No dia das bruxas, o jovem Yule Eridanus perde os seus pais em um trágico acidente de carro, ele acaba sendo acolhido por uma bruxa, agora a sua vida nunca mais será a mesma.
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Yule estava prestes a continuar perseguindo a mulher, entretanto foi parado por uma dor imensa na perna, havia nela um caco do espelho, Yule logo reparou que conhecia aquele cômodo, era o quarto de sua avó, Lam.
Sereno: é, parece que voltamos a estaca zero
Yule: VOCÊ FALA!?
Sereno: é claro que sim- Espera, você está me entendendo!?
Yule: estou!
Sereno: fascinante... de alguma forma, ao perseguir aquela mulher com a minha ajuda, nossa relação atingiu outro patamar! Bruxos só conseguem entender seus animais ao atingir um nível superior em sua relação
Yule: então esse tempo inteiro você falava só que eu não entendia?
Sereno: exato! Ah... tantas vezes que eu te pedi bacalhau e você me serviu sardinha...
Yule: ora, eu achei que gatos gostassem de todo tipo de peixe
Sereno: sim, claro que gostamos, mas assim como vocês humanos, nós gatos também temos nossas preferências. Aliás, não vai estancar o sangramento da sua perna?
Yule se distraiu conversando com Sereno e acabou esquecendo da sua perna machucada, quando olhou pra baixo, ela ainda estava sangrando e com um caco do espelho fincado em sua carne.
Yule: ah, isso não é nada demais
Yule agarrou o caco com as suas duas mãos e estava prestes a puxá-lo.
Sereno: NÃO! Você está louco? Vai jorrar sangue pra todo lado!
Yule: alcame-se, eu sei o que estou fazendo
O homem prontamente retirou o caco de sua perna com cuidado para ele não se fragmentar, depois de retirar completamente, Yule colocou suas duas mãos em cima do ferimento, fechou os olhos e logo uma luz avermelhada emanou de suas mãos.
Sereno: deu certo?
Yule: hmm... não exatamente, não está mais sangrando, mas o ferimento não sumiu... deveria ter sumido, bem, eu nunca fui bom em feitiços de cura mesmo
Sereno: de qualquer forma, é melhor você tomar um bom banho e em seguida dormir, é o melhor que você pode fazer por enquanto
Yule olhou em direção ao espelho ou melhor, ao que restou dele, cacos espalhados no chão e manchados do sangue de Yule.
Yule: é... não tem como voltar pra casa mesmo
Disse Yule, com tom de culpa.
Sereno: oh, não se sinta assim! Na verdade, acho que agora você está em casa, não?
O gato tinha um ponto, Yule havia morado naquela casa por anos, lá ele tinha boas lembranças de sua avó contando histórias, penteando seus cabelos ruivos, e ensinando algumas receitas a ele.
