capítulo 1: O novo chegando

4 0 0
                                    

Maya observava pela janela do orfanato enquanto o sol se punha no horizonte. A rotina monótona do lugar era interrompida apenas pelas ocasionais visitas de grupos de sobreviventes em busca de abrigo e recursos. Hoje não foi diferente. Um grupo de cinco pessoas se aproximava lentamente, carregando mochilas e expressões cansadas.

Ela desceu as escadas e se juntou aos outros órfãos na entrada do orfanato para recebê-los. O líder do grupo, um homem chamado Nathan, se aproximou dela com um sorriso amigável.

"Oi, Maya. Desculpe a visita inesperada, mas ouvimos que vocês têm suprimentos extras e talvez possam nos ajudar", disse Nathan, parecendo grato.

"Claro, Nathan. Fiquem à vontade", respondeu Maya, liderando-os para dentro do orfanato.

Enquanto os membros do grupo se acomodavam, Maya notou um rosto novo entre eles. Um jovem alto, de cabelos escuros e olhos intensos, que observava tudo com uma expressão impassível. Era Lucas, o recém-chegado.

Lucas não parecia interessado em interagir com os outros. Ele se manteve distante, observando tudo com uma aura de frieza e indiferença. Enquanto os outros membros do grupo conversavam e se acostumavam ao ambiente, Lucas permaneceu em silêncio, seus olhos calculando cada detalhe ao seu redor.

À medida que a noite avançava, Maya tentou se aproximar de Lucas, mas ele se esquivou de qualquer tentativa de conversa. Sua postura fria e distante deixou Maya desconfortável, fazendo-a questionar as verdadeiras intenções e emoções de Lucas.

Enquanto o grupo de sobreviventes se preparava para descansar, Maya não conseguia tirar Lucas de sua mente. Quem era ele? E por que ele parecia tão distante e misterioso?

Maya passou a noite pensando em Lucas e nas vibrações perturbadoras que ele transmitia. Ela se perguntava se era apenas uma impressão inicial ou se havia algo mais sombrio por trás da fachada fria de Lucas.

Na manhã seguinte, Maya se levantou cedo e foi até a área onde o grupo de sobreviventes estava reunido. Ela notou que Lucas já estava de pé, observando o nascer do sol com uma expressão indiferente.

"Bom dia, Lucas", disse Maya, tentando quebrar o gelo.

Lucas virou-se para ela, seus olhos intensos fixando-se nos dela por um momento antes de ele responder com um simples "Bom dia".

Maya sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Havia algo na maneira como Lucas a olhava que a fazia sentir como se estivesse sendo avaliada, como se ele estivesse lendo seus pensamentos mais íntimos.

Durante o café da manhã, o clima entre Maya e Lucas permaneceu tenso. Ele falava pouco e quando o fazia, suas palavras eram curtas e diretas. Maya tentou puxar assunto algumas vezes, mas logo desistiu ao perceber que não estava conseguindo quebrar a barreira que Lucas havia construído ao seu redor.

Enquanto o dia avançava, o grupo de sobreviventes se preparava para deixar o orfanato em direção a um novo destino. Maya ajudou-os a reunir suprimentos e desejou-lhes boa sorte em sua jornada.

Quando chegou a hora de partir, Lucas se aproximou dela, seus olhos ainda mantendo aquela expressão enigmática.

"Obrigado pela hospitalidade, Maya", disse ele, surpreendendo-a com sua gentileza momentânea.

"Você é bem-vindo aqui sempre que precisar", respondeu Maya, mantendo sua guarda elevada ao redor dele.

E assim, o grupo de sobreviventes partiu, deixando Maya com uma sensação de intriga e inquietação sobre o verdadeiro motivo da presença de Lucas no orfanato.

Entre sombras e segredos Onde histórias criam vida. Descubra agora