Leclerc da uma pausa e abraça S/N, tentando livrar ela do frio, da tristeza, da dor, e do medo, sendo ele o causador disso.
Antes de falar Charles da uma risada nasal.
- o que partir meu coração ainda mais vai ser contar pro Lyan - o piloto da Ferrari diz enquanto passa lentamente as mãos pelo braço de S/N, lembrando de Lyan, seu cunhadinho, os dois sempre foram muito amigos, brincavam juntos e de vez em quando Charles ajudava ele com a lição de casa. Lyan tinha só 7 anos, ele não entendia, mas entenderia que o "tio Cha" não iria mais brincar com ele e nem fazer bagunça juntos.
Os dois ficam em silêncio por um curto espaço de tempo, S/N o quebra
- sabe.. e se a gente continuar? Tentar mais uma vez, não vai ser difícil! - S/N falou pensando na possibilidade.
- não vai ser a mesma coisa que antes, você sabe pequena.
- sei.. - ela concordou com um sussurro - nós podemos ir indo? Conversamos no carro, lá é quentinho como costumava ser o seu espaço no meu coração. - S/N fala dramática e Charles da um sorriso de canto passando o braço pela cintura da mesma.
Porque agora era tão estranho ele a toca-la?
No carro, Leclerc ligava o ar condicionado e S/N olhava para um ponto fixo pensando sobre tudo.
Agora parece um silêncio normal, não diria confortável mas menos constrangedor, as lágrimas de S/N rolavam mais controladas e devagar, quase parando o choro.
O caminho até a casa da menina foi silencioso. Chegando na frente o carro desacelera e o carro para, Charles espera S/N sair
- não vai.. sair?
- Charles, eu queria falar que você marcou um capítulo na minha vida, talvez o mais feliz até agora, as nossas memórias vão ser guardadas com carinho. Eu amo o jeito como mexe no seu cabelo e o seu cheiro pós banho que não vou mais sentir, e amava ver você lá no pódio e todas aquelas pessoas felizes por nós, mas chegou a hora de acabar e tudo bem, porque somos livres né e me desculpa se tiver acontecido algo que eu não sei mas - S/N da uma pausa - eu te amo, e te amei muito - ela falou aquelas palavras.
