JOGADA FINAL ✓ | FOLKLORE EDITION Ferran Torres está em vermelho sublinhado na lista de vingança de Isla Blanco, mas não para fazer contra ele, e sim por ele. Poucas noites juntos foram o suficiente para fazer despertar o amor de verão que mais tard...
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Anos atrás.....
Isla não parecia estar exausta.
Ter passado horas em um avião vindo de Munique para Ibiza, gastado o dia de sol em cima de um iate com banhos de mar e agora curtir o Ushuaïa, é a comprovação de que a ruiva contém energia de sobra. Os seus cabelos estão constantemente se movimentando com a animação da música. O vestido preto no corpo e botas. Jogo de luzes, fogos e fumaça servindo de complemento para a parte do hotel escurecida pela festa noturna. Há muitas pessoas aqui, mas nenhuma delas me faz sorrir como Isla faz.
Eu gosto de vê-la assim.
De ver como ela aproveita o tempo. A empolgação que sente. De estar com ela porque os meus dias em Barcelona não tem essa cor. É cinzento. Isla é alegre todas as quarenta e oito horas do fim de semana. Do início ao fim. Conheci outras antes dela e em festas como essa, mas existe algo diferente no jeito de Isla se divertir. Parece que nunca é só uma festa. Nunca é só um dia de mar. Isla age como se todas as vezes fossem a primeira.
Sempre vai ser uma novidade para ela.
É por isso que nunca aparenta estar cansada.
Os caras dizem que Isla não detém de boas direções mentais. Que ela pode ser um problema principalmente por causa desse seu jeito, embora não seja uma surpresa. Hoje há restrições de saídas, mas já estive em dezenas de festas com mulheres em Valência. Já conheci diversas embora uma agitada como a Isla seja o oposto das ex-namoradas que tive. A loucura não é um fator característico comum.
Mas a ruiva me fez abrir uma exceção.
— Torres! — escuto o seu chamado mais alto mesmo que ela esteja na minha frente. A música eletrônica explode das caixas de som. Horário noturno. Conversas e cantorias se misturam em um só, assim como a bebida é finalizada em seus lábios em um único gole. Os olhos azuis-piscina procuram por uma lixeira, mas eu pego o objeto de sua mão e a puxo para que enfim fale.
Ela se surpreende, mas sorri ao mesmo tempo.
Os seus braços se envolvem no meu pescoço.
— Sabia.... Que eu conto as horas para vir pra cá? Para ver o meu bom herói Ferran Torres? Nem consigo dormir direito contando as horas! — bufo uma risada. A sua expressão é tendenciosa, mas não há ironia. Isla gosta de brincar, mas posso ver que não é uma mentira ou uma fala forçada como normalmente a maioria me diria. — Eu me sinto tão feliz com você! Tão livre! — abre os braços, animada. — Eu amo demais estar aqui!
