Nap │ SpiderPool

soneca

Eram duas e quarenta da manhã. Homem-Aranha e Deadpool se encontravam em cima de um prédio cansados, após uma patrulha pela cidade.

Peter tinha alguns arranhões que rasgaram um pouco do uniforme e boa parte de seu corpo doía. Já Wade tinha apenas um pouco do uniforme manchado de sangue e buracos de tiros.

─ Você parece cansado – Wade diz olhando para Peter, esse que se encontrava encostado no parapeito sem máscara. – Por que não descansa um pouco antes de ir?

─ Tenho prova daqui algumas horas. Tenho que ir para casa estudar.

─ Descansa um pouco. – O Parker tenta se levantar e cambaleia para frente. – Não acho que consiga ir para casa nesse estado.

─ Eu consigo me virar. – Peter tenta se mover, mas uma forte dor na região das costelas e pernas o impedem. Seu corpo já não estava tomado pela adrenalina do momento, então passou a notar as dores causadas pelas lutas.

─ Teimoso como sempre – Wade revira os olhos por debaixo da máscara antes de ir até Peter e o ajudar a se sentar. – Você tá todo fodido.

─ Obrigado pelo elogio. – O menor diz sarcástico.

─ Só estou dizendo que você precisa descansar um pouco antes de ir.

─ Eu não preciso de descanso. – Peter novamente tenta se levantar, mas assim que fica de pé,  suas pernas ficam fracas e ele cai novamente, porém, tendo Wade o segurando.

─ Eu to pouco me fodendo para o que você acha.

O mascarado se senta ao lado de Peter e descansa a cabeça do menor em seu ombro.

─ Você só vai embora depois que descansar.

Peter nada disse, o Parker se manteve calado apenas mantendo a cabeça no ombro de Wade. Nenhum dos dois dizia nada, era um silêncio confortável que compartilhavam.

─ Wade? – Peter o chama baixinho depois de um tempo.

─ Sim?

─ Você sabe que não precisa ficar de máscara estando comigo né?

─ ... – Um breve instante de silêncio se mantém por parte do Wilson. – Eu sei.

A máscara é removida em um puxão rápido, sendo posta no colo do maior.

Peter olha brevemente para o rosto de Wade. Seus olhos encaravam um ponto fixo no horizonte, ele parecia pensativo.

Fechando os olhos, Peter move a cabeça, como se procurasse conforto e para respirando fundo, se sentindo confortável.
O silêncio da madrugada era perceptível. Mesmo morando em New York, uma cidade grande e movimentada até mesmo durante a noite, no momento estava com um silêncio único, quase nunca visto pelos moradores.

─ Esta acordado? – Wade sussurra.

─ Sim.

─ Eu posso te pedir algo estranho? – Peter tira a cabeça do ombro do Wilson e o encara com uma sobrancelha levantada. Wade ainda olhava para o horizonte.

─ Pode – O aranha mesmo estranhando, estava curioso.

─ ... – Ele volta seu olhar para o Parker olhando em seus olhos castanhos. – Eu posso te beijar?

─ ... – O silêncio se alastrou diante os dois, Peter olhavam sem reação para Wade, esse, que se arrependerá pela pergunta feita.

─ Desculpa, foi uma pergunta idiota, é claro que você não- – Antes que Deadpool pudesse dizer mais alguma coisa, o Parker segura seu rosto o virando para si o fazendo olhar em seus olhos.

─ Você pode me beijar. – Peter diz sorrindo pequeno, de uma maneira muito fofa segundo Wade.

Mesmo sendo tomado pela surpresa de não ser rejeitado, Wade segura o queixo do menor o puxando para um selar de lábios delicado e calmo.

Foram poucos segundos tento os lábios unidos ao de Peter, mas foram os melhores segundos da vida de Wilson.

Ao se separarem, as bochechas de Peter se encontravam vermelhas igual a um pimentão. Vendo a cena, Wade não pode não rir de leve, sendo acompanhado por Peter. Suas risadas foram cessando aos poucos, restando apenas o silêncio da noite e um sorriso apaixonante nos lábios de ambos.

Seus olhos eram fixos um no outro, focando apenas no brilho apaixonante que ambos emitiam de suas orbes.

─ Acho que eu posso ficar um pouco. – Peter diz sorrindo timidamente. – Para descansar, claro.

Sorrindo grandemente, Wade sente seu coração bater mais forte.

E assim, o dia foi amanhecendo. Peter dormia tranquilamente no peito de Wade, enquanto o mesmo acariciava suas madeixas e apreciava o menor adormecido sobre si, completamente desligado sobre o afora.