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Dado o último dia do feriado prolongado, Bakugou estava querendo se matar e matar alguém, ele tinha percebido que não tinha talento para fazer mochis recheados e sua mãe recusava-se a fazer aqueles doces.
Não por maldade, mas porque Katsuki deveria aprender, afinal ele que quer conquistar a garota, Mitsuki só deu a ideia de dar algo que a garota gostasse, mas não que necessariamente o filho preparasse. Se bem que se coloca algo na cabeça de Bakugou ninguém faz ele mudar de ideia.
— Precisa ter a mão leve filho. — Mitsuki disse firme de braços cruzados observando a cena.
— Mão leve vai ser quando eu explodir a cozinha inteira. — ameaçou o garoto concentrado
Bakugou estava se estressando, fazer mochi parecia uma tarefa fácil, ao menos as meninas da U.A pareciam deixar mais fácil, as poucas vezes que ele as observou fazendo deduziu que era molezinha de fazer.
Agora corta para Bakugou Katsuki sujando a cozinha com farinha de trigo e manteiga, enquanto tentava enrolar os benditos mochis colocando recheio de morango por dentro, isso sim era uma uma loucura e parecia não ter fim.
— Fazer isso é uma droga, só estou fazendo por você Ochako, se não eu já tinha desistido, então espero que você valorize meus mochis, porque estou com meus dedos queimados nessa caralha. — resmungou o loiro enrolando os mochis e colocando as em uma embalagem decorada com corações vermelhos.
"ISSO É PATÉTICO, PORRA DE AMOR, QUE ÓDIO.", gritou mentalmente pra si mesmo, a medida que sua mãe colocava como trilha sonora ao fundo "Accidentally in Love" para provocar o filho que a encarou com raiva e ódio nos olhos.
— Accidentally in love. Accidentally. I'm in love, I'm in love. I'm in love, I'm in love. I'm in love, I'm in love. Accidentally. I'm in love, I'm in love. — cantarolava Mitsuki calmamente observando o filho — Achou que a vida era um morango garoto?
— VAI TE CATAR VELHA DO CARALHO. — gritou impaciente enrolando o último mochi emburrado.
— ME RESPEITA QUE EU SOU SUA MÃE SEU MOLEQUE. — a mulher gritou batendo na cabeça do filho.
Bakugou bufou calado lavando as mãos e arrumando a bagunça que tinha feito, todo aquele esforço não deveria ser em vão, isso já estava o enlouquecendo e o deixando bipolar, a cada minuto ele mudava de humor e olha que ele era a pessoa mais controlada possível, ou pelo menos achava que era.
O rapaz correu para o quarto com a embalagem de mochis em mãos, organizando tudo em uma pequena caixa rosa que seu pai tinha lhe dado, ele achou um exagero tudo ser rosa porque a menina gostava de rosa, no entanto não questionou toda aquela boiolice, porque o pior de todos era ele fazendo aquelas melosidades pra uma menina, quem diria que Katsuki um dia faria algo assim, romântico.
Após guardar o suéter, cachecol e mochis na caixa, por cima o garoto colocou sua carta de declaração a Uraraka, bom não estava exagerado, mas também não estava pouca coisa, ele era bem intenso e claro em suas palavras e isso o surpreendia todos os dias quando escrevia.
Ao fechar a caixa, o rapaz deixou ao lado da cama com sua mochila, finalmente em fim no último dia ele pode descansar, seus dedos queimados na ponta eram o charme e sua mãe lhe aconselhara a pôr band-aid, nas pontas dos dedos e mesmo todo calejado ele finalizou o presente.
A sensação de fazer algo para alguém que amava era maravilhosa e devia ser por isso que não conseguia conter o sorriso que aparecia em seu rosto todo alegre com a possibilidade de ver a reação dela em choque e surpresa, aí sim ela veria que ele era um bom partido pra ela e não o Deku, "Aquele cabeça de merda..., pensou Bakugou sério.
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Sweather Weather
FanfictionOnde Mitsuki descobre que seu filho está apaixonado por uma colega de classe e decide reviver uma velha tradição da família Bakugou para que Katsuki tome vergonha na cara de se declarar a garota de Cara Redonda.