Sentimentos a se descobrir.

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— Aaaaaaaaah! — Chaeyoung grunia, gritava e gemia de dor.

— Chae, fica calma. — Mina segurava sua mão tentando tranquilizar Chaeyoung.

— Se você não ficar parada, vai ser difícil fazer pontos aqui. — Dahyun tentava manter a perna da Son parada enquanto costurava sua pele com uma linha de pesca.

— Tá doendo 'pra cassete! — Apertava a mão da Myoui.

— Falta só mais um pouquinho. — A Kim preparava para perfurar a pele da Son de novo. E então, mais um grito foi ouvido das meninas que assistiam a dor da menor.

Depois de poucos minutos, Dahyun conseguiu terminar e Chaeyoung respirava um pouco mais aliviada apesar da dor.

— Não sei como vai funcionar o processo de cicatrização, nunca costurei com uma linha de pesca antes. — Tirava as luvas que provavelmente uma das meninas ia usar para pintar o cabelo. — Mas espero que dê tudo certo. Ela só precisa de muitos desinflamarios.

— Deve ter mais alguns no quarto dos meus pais. — Nayeon citou.

— Ótimo. — Dahyun passou entre as meninas. — Preciso respirar.

Saiu em disparada para a frente da casa e respirou o ar puro.

— Você tá bem? — Sana se aproximou logo atrás e parou ao lado de Dahyun.

— Uhum. — Respondeu e acenou com a cabeça.

— Parecia não gostar do que via?

— E você gostava do que via? — Se referiam ao machucado exposto de Chaeyoung.

— Não, mas... sei lá. Você já é uma enfermeira, deveria estar acostumada tanto quanto eu que nem sou formada ainda. — Suspirou de modo pesado.

— Eu nunca gostei do que fazia. Peguei ódio pela medicina depois que meus pais me forçavam a fazer. Eu nunca consegui dizer não, 'pra eles.

— Ah...

— Cheguei a pensar que talvez agora que o "mundo" estava acabando, eu iria me livrar da medicina. — Deu uma risada baixa.

— Você não precisa cuidar de quem se machuca se não quiser.

— E deixar vocês morrerem na minha frente? Enquanto eu posso fazer alguma coisa? Não.

— Se você quiser pode me ensinar mais algumas coisas e depois de um tempinho nem vai mais precisar se esforçar. Eu poderia fazer tudo sozinha.

— E se 3 ou mais se machucarem? E se você se machucar? — Sana ficou pensativa. — Bom... pelo menos já tirei um pouco do peso de cuidar de 4 pacientes ao mesmo tempo. — Soltou mais uma risada.

— E o que você queria ser? — Tocou o ombro da Kim.

— Escritora.

— E seus pais não te apoiavam quanto a isso?

— Eles diziam que escritores não eram mais valorizados e que se fosse uma escritora de poema, provavelmente seria uma drogada e depressiva. Não sei o que fazia eles pensarem desse jeito, mas eu definitivamente não concordava. Só com a parte de serem desvalorizados.

— É... — Olhavam em direção ao pôr do sol. — Um dia você pode nos mostrar suas escritas. — A Kim riu.

— Nunca mostrei 'pra outra pessoa.

— Então vai mostrar 'pra nós oito.  — Não esqueceria das meninas que estavam lá fora também.














AMOR em meio ao APOCALIPSE - Michaeng (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora