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Beauchamp 🔥

O dia hoje tava corrido, a muito tempo não tava assim, mas mesmo assim está tido sobre controle. Semana passada fomos atrás do pau no cu que deixou a mina matar a Camila, obviamente ele já não tá mais aqui pra contar histórias, já ela tá sem um dedo e os cabelo. Careca careca, da mesma forma que a tal amiga da Camila falou que encontrou ela

Lia completa 5 anos amanhã e a loira do Noah tá organizando uma festinha pra ela. Lembro que a mãe dela que fazia lá na outra comunidade, todo ano, e como toda criança ela tá sentindo falta da Camila. O que é foda pra caralho, Urrea não sabe agir em certas coisas com a menina, e até hoje não conseguiu explicar certamente é simplificado que a mãe dela tá a 7 palmos abaixo de nós

Any tá no trampo dela firme, forte e gostosa. O bom é que é um bagulho que ela gosta e não abusa dela todo o dia. Esses dia ela pegou a cabeça da Joalin pra treinar alguma coisa lá e ficou do caralho, e não falo isso só porque é minha mulher não. Se tivesse ficado horrível eu teria falado

Cheguei em casa afim de assistir um filme tomando uma cerveja e curtindo a mina, mas me deparo com ela desfalecida no sofá. Aí é foda. Mandei um dos cara aqui na frente comprar algum remédio e três lanche dos caseiro, tava numa puta larica

Tava me preparando pra subir e tomar banho quando me deixaram uma caixa

- Quem deixou isso aqui, mosquito? - Perguntei analisando a caixa preta na minha mão

- Uns dos mano lá da entrada, chefe. - Olhei pra ele - falou que parou um carro blindado e disse que era diretamente pra tu

Suspirei e assenti. Fechei meu portão novamente e abrir a caixa com uma arma já apontada pra ela, e meu coração parou quando vi a cabeça do meu velho dentro dela. Só larguei minha glock e minha visão começou a escurecer. Por algum motivo, a sensação de desespero me consumiu

- PORRA É ESSA? - Coloquei as mãos na cabeça - MOSQUITO CARALHO

O moleque veio até branco, quando viu o que eu vi ficou transparente.

- Que bagulho é esse mano... - Falou saindo do lugar sem acreditar

Eu tava cego, não sabia o que tava crescendo dentro de mim. Sentia vontade de chorar, de esmurrar, de matar. Só sei mesmo que o peito apertou. Me apoiei na mesa e abaixei a cabeça, fechando os olhos com força

- Convoca geral na boca agora, principalmente os que tão na entrada - me virei e ele piscou algumas vezes - Anda mosquito, porra! - Saiu

Peguei meu celular já não conseguindo me conter. Não conseguia acreditar que era ele ali, meu pai...

- Fala tu - Ouvir a voz de Urrea

- Mataram meu pai - Falei com a voz tremula e sentir uma lágrima grossa cair

- Papo é esse, lobo? Tá doido mano? - o tom mudou completamente

- A cabeça dele tá aqui, porra. MATARAM O MEU PAI URREA

Chutei uma cadeira fazendo barulho pra cacete, não demorou pra ouvir passos apressados da escada. Me virei e Any entrava na cozinha com o cenho franzido. Tampei a caixa e peguei ela pelo o braço, arrastando ela pra sala ouvindo os resmungos do Noah

Nós - BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora