» Trabalhando como porteira de um prédio, Onyx pensou já ter passado de tudo e ter adquirido traumas o suficiente, seja eles pela visão grotesca de algumas anomalias ou a forma rude que as vezes é tratada pelos residentes. De qualquer forma, ela não...
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P.o.v - Onyx -
Ao final do meu turno, me levanto da minha cadeira e organizo a sala antes de sair dela e a trancar, meus olhos estavam estreitos enquanto eu tentava não pensar no ocorrido de mais cedo, por mais que parecesse quase impossível de o fazer. Lembrando do que Francis tinha dito, suspiro cansada e logo tento me lembrar em qual apartamento ele ficava de acordo com sua ficha. "Primeiro andar... Ou era o segundo?" Grunhindo suavemente, logo me lembro em qual andar ele ficava e sorrio fracamente. Me virando e andando em direção ao elevador, me espreguiço e aperto o botão para subir, virando minha cabeça para o lado eu observo a entrada do prédio uma última vez antes de escutar o elevador abrindo.
Olhando de volta para o elevador, eu recuo quase de imediato quando vejo Steven Rudboys, mas logo sorrio de forma envergonhada e entro no elevador. – Boa noite, senhor Rudboys. – Digo de forma gentil enquanto aperto o botão do segundo andar, Steven se manteve calado por um tempo antes de dar um passo para perto de mim e tocar no meu ombro. Estremecendo um pouco, me viro para olhar para ele e tento manter meu sorriso e esconder meu nervosismo e desconfiança. – Precisa de algo...?
S.R. – Preciso sim. – Ele disse de forma direta, mas não aparentava estar irritado ou incomodado, ele na verdade estava com uma aura estranhamente confiante hoje. – Pode me passar seu número? Eu queria te convidar para sair qualquer dia desses, se não for incomodo.
– Oh... – Surpresa, logo me acalmo e sorrio levemente antes de acenar com a cabeça e tirar uma caneta e papel do bolso da minha calça, cuidadosamente anotando meu número no papel e o entregando. – Aqui, me ligue sábado. É o meu único dia de folga mesmo. – Com um sorriso meigo, vejo ele cuidadosamente pegar o papel da minha mão e o colocar no bolso antes de olhar para mim com um sorriso de canto.
S.R. – Valeu, vou fazer questão de ligar então. – Com o som do elevador parando e as portas abrindo, acena para mim enquanto eu saio do mesmo. Enquanto eu começava a me afastar, eu consigo escutar ele falando algo que quase saiu abafado pelo elevador já estar fechando novamente. – Isso! Eu consegui pedir o número dela!
Um pouco confusa, logo dou uma risada baixa e volto a andar em direção ao apartamento de Francis, parando logo enfrente a porta dele e batendo nela algumas vezes. Alguns minutos depois escuto a porta sendo destrancada e aberta, meus olhos rapidamente se fixando nos de Francis assim que vejo o mesmo. Vendo ele estremecer um poucoe me olhar surpreso, ele se acalma assim que sorrio e aceno de forma tímida.
