UM AMOR PROIBIDO (AMBER FREEMAN)

1. TRAIÇÃO OU MEDO?

Eu consigo entrar no seu quarto antes que Amber fechasse a porta contra o meu corpo e me machucasse. Nossa discussão não estava sendo nada boa esta noite e ao que parece, Amber pegou outra vez o meu celular e viu todas as mensagens que eu tinha com os meus amigos, em específico, Tanner Blickey.

— Amber, eu não consigo entender o que eu fiz pra você! Por que essa agressão toda dessa vez? — eu pergunto e me encolho no canto do quarto.

Amber não parece estar em si e continua a gritar com você. Ela começa a jogar tudo o que encontra no seu caminho.

— Eu sei muito bem porque estou sendo agressiva, é óbvio! Você está me traindo com alguém, eu posso sentir isso...

Eu desvio de um livro que ela joga na minha direção. Amber quando ficava assim, ela jogava o que ela tivesse ao alcance dela na pessoa. Mas, no meu caso, ela poderia jogar até mesmo um vaso de flores.

— De onde você tirou essa idiotice?

Amber parece ficar ainda mais irritada com minha pergunta. Ela me olha com raiva e desgosto no olhar.

— Eu não sou idiota, eu sei muito bem que você está me traindo! Você chega tarde em casa todos os dias e quando ligo pra você, seu celular só dá ocupado. Quem é essa pessoa?

— Se calma que eu conto pra você.  — eu digo, tentando amenizar a situação.

Amber para de gritar e se aproxima lentamente. Ela fica bem perto do meu rosto, com uma expressão muito séria.

— Me diga...

Eu sinto meu coração acelerar e eu abaixo o olhar, me sentindo intimidada por ela. Amber tinha uma facilidade em intimidar as pessoas só com o olhar.

— E-eu... — eu gaguejo.

Amber coloca a mão na minha bochecha, forçando-me a olhar pra ela. Eu engulo em seco, nervosa e com medo do que ela iria fazer se eu contasse a verdade.

— Fala...

— É o Tanner. — eu respondo por fim.

A expressão de Amber fica completamente vazia e ela parece ter sido atingida por um tapa na cara. Ela se afasta, com uma mistura de raiva e tristeza.

— Você... está me traindo com o Tanner?

Eu percebo que isso a machucou mas eu não quis dizer que eu havia traído ela com o Tanner. Então eu me apreço em falar.

— Não! Deixa eu terminar. — eu digo. Amber fica calada e espera você terminar. Eu acrescento. — O Tanner é meu amigo da aula de biologia e ele gosta de um garoto da nossa escola.

Amber parece aliviada e suspira.

— Então... você não está me traindo?

— Não. Eu passo o tempo com ele porque ele pediu a minha ajuda pra tentar conquistar esse garoto. — eu explico e isso parece ter convencido ela. Amber se aproxima novamente e me abraça.

— Por que não me contou antes? Eu fiquei tão paranoica achando que você estava traindo, mas eu confio em você...

— Amor, eu nunca vou trair você. Nunca. — eu retribuo o abraço. — Eu não te contei porque você andava muito estressada e agitada nos últimos dias que eu não queria te incomodar. Me desculpa.

Amber se acalma e eu consigo perceber o alívio dela. Eu nunca teria coragem em trair a minha garota. Eu a amava muito para fazer uma idiotice dessas, mesmo sabendo do seu temperamento difícil.

— Eu entendo... é só que esses últimos meses têm sido muito difíceis pra mim. O fato de não conseguir parar esse assassino está me matando por dentro, mas eu quero te pedir uma coisa...